Uso e aplicação do poliestireno expandido (EPS) reciclado para impermeabilização por impregnação de superfícies de concreto pré-fabricado.
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Data
2005
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Programa de Pós-Graduação em Engenharia de Materiais. Rede Temática em Engenharia de Materiais, Pró-Reitoria de Pesquisa e Pós-Graduação, Universidade Federal de Ouro Preto.
Resumo
O desempenho e a aparência superficial do concreto estão relacionados com a sua porosidade. A redução da porosidade, e conseqüente redução da permeabilidade, podem ser uma solução para aumentar a durabilidade do concreto e preservar suas características superficiais. A deterioração da superfície do concreto, no que se refere à parte estética, causa desequilíbrio no conceito “utilidade x aparência”, diminuindo o valor agregado das construções quando as mesmas se tornam fonte de alteração do ambiente, causando impacto visual negativo. Atualmente as pichações e afixação de cartazes em construções públicas privadas é prática nos grandes centros urbanos. Um tratamento prévio, e conomicamente viável, a essas superfícies poderá reduzir tal impacto, tornando sua limpeza mais rápida e eficaz, o que irá contribuir para a melhoria da qualidade de vida da população. Esta pesquisa foi desenvolvida com o objetivo de identificar um novo material a ser aplicado no sistema CIP (Concreto Impregnado com Polímero) de forma econômica, eficiente e com simplicidade, a fim de reduzir a permeabilidade das superfícies de concreto préfabricado, reduzindo assim a degradação dessas superfícies e conseqüentemente aumentando a sua durabilidade de uma forma geral. De forma adicional: a) empregar um material que não modifique o aspecto visual do concreto, abrindo perspectivas para o emprego em monumentos e obras expostas à ação das intempéries; b) desenvolver uma nova tecnologia utilizando polímeros reciclados, a fim de contribuir com a sociedade e a natureza de uma forma geral. Atualmente o poliestireno expandido (EPS) tem larga utilização na indústria, principalmente na área de embalagens. É um material que apresenta características importantes como baixa absorção de água, resistência ao envelhecimento e é inócuo, ou seja, não constitui substrato para a proliferação de microorganismos ou animais dentre outras. Porém seu descarte é extremamente danoso ao meio ambiente. A reciclagem é limitada e existe a necessidade de se criar novas aplicações para estes rejeitos. Além disso a melhoria da durabilidade do concreto também contribuirá para a redução de custos de manutenção e reparos, em um dos mais antigos materiais estruturais da arquitetura, e de maior uso na atualidade. A pesquisa foi desenvolvida utilizando-se corpos de prova de concreto com uma única relação água/cimento, com o objetivo de manter o mesmo índice de porosidade das amostras. O tratamento, visando à diminuição da permeabilidade, foi realizado pela imersão desses corpos de prova em duas soluções distintas de EPS diluído em solventes comerciais, preparadas em laboratório. Foram utilizados três tempos distintos de imersão nas soluções de EPS. Foi avaliada a eficiência do tratamento na redução da permeabilidade do concreto tomando-se como referência à concentração de EPS na solução e o tempo total de imersão. Foram realizados ensaios de absorção de água, liberação de íons cloreto em água (Milli-Q), verificação de profundidade de tratamento pela análise de ultravioleta, microscopia eletrônica de varredura (MEV), crescimento biológico na superfície dos corpos tratados e não tratados e ensaios em porosímetro de mercúrio. Os resultados foram promissores mostrando uma redução significativa da permeabilidade à água, redução da porosidade e conseqüente diminuição da proliferação de fungos na superfície do concreto tratado com EPS.
Descrição
Palavras-chave
Superficies - tecnologia, Poliestirenos, Impermeabilização, Concreto pré-moldado
Citação
AMIANTI, M. Uso e aplicação do poliestireno expandido (EPS) reciclado para impermeabilização por impregnação de superfícies de concreto pré-fabricado. 2005. 112 f. Dissertação (Mestrado em Engenharia de Materiais) – Universidade Federal de Ouro Preto, Ouro Preto, 2005.