A influência da moagem na atividade pozolânica do resíduo de granito.

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Data
2017
Autores
Barbosa, Jairo Mendes
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Resumo
O Brasil é um grande produtor de rochas graníticas, amplamente empregadas na construção civil, que no processo de beneficiamento gera grande volume de resíduos. Anualmente, o país gera cerca de 800.000 toneladas de resíduos, apenas no beneficiamento de granitos. Com isso, esta pesquisa possui o objetivo de caracterizar o Resíduo de Granito (RG) e verificar sua influência como adição mineral em argamassa, com base no seu potencial pozolânico, com tratamento por moagem. Verifica-se também a influência do sulfato de sódio (Na2SO4) como ativador pozolânico. O resíduo foi moído em diferentes tempos, com a finalidade de tornar os compostos silico-aluminosos, presentes no resíduo, mais reativos. Foram realizados ensaios de pozolanicidade do resíduo de granito na sua forma desaglomerado, sem moagem, e em diferentes tempos de moagem. O resíduo de granito foi caracterizado química e mineralogicamente, por meio da fluorescência de raios X (FRX), difração de raios X (DRX) e termogravimetria/derivada da termogravimetria (TG/DTG), fisicamente pela distribuição granulométrica à laser e análise morfológica por microscopia eletrônica de varredura. Foram formuladas pastas e argamassas contendo 25% dos resíduos, em relação à massa de cimento, e confeccionados corpos de prova dessas argamassas. As pastas foram submetidas à TG/DTG e DRX, aos 28 e 56 dias de cura. Os corpos de prova foram submetidos aos ensaios de resistência à compressão, absorção à água e à propagação de ondas ultrassônicas aos 28 dias. O RG apresentou requisitos químicos e físicos que atendem aos critérios para materiais pozolânicos. O resíduo de granito moído por 180 minutos, em presença de Na2SO4, atende aos critérios físicos e químicos mínimos para que possam ser caracterizados como material pozolânico. Os ensaios de resistência à compressão mostraram uma tendência de aumento da resistência à compressão com aumento do tempo de moagem do resíduo. O Na2SO4 proporcionou reduções dos teores de portlandita nas amostras, mas provocaram redução da resistência à compressão das argamassas, não sendo possível comprovar o seu efeito como ativador pozolânico.
Descrição
Programa de Pós Graduação em Engenharia Civil. Departamento de Engenharia Civil, Escola de Minas, Universidade Federal de Ouro Preto.
Palavras-chave
Sulfato de sódio, Argamassa
Citação
BARBOSA, Jairo Mendes. A influência da moagem na atividade pozolânica do resíduo de granito. 2017. 117 f. Dissertação (Mestrado em Engenharia Civil) - Escola de Minas, Universidade Federal de Ouro Preto, Ouro Preto, 2017.