Solos e superfícies de erosão : uma contextualização da evolução da paisagem na Serra do Espinhaço Meridional (SdEM), Minas Gerais.

Resumo
O estudo investigou a evolução da paisagem da Serra do Espinhaço Meridional (SdEM), MG, através da caracterização macromorfológica, mineralógica, micromorfológica e química de solos desenvolvidos nas principais unidades lito-estratigráficas da região. Ocorrem principalmente Neossolos e Cambissolos, decapeados e cobertos discordantemente por um paleopavimento. Considerando as variações climáticas, as superfícies de erosão e as recentes datações dos solos, entendemos que após um longo período sob condições desérticas no Cretáceo (Superfície Pós-Gondwana) até o Paleoceno (Superfície Sul-Americana), ocorreu uma abrupta variação climática no Eoceno, em que condições quentes e úmidas formaram os mantos de alteração e o desmantelamento dos veios de quartzo presentes nas unidades subjacentes (Supergrupo Espinhaço). Estas condições também estiveram presentes durante o Mioceno, desaparecendo no Plioceno, onde a instalação de um novo clima desértico promoveu o desaparecimento da vegetação e a consequente erosão-decapitação dos perfis de solo. Neste contexto se formou o paleopavimento regional supracitado, interpretado como contemporâneo à Superfície Velhas. Sobre ele, durante o Quaternário, formaram-se inúmeras turfeiras, que sugerem condições climáticas regionais amenas.
Descrição
Palavras-chave
Paleopavimento, Solos decapitados, Variações climáticas, Couraças
Citação
VARAJÃO, C. A. C. et al. Solos e superfícies de erosão: uma contextualização da evolução da paisagem na Serra do Espinhaço Meridional (SdEM), Minas Gerais. Revista Espinhaço, v. 9, p. 17-42, 2020. Disponível em: <https://revistaespinhaco.com/index.php/revista/article/view/182>. Acesso em: 29 abr. 2022.