Efeitos de extratos aquosos de Coffea arabica e de seus constituintes químicos na artrite gotosa.
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Data
2019
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Resumo
A gota é caracterizada por artrite inflamatória dolorosa decorrente do depósito de
cristais de urato monossódico (MSU) nas articulações. A inflamação nas
articulações estimula a liberação de radicais livres e, assim, provoca um quadro de
estresse oxidativo, caracterizado pela liberação de neutrófilos, interleucinas IL- 1β,
IL- 6 e TNF- α. O tratamento da gota tem como objetivo primordial o alívio da dor e
se dá por meio do uso de anti-inflamatórios não esteroidais, corticosteroides e
medicamentos uricosúricos. Porém, os fármacos disponíveis para seu tratamento
possuem efeitos adversos severos, como vertigem, diarreia e úlceras gástricas.
Assim, existe a necessidade da busca por novas opções terapêuticas, mais
eficazes e mais bem toleradas. A espécie Coffea arabica já foi previamente
identificada como rica em substâncias com atividade antioxidante e anti-
inflamatória. Neste estudo, foram avaliados os efeitos antinociceptivo, anti-
inflamatório e antioxidante promovidos por tratamentos com extratos aquosos de
C. arabica, preparados com água a 25°C e a 98°C, provenientes dos grãos do café
verde (não torrado), torras clara, média e escura e com cafés descafeinado e
tradicional, provenientes de fontes comerciais, em camundongos C57BL/6
induzidos à artrite gotosa pela injeção de cristais de MSU. Também foram avaliados
os efeitos promovidos por tratamentos com os constituintes químicos principais dos
extratos: ácidos cafeico, clorogênico, neoclorogênico, nicotínico e quínico, cafeína
e trigonelina. Os extratos descafeinado e tradicional, preparados com água a 25°C,
nas doses de 25 e 75 mg/kg, respectivamente; os extratos torra clara e não torrado,
preparados com água a 98°C, na dose de 25 mg/kg; os extratos descafeinado e
tradicional, preparados com água a 98°C, na dose de 225 mg/kg; e as substâncias
ácidos cafeico e clorogênico, na dose de 10 mg/kg, promoveram aumento no limiar
nociceptivo dos animais, inibiram a migração de neutrófilos, diminuíram a
concentração de citocinas pró-inflamatórias (IL-1β, IL-6 e TNF-α) e promoveram
aumento significativo na atividade das enzimas antioxidantes superóxido dismutase
e catalase na região onde a inflamação foi induzida, o que indica serem potenciais
para se tornarem novas opções terapêuticas para gota.
Descrição
Programa de Pós-Graduação em Ciências Farmacêuticas. Escola de Farmácia, Universidade Federal de Ouro Preto.
Palavras-chave
Coffea arabica, café, artrite, gota, Inflamação
Citação
MATOSINHOS, Rafaela Cunha. Efeitos de extratos aquosos de Coffea arabica e de seus constituintes químicos na artrite gotosa. 2019. 76 f. Dissertação (Mestrado em Ciências Farmacêuticas) – Escola de Farmácia, Universidade Federal de Ouro Preto, Ouro Preto, 2019.