Isolamento, propriedades bioquímicas e estudos biológicos da lectina de sementes da Macrotyloma axillare (E. Meyer).

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Data
2004
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Editor
Programa de Pós-Graduação em Ciências Biológicas. Núcleo de Pesquisas em Ciências Biológicas, Pró-Reitoria de Pesquisa e Pós Graduação, Universidade Federal de Ouro Preto.
Resumo
Duas frações de uma lectina específica para 2-N-acetil-galactosamina foram isoladas de sementes da Macrotyloma axillare (LMA) através de uma metodologia alternativa a cromatografia de afinidade. As frações ativas foram purificadas por precipitação térmica do extrato bruto a 90°C por 30 min; precipitação com etanol a frio na concentração de 20-60%, seguido de cromatografia de troca iônica em pH 8,3 procedendo-se a eluição com gradientes crescentes isocráticos de NaCl. As frações de eluição 0,2M e 0,3M de NaCl apresentaram atividade hemaglutinante sobre hemácias A1. A análise eletroforética em géis de poliacrilamida-SDS a 12% das frações revela uma banda única com massa molecular de 29 KDa. Em ensaios de estabilidade pH-dependente, foi demonstrado que a LMA 0,2M é completamente estável no intervalo de pH de 6,0-8,0 e a LMA 0,3M, de 5,0-9,0. Através de determinações de massa molecular por cromatografia de exclusão molecular em pH diferentes, demonstrou-se que ambas as isoformas 0,2M e 0,3M da LMA tendem a se comportar como tetrâmeras em pH alcalino (8,3) e como dímeras em pH ácido e neutro (5,0 e 7,0). Ensaios de atividade sobre hemácias nativas dos grupos sanguíneos A1, A2, B e O confirmaram a especificidade de ambas as frações por hemácias A1, no entanto o ensaio com hemácias tripsinizadas demonstrou que a LMA 0,3M perde sua especificidade, aglutinando hemácias de todos os grupos; a LMA 0,2M permaneceu específica para o grupo A (mas sem distinção qualitativa de A1 e A2. Estudos de aglutinação de cepas de Escherichia coli com a LMA 0,2M mostraram cerca de 8% de positividade numa amostra de 103 cepas testadas, com títulos aglutinantes diferenciados, indicando que a 2-N-acetilgalactosamina mostra-se pouco distribuída nas cepas testadas. Através de estudos de distribuição de 99mTc-LMA 0,2M em camundongos Swiss em diferentes tempos, pôdese observar que a 99mTc-LMA 0,2M se concentra predominantemente nos rins e na urina após 180 minutos, indicando uma provável ligação da lectina marcada nos rins e transporte de lectina intacta para urina desses animais. A metodologia proposta foi eficiente para o isolamento das duas frações ativas (0,2 e 0,3M) da lectina das sementes da Macrotyloma axillare.
Descrição
Palavras-chave
Lectinas, Purificação - proteínas, Bioquímica
Citação
SANTANA, M. A. Isolamento, propriedades bioquímicas e estudos biológicos da lectina de sementes da Macrotyloma axillare (E. Meyer). 2004. 100 f. Dissertação (Mestrado em Ciências Biológicas) - Universidade Federal de Ouro Preto, Ouro Preto, 2004.