Espécies reativas de oxigênio no controle neurovegetativo da pressão arterial.

Resumo
Existem evidências de que a atividade neuronal pode ser modulada pelo estado redox (balanço entre espécies químicas oxidantes e redutoras) das células, influenciando, assim, as diferentes funções biológicas que são controladas pelo sistema nervoso. Essa modula- ção pode ocorrer por meio de diferentes mecanismos e um deles é a modulação da transmiss ão sináptica no sistema nervoso central (SNC). As descargas autonômicas que são controladas por mecanismos localizados em diferentes áreas do SNC são fundamentais para o controle da pressão arterial. Um importante neurotransmissor que participa dos mecanismos centrais de controle cardiovascular é o glutamato e a transmissão glutamatérgica pode ser extensamente afetada por espécies reativas de oxigênio, oxidantes que parecem ter um importante papel em processos fisiológicos e patológicos. No presente artigo são apresentados os principais achados experimentais que suportam a hipótese de que as espécies reativas de oxigênio podem modular as funções cardiovasculares por produzir alterações nos mecanismos centrais de controle dos sistemas simpático e parassimpático. Logo, desequilíbrios na sinalização mediada por espécies reativas de oxigênios podem contribuir para o desenvolvimento de doenças cardiovasculares como a hipertensão.
Descrição
Palavras-chave
Glutamato, Regulação Cardiovascular, Peróxido de hidrogênio
Citação
CARDOSO, L. M. et al. Espécies reativas de oxigênio no controle neurovegetativo da pressão arterial. Medicina, Ribeirão Preto, v. 39, n.1, p. 77-88, 2006. Disponível em: <http://revista.fmrp.usp.br/2006/vol39n1/8_especies_reativas_oxigenio.pdf>. Acesso em: 19 fev. 2017.