A modernidade do Presépio do Pipiripau.
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Data
2020
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Resumo
Este artigo se propõe a analisar o Presépio do Pipiripau, obra construída pelo artista mineiro Raimundo Machado de Azeredo entre os anos de 1906 e 1988. O presépio foi idealizado como uma obra de devoção popular, mas pode ser visto também como uma narrativa sobre a vida cotidiana da recém-inaugurada cidade de Belo Horizonte, tendo em vista que a devoção ao Menino Jesus, representada no uso das diversas figuras e passagens bíblicas, somou-se a caracterização da paisagem e dos personagens contemporâneos ao artista. Assim, encontramos uma obra na qual convivem lado a lado personagens bíblicos em momentos épicos e trabalhadores comuns em suas árduas tarefas cotidianas. Observamos também, como o artista, que era um entusiasta de seu tempo e frequentava assiduamente as salas de cinema, representou a capital de Minas Gerais num ritmo cinematográfico. Foi esta proximidade com a narrativa fílmica que assemelhou o artista-devoto mineiro ao narrador apresentado por Walter Benjamin (2012), por ser um homem, que mesmo fixo em seu lugar, ainda assim, traz notícias de terras distantes. Enfim, o Presépio do Pipiripau do Sr. Raimundo Machado apresenta conhecimentos que ele encontrou nos filmes que assistiu, nos livros que leu, nas histórias que ouviu de viajantes em trânsito pela cidade, ou ainda há aquelas que ele mesmo criou, e todas elas revelam muito sobre o seu tempo e o seu lugar.
Descrição
Palavras-chave
Memória, Cidade, Religiosidade, Modernity, Memory
Citação
FONSECA, J. F. de M. A modernidade do Presépio do Pipiripau. MESCLA - Revista Eletrônica, v. 01, p. 20, 2020. Disponível em: <https://periodicos.ufop.br/mescla/article/view/4103>. Acesso em: 25 agosto 2021.