Metodologia para estabilização química do agregado siderúrgico para aplicação como lastro ferroviário.
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Data
2016
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Resumo
Nas últimas décadas, o interesse pela aplicação dos resíduos industriais em outras áreas têm
crescido amplamente. A este fato, pode ser atribuído tanto questões econômicas quanto
ambientais. Nesta perspectiva, os agregados siderúrgicos antes chamados escória de aciaria
se apresentam como um co-produto com grande geração nas usinas siderúrgicas integradas.
Para cada tonelada de aço produzido, são gerados cerca 170 kg de agregado siderúrgico no
processo Linz Donawitz. De forma geral, os agregados siderúrgicos recém produzidos
apresentam uma expansibilidade volumétrica que conduzem o material à fragmentação e
posterior produção de finos. Em razão dessa expansibilidade, o emprego desse material,
deve ser feito a partir de processos de estabilização dos óxidos instáveis. O presente
trabalho de pesquisa têm por objetivo precípuo a estabilização química dos óxidos instáveis
por meio da fusão do agregado siderúrgico na fase líquida com refratário de coqueria
cominuído. Após tratamento, o co-produto estabilizado foi britado na faixa específica para
lastro e caracterizado nas áreas física, mecânica, química, ambiental, elétrica e de campo
para aplicação em vias férreas sinalizadas. Em sequência às caracterizações, foi
dimensionado, tanto empiricamente, como mecanisticamente, o pavimento ferroviário de
um trecho da Estrada de Ferro Carajás com os dados de lastro composto por brita e pelo
agregado siderúrgico estabilizado, a fim de se comparar e verificar que o co-produto
formado pela fusão é mais competente que o usualmente aplicado. Para alcançar este
propósito, a metodologia definida para estabilização do material passou primeiramente pela
caracterização química do refratário de coqueria, para determinação da fração mais eficaz
no processo, depois pela fusão da escória recém produzida com a fração escolhida,
resfriamento em baia e consequente solidificação, para enfim britagem e transporte para as
caracterizações no Laboratório de Ferrovias e Asfalto da Universidade Federal de Ouro
Preto. Os resultados obtidos pela metodologia de estabilização nas caracterizações para
lastro padrão foram em conformidade com os limites estabelecidos por norma. Em relação à
comparação entre as tensões no pavimento ferroviário, o agregado siderúrgico alcançou
melhor performance do que a brita usualmente empregada. A avaliação em termos do custo
do agregado estabilizado frente ao natural (brita) se mostrou favorável ao primeiro material.
Descrição
Programa de Pós-Graduação em Geotecnia. Núcleo de Geotecnia, Escola de Minas, Universidade Federal de Ouro Preto.
Palavras-chave
Siderurgia - agregados - materiais de construção, Química - estabilização - fase líquida, Fornos metalúrgicos - refratário de coqueria, Ferrovias - lastro padrão
Citação
FERNANDES, Daniel Pinto. Metodologia para estabilização química do agregado siderúrgico para aplicação como lastro ferroviário. 2016. 218 f. Tese (Doutorado em Geotecnia) - Escola de Minas, Universidade Federal de Ouro Preto, Ouro Preto, 2016.