Efeito do teor de carbono sobre a evolução do envelhecimento magnético e das propriedades mecânicas de um aço elétrico grão não orientado com 2,0%Si.

Abstract

Neste trabalho foi estudado o efeito do teor de carbono sobre a evolução do envelhecimento magnético e propriedades mecânicas em amostras de um aço GNO com 2%Si. As amostras foram submetidas aos tratamentos térmicos de recozimento descarbonetante e de envelhecimento forçado. Foram avaliados o teor de carbono após a descarbonetação, a microestrutura por microscopia ótica e eletrônica de varredura, as propriedades mecânicas por meio dos ensaios de dureza Vickers e de tração e o índice de envelhecimento magnético a partir de dados do ensaio magnético em chapa única. Os resultados obtidos para o aço GNO com 2%Si, submetido ao tratamento térmico de envelhecimento a 225ºC/24h com variação do teor de carbono na faixa de 14 a 60ppm, indicaram que para teores de carbono menores que 29ppm o índice de envelhecimento magnético é menor que 5%. Os resultados de dureza Vickers mostraram que para as faixas de carbono de interesse (25, 40 e 60ppm) os “picos” de dureza foram atingidos em tempos inferiores aos tempos em que índice de envelhecimento torna-se maior que 5%, evidenciando que o tamanho crítico dos precipitados deletérios às propriedades magnéticas é maior que aquele que maximiza a dureza. A taxa de variação do índice de envelhecimento magnético em função do tempo de tratamento térmico de envelhecimento à temperatura crítica, para cada teor de carbono, tem seu maior valor correspondente ao tempo de tratamento térmico necessário para que o índice de envelhecimento magnético ultrapasse os 5%.