O apoio popular à monarquia no contexto das revoluções liberais : Brasil e Portugal (1820 e 1834).

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Data
2019
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Resumo
Neste artigo, apresento algumas considerações sobre o emprego da categoria popular royalism para o entendimento do apoio popular aos reis, no Brasil e em Portugal, no contexto de crise dos impérios modernos, entre as décadas de 1820 e 1830. O objetivo é analisar o alinhamento à monarquia por parte de indígenas, mestiços e escravos, no Novo Mundo, assim como de camponeses pobres, bandoleiros e pessoas desenraizadas, na ex-metrópole. Longe de confirmar a interpretação, corrente na historiografia, de que se tratava de uma adesão ingênua, pré-política ou fanatizada aos reis, esse alinhamento representou a possibilidade de ampliação de conquistas por parte dos grupos subalternos. A peculiaridade do caso luso-brasileiro reside no fato de que, tanto a contrarrevolução, representada por D. Miguel, quanto o liberalismo, com D. Pedro, contaram com extenso apoio popular. No Brasil, a figura do Primeiro Imperador, associada ao Antigo Regime por grupos políticos a ele rivais, foi apropriada pelo que se designava à época como classes ínfimas, na luta pela liberdade. Não faltaram, ainda, registros de apoio ao Infante e, depois, ao rei, D. Miguel, em algumas províncias brasileiras. Em Portugal, ainda que o extenso apoio popular ao miguelismo se explique pela natureza repressiva do regime, os setores populares conseguiram explorar, em seu benefício, as contradições de um monarca que carecia de legitimidade interna e internacionalmente.
Descrição
Palavras-chave
Popular royalism, Contrarrevolução, Liberalismo, Miguelismo, Counterrevolution
Citação
GONÇALVES, A. L. O apoio popular à monarquia no contexto das revoluções liberais : Brasil e Portugal (1820 e 1834). Varia Historia, Belo Horizonte, v. 35, n. 67, p. 241-272, jan./abr. 2019. Disponível em: <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0104-87752019000100241&lng=pt&nrm=iso&tlng=pt>. Acesso em: 21 mar. 2019.