Influência da suplementação de cafeína na perfomance física de ratas submetidas ao treinamento físico e sua relação com o estresse oxidativo.
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Data
2012
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Resumo
Devido à utilização da cafeína como suplemento por atletas; sua relação com o estresse oxidativo gerado pelo exercício físico; e do alto consumo de café no Brasil, de sua importância como fonte de compostos bioativos na dieta, o objetivo deste trabalho foi avaliar se a suplementação de cafeína influencia na performance física de ratas submetidas ao treinamento físico e sua relação com o estresse oxidativo. Para isso, foram realizados 2 experimentos, sendo o primeiro realizado com 40 ratas da linhagem Fischer, divididas em 4 grupos com 10 animais cada. Os grupos foram: C-controle, CC-controle+cafeína, T-treinado, TC-treinado+cafeína. Os animais dos grupos C e T receberam dieta AIN-93M e os animais dos grupos CC e TC, dieta AIN-93M + cafeína (12 mg/Kg/dia). No segundo experimento, foram utilizadas 28 ratas, sendo divididas nos mesmos 4 grupos com 7 animais cada. A dose de cafeína utilizada foi de 15 mg/Kg/dia. Nos 2 experimentos, os animais praticaram natação 5 dias/semana, 30 minutos/dia, durante 7 semanas e com aumento progressivo da carga, de 1 a 5% do peso corporal. Para os animais do 2º experimento, foram realizados dois testes de exaustão, sem carga. O primeiro após 30 dias de dieta suplementada ou não com cafeína e o segundo, no final do experimento. Esses animais foram submetidos ao teste do lactato, onde nadaram com carga de 7,5% do peso corporal. A ingestão alimentar, o ganho de peso foram monitorados semanalmente e após 7 semanas, os animais foram sacrificados, o sangue e os órgãos foram coletados para dosagens bioquímicas e de estresse oxidativo. Os resultados do primeiro experimento mostraram que os efeitos da cafeína foram: aumento da ingestão alimentar; elevação do peso relativo do fígado, do músculo gastrocnêmio, da gordura abdominal e dos níveis de PON (paraoxonase). Os resultados do segundo experimento mostraram que a suplementação da dieta com cafeína não aumentou o tempo de natação e a concentração de lactato sanguíneo não chegou à sua estabilização. Quanto aos seus efeitos, a cafeína foi responsável por elevar o ganho de peso; aumentar a massa muscular; elevar os níveis de TBARS (Substâncias Reativas ao Ácido Tiobarbitúrico) no músculo gastrocnêmio, a catalase no músculo sóleo e a proteína carbonilada no fígado. Quando associada ao grupo controle, a cafeína reduziu a proteína carbonilada no músculo gastrocnêmio e reduziu a atividade da catalase no fígado e rins quando associada ao grupo treinado. Além disso, quando associada ao grupo treinado elevou as concentrações de creatinina e glutationa e a atividade da catalase no coração. A adição de 12 mg de cafeína/kg na dieta de ratas Fischer mostrou um efeito positivo sobre a atividade da PON (paraoxonase) e a dose de 15 mg/kg apresentou uma ação tecido específica para as defesas antioxidantes.
Descrição
Programa de Pós-Graduação em Ciências Biológicas. Núcleo de Pesquisas em Ciências Biológicas, Pró-Reitoria de Pesquisa e Pós Graduação, Universidade Federal de Ouro Preto.
Palavras-chave
Natação, Glutationa, Catalase, Superóxido dismutase
Citação
CUNHA, Simone de Fátima Viana da. Influência da suplementação de cafeína na performance física de ratas submetidas ao treinamento físico e sua relação com o estresse oxidativo. 2012. 109 f. Tese (Doutorado em Ciências Biológicas) - Universidade Federal de Ouro Preto, Ouro Preto, 2012.