Análise química de extratos de Eruca sativa e seus efeitos na hiperuricemia.
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Data
2020
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Resumo
O número de medicamentos para tratar a hiperuricemia é reduzido e gera efeitos
adversos severos, justificando a busca por novas opções terapêuticas. Eruca sativa,
popularmente conhecida como rúcula, é uma hortaliça originada do Mediterrâneo e
leste do Irã, mas que foi domesticada na maior parte do mundo. Na medicina popular
é conhecida por possuir várias propriedades biológicas incluindo diurética, protetora
renal, anti-hipertensiva e antidiabética. A justificativa deste estudo se baseia na
proposição de que tratamentos à base da rúcula poderiam ter efeitos na
hiperuricemia, visto que ela é popularmente usada para o tratamento de
comorbidades induzidas por níveis altos de ácido úrico. O presente trabalho propôs
avaliar in vivo a atividade anti-hiperuricêmica (uricostática e uricosúrica) dos extratos
hexânico e etanólico da rúcula, além de identificar seus constituintes químicos
principais por CLAE-DAD e UHPLC-ESI-QTOF. As análises realizadas por CLAEDAD e por UHPLC-ESI-QTOF, sugeriram a presença de glicosinolatos e flavonóis
poliglicosilados anteriormente identificados em outros estudos com E. sativa. O
flavonoide majoritário do extrato etanólico, kaempferol-3,4’-O-diglicosídeo, foi isolado
do EESE e sua atividade anti-hiperuricêmica foi avaliada na dose de 10 mg/kg. Um
método analítico foi desenvolvido e validado para quantificar o kaempferol-3,4’-Odiglicosídeo no extrato etanólico por CLAE-DAD. Os experimentos in vivo foram
realizados em ratos Wistar com hiperuricemia induzida por oxonato de potássio e
ácido úrico. Alopurinol (inibidor da xantina oxidase), probenecida e benzbromarona
(uricosúricos) foram usados controles positivos. Os tratamentos com ambos extratos
na dose de 125 mg/kg e com kaempferol-3,4-O-diglicosídeo na dose de 10 mg/kg
mostraram efeito hipouricêmico. Observou-se efeito dose-dependente em relação a
atividade anti-hiperuricêmica nos tratamentos com ambos extratos. O principal
mecanismo hipouricêmico observado para os extratos foi o uricosúrico, entretanto,
outros mecanismos não elucidados contribuíram para o efeito anti-hiperuricêmico.
Kaempferol-3,4’-O-diglicosídeo, principal flavonoide componente do extrato etanólico
de E. sativa foi importante para a atividade total deste extrato. Os resultados obtidos
indicaram o potencial da E. sativa e do kaempferol-3,4’-O-diglicosídeo para o
tratamento da hiperuricemia e de doenças relacionadas.
Descrição
Programa de Pós-Graduação em Ciências Farmacêuticas. CIPHARMA, Escola de Farmácia, Universidade Federal de Ouro Preto.
Palavras-chave
Eruca sativa, Flavonoides, Hiperuricemia
Citação
TEIXEIRA, Arthur Ferrari. Análise química de extratos de Eruca sativa e seus efeitos na hiperuricemia. 2020. 84 f. Dissertação (Mestrado em Ciências Farmacêuticas) – Escola de Farmácia, Universidade Federal de Ouro Preto, Ouro Preto, 2020.