Gatilhos espeleogenéticos de cavernas quartzíticas e a evolução da paisagem cárstica da Serra do Espinhaço Meridional.
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Data
2022
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Resumo
O estudo buscou investigar a ocorrência dos processos de arenização e litificação seletiva como
precursores da carstificação em rochas quartzíticas, e definir os principais gatilhos espeleogenéticos
associados à evolução da paisagem. Para isso, cinco cavidades foram estudadas por meio de dados
geoespeleológicos, estruturais, petrográficos e de geoquímica da água na serra do Espinhaço
Meridional, porção centro-sul do estado de Minas Gerais, Brasil. As rochas aflorantes pertencem à
Formação Galho do Miguel (Supergrupo Espinhaço), de idade Mesoproterozóica. A serra foi
edificada no Neoproterozóico, durante o Ciclo Brasiliano, e possui alongamento N-S com extensão
de cerca de 1200 km. Os resultados evidenciam a baixa solubilidade da sílica com concentração
média total de 1,173 mg/L, em águas ácidas de pH médio de 3,98. Foram descritas oito litofácies,
sendo a L3 considerada um Horizonte Gatilho pois, apesar da ausência de contrastes granulométricos
e reológicos, sugere-se que as camadas estratificadas cruzadas são mais carstificáveis devido à sua
menor suceptibilidade à litificação. Nas lâminas petrográficas isso fica evidente a partir da
disposição incoesa dos grãos e a dissolução do cimento de sílica, que pode atingir até as bordas dos
grãos de quartzo. A espeleogênese tem caráter epigenético, e ocorreu concomitante à desnudação do
relevo por meio de um gatilho químico ao longo de estruturas tectônicas neoproterozóicas e de
estruturas deposicionais.
Descrição
Programa de Pós-Graduação em Evolução Crustal e Recursos Naturais. Departamento de Geologia, Escola de Minas, Universidade Federal de Ouro Preto.
Palavras-chave
Geomorfologia, Cavernas - espeleogênese, Carste, Quartzito
Citação
YOSHIZUMI, Wendy Tanikawa. Gatilhos espeleogenéticos de cavernas quartzíticas e a evolução da paisagem cárstica da Serra do Espinhaço Meridional. 2022. 98 f. Dissertação (Mestrado em Evolução Crustal e Recursos Naturais) – Escola de Minas, Universidade Federal de Ouro Preto, Ouro Preto, 2022.