O conceito de natureza entre a decadência e o progresso na História Natural luso-mineira (1772-1808).
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Data
2020
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Resumo
A polissemia do conceito de natureza expressa nos discursos dos naturalistas lusomineiros da passagem para o século XIX é capaz de manifestar a historicidade de toda
uma geração de letrados que lidou com a crise da colonização durante um período de
aceleração provocado pela emergência de novos saberes científicos. A História Natural
se institucionalizou nas estruturas administrativas ultramarinas e promoveu o
esquadrinhamento da natureza colonial. Tal historicização do meio ambiente produziu
oscilações de significados que acabaram associando o meio natural do Brasil a uma
potência de progresso e engendrando novas relações entre metrópole e colônia. A
abertura do futuro propiciada por enunciados que buscavam o progresso através da
natureza acabou racionalizando práticas destrutivas à biodiversidade nativa,
institucionalizando-as como políticas de governo e causando danos irreversíveis ao
patrimônio ambiental brasileiro, além de resguardar os recursos naturais para o uso dos
estratos dominantes. Esta dissertação busca compreender e desconstruir os fundamentos
de tais representações sobre a natureza do Brasil, em especial sobre a de Minas, para
recuperar os elos semânticos que ecoam na crise ambiental contemporânea.
Descrição
Programa de Pós-Graduação em História. Departamento de História, Instituto de Ciências Humanas e Sociais, Universidade Federal de Ouro Preto.
Palavras-chave
História natural, Natureza - polissemia, Antropoceno
Citação
MATZNER, Mark de Soldi. O conceito de natureza entre a decadência e o progresso na História Natural luso-mineira (1772-1808). 259 f. 2020. Dissertação (Mestrado em História) - Instituto de Ciências Humanas e Sociais, Universidade Federal de Ouro Preto, Mariana, 2020.