Potencial terapêutico de formulação antidiabética oral em modelo experimental de diabetes tipo 1 : avaliações hepáticas e renais.

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Data
2018
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Resumo
O diabetes mellitus 1 (DM1) compreende um conjunto de alterações em células β-pancreáticas, que, de maneira crônica, acarreta efeitos em diversos órgãos, dentre eles fígado e rins. A Vildagliptina (V) tem sido usada no controle terapêutico da glicemia em diabéticos do tipo 2. Outro candidato terapêutico, a Quercetina (Q) é um antioxidante com potencial protetor de diversos tecidos, sendo demonstrados efeitos benéficos em fígado e rins. Neste projeto visamos analisar o efeito do tratamento com a formulação antidiabética oral (QV) no fígado e rins de animais DM1. Os procedimentos foram aprovados pela CEUA-UFOP (#2014/17). Ratas Fisher fêmeas (n=39), 120 dias, 200g foram divididas nos grupos: Controle (C), Diabético (D), Diabético tratado com formulação QV (DQV) e Diabético tratado com insulina (DI). O diabetes foi induzido por injeção intraperitonial de Aloxano (135mgKg). O tratamento foi realizado diariamente, por via orográstrica por 30 dias. Após este período realizou-se a eutanásia e coleta de materiais. O sangue foi coletado para análise dos níveis glicêmicos. O fígado e rins foram destinados a análises histológicas e avaliação de biomarcadores do processo redox. Os resultados foram analisados pelo Software Graphpad Prism 6.0, com nível de significância de 5%. As análises hepáticas mostraram que a formulação QV restaurou os depósitos de glicogênio hepático nos animais DQV (100,8±7,466μm²) em nível dos animais C (126,3±3,487 μm²). Houve também redução do número de células de Kupffer nos animais DQV (52,34±2,53), comparado a animais do grupo D (74,45±7,18), acompanhado por redução das áreas de fibrose, também reduzidas no grupo DQV (334,9±47,9 μm²) e DI (437,8±74,20 μm²) quando comparado ao grupo D (1752±434,7 μm²). As áreas de colágeno 1 também foram reduzidas em animais DQV (270,5±79,50 μm²) quando comparado ao grupo D (2970±1409 μm²), entretanto a quantificação de colágeno 3 e de fibras elásticas não apresentaram diferenças significativas. O modelo de diabetes induzido pelo aloxano, bem como o tratamento com a formulação não promoveu diferenças significativas na atividade enzimática de SOD e CAT, bem como na geração de proteína carbonilada. As análises em rins mostraram que o tratamento com a formulação foi eficaz em preservar os tecidos de hemorragia em áreas glomerulares e tubulares, além de reduzir áreas de fibrose nos animais DQV (2004±397,6 μm²) quando comparado a animais D (3840±694,8 μm²), esta redução se mostrou ao nível dos animais DI (1502±256,6 μm²). Resultado semelhante foi encontrado na quantificação de colágeno 1, os grupos DQV (808,3±240,3 μm²) e DI (3233±817,7 μm²) exibiram áreas de colágeno 1 reduzidas a nível dos animais controle C (1624±430,2 μm²), porém não foram encontradas diferenças significativas na quantificação de colágeno 3 e apenas animais DI apresentaram fibras elásticas elevadas. A atividade de CAT foi reduzida em animais DQV (58,39±4,28) em relação aos animais C (88,59±7,66), entretanto a atividade de SOD, TBARS e MMP-2 não apresentaram diferenças significativas. Nossas considerações finais ressaltam que a formulação possui propriedades que preservam a integridade histológica hepática e renal, o que aliado a seu efeito na regulação da glicemia, mostra-se um importante alvo terapêutico coadjuvante para tratamento do DM1.
Descrição
Programa de Pós-Graduação em Ciências Biológicas. Núcleo de Pesquisas em Ciências Biológicas, Pró-Reitoria de Pesquisa de Pós Graduação, Universidade Federal de Ouro Preto.
Palavras-chave
Diabetes, Quercetina, Vildagliptina, Fígado, Rins
Citação
LACERDA, Kíssyla Christine Duarte. Potencial terapêutico de formulação antidiabética oral em modelo experimental de diabetes tipo 1: avaliações hepáticas e renais. 2018. 110 f. Dissertação (Mestrado em Ciências Biológicas) - Núcleo de Pesquisas em Ciências Biológicas, Universidade Federal de Ouro Preto, Ouro Preto, 2018.