Hipovitaminose A em escolares da zona rural de Minas Gerais.

Resumo
Objetivo Com o presente estudo, procurou-se identificar a prevalência da hipovitaminose A em escolares da zona rural do município de Novo Cruzeiro, MG, bem como possíveis fatores predisponentes para sua ocorrência. Métodos A amostra foi constituída de 241 crianças, de seis a catorze anos de idade, de quatro escolas rurais. Os níveis séricos de retinol foram interpretados pelos critérios do Interdepartmental Committee on Nutrition for National Defense. A importância epidemiológica da hipovitaminose A foi avaliada segundo os critérios da Organização Mundial da Saúde. Foram adotados como fatores predisponentes da hipovitaminose A, as parasitoses intestinais, a desnutrição energético-protéica, o consumo inadequado de fontes de vitamina A e a renda familiar per capita. Por se tratar de um estudo transversal, com variáveis dicotômicas, empregou-se o teste qui-quadrado na análise estatística. Resultados Identificou-se a hipovitaminose A em 29,0% dos indivíduos estudados; 23,2% deles apresentaram desnutrição pregressa (stunting), 8,7% eram desnutridos segundo o índice de massa corporal; em 63,1% dos casos identificou-se inadequação no consumo de fontes alimentares de vitamina A e 78,8% dos escolares eram portadores de algum tipo de parasita intestinal. A maioria das famílias dos escolares (87,1%) tinha renda mensal per capita de até um quarto do salário mínimo; as demais famílias apresentavam-se, 10,4%, na faixa de renda per capita entre um quarto de salário e meio salário mínimo inclusive; 2,1%, na faixa entre meio salário e um salário mínimo inclusive; e apenas 0,4% das famílias, na faixa de renda maior que um salário mínimo. Conclusão Concluiu-se que a hipovitaminose A é um problema de saúde pública entre os escolares. Não se observou associação estatisticamente significante entre hipovitaminose A e os fatores predisponentes estudados.
Descrição
Palavras-chave
Causalidade, Causality
Citação
SANTOS, M. A. et al. Hipovitaminose A em escolares da zona rural de Minas Gerais. Revista de Nutrição, Campinas, v. 18, n.3, p. 331-339, 2005. Disponível em: <http://www.scielo.br/pdf/rn/v18n3/a05v18n3.pdf>. Acesso em: 21 out. 2015.