Análise de hidrocarbonetos policíclicos aromáticos – HPAs – em sedimentos do ribeirão do Funil na região de Ouro Preto – MG.
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Data
2007
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Editor
Programa de Pós-Graduação em Engenharia Ambiental. PROÁGUA, Pró-Reitoria de Pesquisa e Pós Graduação, Universidade Federal de Ouro Preto.
Resumo
As águas de rios, córregos e lagos da região de Ouro Preto têm sido alvo de vários estudos por diversos pesquisadores. O sistema hídrico desta região está sujeito à contaminação por atividades mineradoras, industriais e outras formas antrópicas. Além disso, sabe-se que ainda não se encontra na cidade um sistema eficiente de tratamento da água antes de torná-la disponível ao consumo humano. Neste trabalho, foram determinados e quantificados 11 Hidrocarbonetos Policíclicos Aromáticos (HPAs) em amostras de sedimentos e foi feita uma avaliação dos parâmetros físico-químicos nas amostras aquosas do Ribeirão do Funil. Foram definidos 4 pontos de amostragem sendo dois deles (pontos 1 e 2) à montante e dois ( pontos 3 e 4) à jusante de uma fábrica de alumínio localizada na cidade de Ouro Preto. Foram realizadas 3 campanhas de amostragem durante o estudo sendo duas em época de seca e uma em período chuvoso. As amostras de sedimento foram submetidas à extração soxhlet e os extratos obtidos concentrados em um sistema Kuderna-Danish (US-EPA METHOD 3540C). Previamente à análise, foi feito o “clean-up” das amostras em uma coluna de sílica gel ativada, conforme (US-EPA METHOD 3630 C). As amostras foram analisadas por Cromatografia Líquida de Alta Eficiência – CLAE, com uma coluna C-18 de fase reversa e detector de fluorescência. Nas amostras aquosas, foi feito um estudo da qualidade das águas do ribeirão através da avaliação físico-química e metais. Foram quantificados 11 HPAs, sendo que a maior concentração nas 3 coletas foi de benzo(b)fluoranteno (3679,05 ng/g). Em algumas amostras encontrou-se benzo(a)pireno em concentrações de até 712 ng/g de sedimento e sabe-se que esteHPA apresenta alto potencial carcinogênico. O ponto 3 foi o mais crítico na contaminação por HPAs e os elevados teores destes contaminantes podem estar relacionados com a proximidade da fábrica de alumínio, pois algum material contaminado com HPAs pode estar sendo lançado nas águas do ribeirão por arraste das águas da chuva na lavagem do pátio e dos telhados da fábrica ou até mesmo por lançamento de efluentes contaminados, que posteriormente vão contaminar os sedimentos. Os resultados do estudo físico-químico apontaram a baixa qualidade das águas quando comparados com os limites estabelecidos pela CONAMA 357 (Março 2005) para águas de classe 1 e identificou-se a contaminação por metais de alta toxicidade, como arsênio em concentrações de até 39,08 µg/L e chumbo (160,6 µg/L). A avaliação de HPAs em sedimentos desta região é inédita e pode ser considerada de grande importância, pois estes contaminantes são conhecidos por serem carcinogênicos e a presença do benzo(a)pireno em algumas amostras confere sérios riscos de toxicidade que comprometem a qualidade ambiental da área estudada.
Descrição
Palavras-chave
Hidrocarbonetos policíclicos aromáticos, Sendimentos fluviais, Metais, Recursos hídricos, Ouro Preto - Minas Gerais
Citação
SOUZA, W. R. de. Análise de hidrocarbonetos policíclicos aromáticos – HPAs – em sedimentos do ribeirão do Funil na região de Ouro Preto – MG. 2007. 79 f. Dissertação (Mestrado em Engenharia Ambiental) – Universidade Federal de Ouro Preto, Ouro Preto, 2007.