Células imunes e marcadores inflamatórios em indivíduos submetidos a uma sessão de treinamento de força.

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Data
2018
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Resumo
O exercício físico representa um desafio a homeostase corporal, influenciando inclusive o funcionamento do sistema imunológico. Estudos tem demonstrado relação entre a resposta inflamatória e o processo de remodelamento tecidual, porém mais estudos são necessários para compreendermos seu comportamento e sua atuação neste processo adaptativo após treinamento de força. O objetivo do estudo foi avaliar o perfil das células imunes e da expressão gênica de biomarcadores inflamatórios solúveis nas PBMC após uma sessão de treinamento de força, que objetivou a hipertrofia muscular esquelética, em indivíduos treinados e não treinados. Os protocolos foram constituídos por 3 exercícios, leg press, extensor de joelhos sentado e flexor de joelhos, sendo realizadas 4 séries, de 8-10 repetições, a 65% de 1RM e com uma pausa de 90s entre as séries. A duração da repetição foi de 5 segundos (2 segundos para a ação muscular concêntrica por 3 segundos para a ação muscular excêntrica). Foram realizadas análises no sangue antes, logo após e 2 horas após o término do protocolo de exercício. O nível de lactato sanguíneo aumentou logo após o exercício para ambos os grupos e a atividade da enzima creatina quinase aumentou logo após ao exercício. Observamos um aumento dos linfócitos circulantes imediatamente após o exercício enquanto sua diminuição foi detectada 2 horas após o término do mesmo. Os monócitos apresentam seu pico na circulação logo após o exercício físico enquanto os neutrófilos elevaram-se com o exercício, sendo observada no grupo não treinado, um aumento ainda mais evidente 2 horas após o término do treinamento. Não encontramos diferenças entre os grupos treinado e não treinado quanto à expressão gênica de IL6, IL10, IL12, IFN-y nas PBMCs, assim como não encontramos diferença no decorrer do tempo. Porém, o grupo treinado destacou-se por apresentar menor expressão de TGFβ nestas células. Concluímos que o protocolo de exercício utilizado, seguindo as normativas de carga com objetivo de hipertrofia muscular esquelética, em jovens treinados e não treinados, eleva os níveis de lactato sanguíneo, da atividade da CK, dos leucócitos circulantes e, inversamente no caso dos jovens treinados, reduz a expressão de TGFβ nas PBMC.
Descrição
Programa de Pós-Graduação em Ciências Biológicas. Núcleo de Pesquisas em Ciências Biológicas, Pró-Reitoria de Pesquisa de Pós Graduação, Universidade Federal de Ouro Preto.
Palavras-chave
Exercícios físicos, Teste de esforço, Hipertrofia, Expressão gênica, Inflamação
Citação
PONTES, Washington Martins. Células imunes e marcadores inflamatórios em indivíduos submetidos a uma sessão de treinamento de força. 2018. 63 f. Dissertação (Mestrado em Ciências Biológicas) - Núcleo de Pesquisas em Ciências Biológicas, Universidade Federal de Ouro Preto, Ouro Preto, 2018.