Relação entre terapia de reposição hormonal no climatério e o desenvolvimento de neoplasias.

Resumo
O climatério, período de transição entre o ciclo reprodutivo (menácme) e o não reprodutivo (senilidade ou senectude), pode ser caracterizado como um período em que há diminuição da produção de estrogênio pela mulher entre a quarta e a sexta décadas de vida, o que pode levar a endocrinopatias. A terapia de reposição de hormonal (TRH) visa repor os níveis de estrogênio e, esse artigo tem como objetivo abordar riscos e benefícios do uso dessa terapêutica. Sabe-se que a TRH se relaciona à ocorrência sintomas vasomotores, irritabilidade, insônia, alterações de memória, labilidade emocional, irregularidade menstrual, dispaurenia, eventos cardiovasculares, demência, incontinência urinária e ao surgimento de neoplasias de mama e endométrio, foco principal desse trabalho. De acordo com WHI 2002 (Women’s Health Initiative study), 15 milhões de mulheres americanas já faziam uso de TRH. De acordo com os estudos KEEPS e ELITE, o TRH deve ser iniciado na perimenopausa (50 – 59anos) ou até 6-10 anos da menopausa. Adota-se como dose de reposição eficaz a menor dose efetiva (individualmente calculada). A reposição de Estrógeno e Progestágenos apresentou maior risco de CA de mama em relação à reposição de Estrógeno Isolado. Porém o uso de progestágenos, mostrou- se maiores benefícios em mulheres com antecedente de endometriose ou CA de endométrio. A decisão da TRH deve respeitar a história fisiológica e familiar de cada mulher.
Descrição
Palavras-chave
Neoplasias da mama, Saúde da mulher, Menopausa
Citação
SOUZA, N. R. R. et al. Relação entre terapia de reposição hormonal no climatério e o desenvolvimento de neoplasias. Brazilian Journal of Surgery and Clinical Research, v. 25, n. 2, p. 135-143, fev. 2019. Disponível em: <https://www.mastereditora.com.br/periodico/20190103_213618.pdf>. Acesso em: 25 fev. 2019.