Avaliação do potencial terapêutico da quercetina sobre o desequilíbrio redox e inflamação em células e camundongos expostos à fumaça de cigarro.

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Data
2021
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Resumo
A fumaça de cigarro é altamente tóxica e a sua inalação promove o aumento da produção de espécies reativas, bem como uma resposta inflamatória pulmonar e sistêmica em seja em modelos experimentais ou em humanos. A quercetina é um potente antioxidante dietético que exibe atividades antiinflamatórias. O objetivo deste estudo foi avaliar os efeitos da quercetina na redução do desequilíbrio redox e da inflamação induzidos pela exposição, in vitro e in vivo, em curto e longo prazo, à fumaça do cigarro. In vitro, a quercetina nas concentrações de 25 e 50 μM, atenuou os efeitos do extrato da fumaça do cigarro diminuindo a geração de espécies reativas de oxigênio e óxido nítrico em macrófagos alveolares J774A.1. In vivo, camundongos machos C57BL/6 foram divididos em cinco grupos: controle (CG), veículo (VG), quercetina (QG), fumaça de cigarro (CSG), quercetina e fumaça de cigarro (QCSG). CSG e QCSG foram expostos à fumaça de cigarro por cinco e sessenta dias consecutivos. Ao término do protocolo experimental, os animais foram eutanasiados e foram retirados o lavado broncoalveolar, o sangue, o tecido pulmonar e hepático. Os camundongos que receberam 10 mg/kg/dia de quercetina diluída em uma solução de propilenoglicol/Salina (50%) via gavagem orogástrica, uma hora antes da primeira exposição à fumaça de cigarro por cinco dias, apresentaram uma diminuição no influxo de leucócitos no lavado broncoalveolar, reestabelecendo o desequilíbrio redox, com isso, preservando o padrão histológico do parênquima pulmonar e a função pulmonar em comparação com o grupo exposto à fumaça de cigarro. No segundo estudo, os camundongos que receberam a mesma dose de QC antes da exposição à fumaça de cigarro por 60 dias apresentaram um menor influxo de células inflamatórias, estresse oxidativo, reação inflamatória e alterações histopatológicas no fígado em comparação aos animais expostos a fumaça de cigarro. Esses resultados sugerem que a quercetina atuou de forma preventiva em células e tecidos de diferentes modelos experimentais de exposição a fumaça de cigarro.
Descrição
Programa de Pós-Graduação em Ciências Biológicas. Núcleo de Pesquisas em Ciências Biológicas, Pró-Reitoria de Pesquisa de Pós Graduação, Universidade Federal de Ouro Preto.
Palavras-chave
Cigarros, Inflamação, Quercetina, Pulmões, Fígado
Citação
ARAÚJO, Natália Pereira da Silva. Avaliação do potencial terapêutico da quercetina sobre o desequilíbrio redox e inflamação em células e camundongos expostos à fumaça de cigarro. 2021. 98 f. Tese (Doutorado em Ciências Biológicas) - Núcleo de Pesquisas em Ciências Biológicas, Universidade Federal de Ouro Preto, Ouro Preto, 2021.