Tectonoestratigrafia da bacia espinhaço na porção centro-norte do cráton do São Francisco : registro de uma evolução policíclica, multitemporal e poliistórica.

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Data
2002
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Resumo
Neste trabalho apresentam-se os aspectos gerais vinculados com a evolução tectonoestratigráfica do prolongamento setentrional da Serra do Espinhaço, parte integrante da bacia Espinhaço e que se situa na porção norte do Cráton do São Francisco. O arcabouço estratigráfico desse segmento foi reconstruído de forma sistemática, por meio do reconhecimento e da caracterização de oito sintemas, que equivalem a unidades limitadas por discordâncias ou descontinuidades estratigráficas de extensão regional na bacia: Algodão, São Simão, Sapiranga e Pajeú, definindo o intervalo inferior, Bom Retiro, São Marcos e Sítio Novo, remontando o intervalo intermediário, e Santo Onofre, finalizando o empilhamento do Espinhaço. Os sintemas Bom Retiro e São Marcos correspondem ao preenchimento de duas flexuras de interior continental, enquanto as assinaturas sedimentares dos sintemasPajeú, Sítio Novo e Santo Onofre são compatíveis com o desenvolvimento de bacias do tipo rifte, as duas primeiras Geradas por tectônica distensiva e a última unidade, mediante tectônica transcorrente; os sintemas Algodão e Sapiranga são interpretados como o preenchimento de duas bacias do tipo rifte-flexural, ao passo que o Sintema São Simão é relacionado apenas com um magmatismo intracontinental, sem sedimentação associada. Com base nesse contexto e no acervo geocronológico disponível, conclui-se que a bacia Espinhaço registra uma evolução descontínua (no sentido temporal), policíclica (no sentido estratigráfico) e poliistórica, alternando episódios de regimes tectônicos distintos ao longo do tempo.
Descrição
Palavras-chave
Discordância, Cráton São Francisco, Proterozóico, Espinhaço, Análise de bacias
Citação
DANDERFER FILHO, A.; DADENNE, M. A. Tectonoestratigrafia da Bacia Espinhaço na Porção centro-norte do cráton do São Francisco : registro de uma evolução policíclica, multitemporal e poliistórica. Revista Brasileira de Geociências, v. 32, n. 4, p. 449-460, dez. 2002. Disponível em: <http://ojs.c3sl.ufpr.br/ojs2/index.php/rbg/article/download/10447/7620>. Acesso em: 08 ago. 2012.