A música de Claudio Santoro e o giro cultural, epistemológico e político de 1968.
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2019
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Resumo
O ano de 1968 mostrou-se emblemático por seus questionamentos às abordagens e sistemas macro-estruturais, numa imbricação entre política, cultura e ciência. Como o campo musical dialogou com tais irrupções? Este artigo busca responder pontualmente a esta inquirição, através da interpretação da produção e da trajetória do regente e compositor brasileiro Cláudio Santoro: no decorrer de 1968, ele transitou entre a Europa, os Estados Unidos e o Brasil, veiculando suas primeiras obras em música eletroacústica. Recorrendo-se à leitura de algumas missivas inéditas e de pesquisas acadêmicas já elaboradas sobre Santoro, postulase aqui, como hipótese, a existência de afinidades entre as intersubjetividades políticas dos movimentos de 1968 e a música eletroacústica de Santoro, desdobradas, por sua vez, em três aspectos complementares: a) a relevância da atuação criativa do intérprete; b) o exercício de democratização da cultura através do acionamento das linguagens, inclusive da música; c) a articulação entre modernidade, memória cultural e música urbana.
Descrição
Palavras-chave
Música eletroacústica, Electroacoustic music
Citação
BUSCACIO, C. M.; BUARQUE, V. A. de C. A música de Claudio Santoro e o giro cultural, epistemológico e político de 1968. Revista Nava, v. 4, n. 2, p. 215-241, 2019. Disponível em: <https://periodicos.ufjf.br/index.php/nava/article/view/32091>. Acesso em: 24 maio 2021.