Qualidade microbiológica da água de bastecimento público e alternativo no município de Ouro Preto, Minas Gerais.

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Data
2003
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Editor
Programa de Pós-Graduação em Engenharia Ambiental. PROÁGUA, Pró-Reitoria de Pesquisa e Pós Graduação, Universidade Federal de Ouro Preto.
Resumo
No presente trabalho avaliou-se a qualidade microbiológica da água de Ouro Preto através do método dos tubos múltiplos para determinar o Número Mais Provável de coliformes totais e fecais. A investigação foi feita no período de outubro de 2001 até fevereiro de 2003 em amostras de água de consumo na área urbana e rural, proveniente de fontes alternativas, sem tratamento. Por outro lado, apesar de algumas casas também receberem água da rede municipal, tratada, 31,4% destas também apresentaram contaminação por coliformes. O índice de coliformes (totais e fecais) foi maior n as amostras de água de consumo obtidas a partir de torneiras das casas (66%) do que nas fontes, reservatórios e minas (59,6%). Esta contaminação tanto na água não tratada como na tratada foi maior na estação chuvosa (71%) do que na estação seca (56%), estando clara a influência sazonal. Dentre os coliformes detectados, nas amostras de água analisadas, foram identificadas as espécies Salmonella sp.(0,5%), Shigella sp. (3,5%) e cepas patogênicas de Escherichia coli (14%): E. colienteropatogênica clássica B, E. colienteroinvasora, E. colienterotoxigênica e E. coli enterohemorrágica. Sendo que a prevalência destes patógenos predominou no período de chuvas. A observação de que mais de 70% da água de consumo de Ouro Preto contém coliformes confirma a deficiênc ia do atual sistema de distribuição de água da população. Dois diferentes períodos do ano puderam ser considerados para a ocorrência de amostras positivas para coliformes totais e fecais: período quente e úmido com alta porcentagem de amostras infectadas e período frio e seco, onde a positividade foi menor. Possivelmente conclui-se que, a falta de planejamento urbano, a utilização de minas antigas e abandonadas como fontes de água canalizadas para consumo, como também as más condições de infraestrutura e alocalização indiscriminada de poços e fossas contribuíram para a baixa qualidade bacteriológica do abastecimento domiciliar de água. As águas das chuvas agravam o impacto em Ouro Preto, MG.
Descrição
Palavras-chave
Água - qualidade, Água - abastecimento público, Água - qualidade microbiológica, Minas Gerais - Ouro Preto - qualidade da água
Citação
NEVES, K. de O. Qualidade microbiológica da água de bastecimento público e alternativo no município de Ouro Preto, Minas Gerais. 2003. 89 f. Dissertação (Mestrado em Engenharia Ambiental) – Universidade Federal de Ouro Preto, Ouro Preto, 2003.