“Nada passa, nada expira” : a (re)invenção da memória em o vendedor de passados, de José Eduardo Agualusa.
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Data
2014
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Resumo
Nesta dissertação analisamos o romance O vendedor de passados, do escritor angolano José Eduardo Agualusa (2004), uma narrativa que une a história do protagonista Félix Ventura, um negro albino, mercador de memórias, e do narrador Eulálio, uma osga em sua terceira encarnação, à de um país pós-colonizado com uma sociedade emergente, ávida por ancestrais renomados. A partir da ligação entre ficção e história, a historiografia angolana surge como um dos motes da obra, sob o viés ficcional, recontando fatos e ao mesmo tempo criando outros. Neste sentido, O vendedor de passados é lido como metaficção historiográfica, termo utilizado para designar narrativas ficcionais que se apropriam da realidade histórica na construção do enredo. Percorrendo também os campos da formação identitária, a partir da leitura dos processos históricos pelos quais passou Angola, a análise transita pelos caminhos dos estudos culturais e da topoanálise na abordagem do espaço romanesco. Com o objetivo de verificar o modo como ocorre a (re)invenção da memória no romance, lançamos mão de conceitos que contemplam diversos vieses dos estudos da memória, como o da memória coletiva e da memória cultural, enquanto o conceito freudiano de duplo foi o principal apoio teórico na análise da constituição dos personagens do romance.
Descrição
Programa de Pós-Graduação em Letras. Departamento de Letras, Instituto de Ciências Humanas e Sociais, Universidade Federal de Ouro Preto.
Palavras-chave
Memória, Literatura africana
Citação
COSTA, Maria Emília Magalhães Martins da. “Nada passa, nada expira”: a (re)invenção da memória em o vendedor de passados, de José Eduardo Agualusa. 2014. 97 f. Dissertação (Mestrado em em Letras) - Instituto de Ciências Humanas e Sociais, Universidade Federal de Ouro Preto, Mariana, 2014.