A historicidade do transitório na ficção contemporânea Americanah, de Chimamanda Ngozi Adichie.
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Data
2023
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Resumo
Nesta pesquisa, procuramos investigar de que maneira a ficção Americanah, de Chimamanda
Ngozi Adichie, lida com o passado e a História. Argumentamos que Chimamanda Adichie
encena uma historicidade do transitório ao resgatar a visibilidade e a função moral do discurso
romanesco, com personagens moralmente verossímeis e cuja relação com o enredo é definida
pelo trânsito entre Terceiro Mundo e Ocidente. O incessante vai e vem entre memória,
vivência e experiência que nos constitui enquanto sujeitos históricos é encenado a partir das
situações e experiências de personagens negras e africanas transitando entre Terceiro Mundo e
Ocidente: dotados de consciências às quais temos acesso irrestrito, os protagonistas de
Americanah figuram um ângulo de observação sobre a História que se, por um lado, explicita
a condição subalterna do Terceiro Mundo, por outro, remete ao questionamento pós-colonial
sobre quem é e quem pode ser o sujeito da cultura. Em seguida, procuramos mostrar o
processamento desta historicidade do transitório na forma da narrativa. Argumentamos, então,
que a forma clássica do romance convive com uma forte aspiração à referencialidade,
identificada nas nuances entre protagonista e autora e no blog onde a protagonista ensaia o
choque com sua experiência do transitório.
Descrição
Programa de Pós-Graduação em História. Departamento de História, Instituto de Ciências Humanas e Sociais, Universidade Federal de Ouro Preto.
Palavras-chave
Literatura e história, Literatura nigeriana Inglês, Ficção nigeriana, Literatura moderna, Historicidade
Citação
SOUZA, Lucas Sampaio Costa. A historicidade do transitório na ficção contemporânea Americanah, de Chimamanda Ngozi Adichie. 2023. 83 f. Dissertação (Mestrado em História) - Instituto de Ciências Humanas e Sociais, Universidade Federal de Ouro Preto, Mariana, 2023.