Crítica da cientificidade do crime semicolonial Samarco/Vale/BHP.
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Data
2019
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Resumo
Este relato é parte de uma investigação mais ampla na qual se investigou a cientificidade do conflito gerado pela ruptura da barragem de Fundão, em Mariana-MG (Brasil). No dia 5 de novembro de 2015 a barragem da mineradora Samarco, controlada por Vale S/A e BHP Billiton, se rompeu e uma avalanche de 55 milhões de m3 de lama de rejeitos de minério de ferro devastou distritos e povoados inteiros, matou 19 pessoas e atingiu 663 km de corpos hídricos até chegar ao oceano atlântico. Neste relato apresenta-se uma discussão sobre a cientificidade do crime denominado na pesquisa como crime semicolonial Samarco/Vale/BHP. Foram analisados relatórios e laudos técnicos, documentos das empresas, acompanhou-se reuniões de negociação entre técnicos e engenheiros das empresas e pessoas atingidas. Os resultados mostram que análises sobre as causas difundem uma ideia de relação multicausal com aparência sistêmica, manipulando a percepção sobre a causalidade. Ao contrário, percebe-se que a velocidade de alteamento da barragem se constitui como momento predominante impulsionado pela lógica da extração de taxas de lucro exorbitantes.
Descrição
Palavras-chave
Barragem de Fundão, Conflito socioambiental
Citação
CALAZANS, M. M. Crítica da cientificidade do crime semicolonial Samarco/Vale/BHP. Geographos, Alicante, v. 10, n. 113, p. 23-58, fev. 2019. Disponível em: <https://rua.ua.es/dspace/bitstream/10045/87667/1/Marcos_Calazans.pdf>. Acesso em: 03 jul. 2020.