Participação dos receptores muscarínicos centrais na forma nervosa da doença de chagas em camundongos infectados pela cepa colombiana de Trypanosoma cruzi.

dc.contributor.advisorLana, Marta dept_BR
dc.contributor.advisorDonato, Micheline Freirept_BR
dc.contributor.authorAssis, Gabriela Maíra Pereira de
dc.contributor.refereeLana, Marta dept_BR
dc.contributor.refereeCarneiro, Cláudia Martinspt_BR
dc.contributor.refereeLeite, Romulopt_BR
dc.date.accessioned2019-07-03T15:42:20Z
dc.date.available2019-07-03T15:42:20Z
dc.date.issued2018
dc.descriptionPrograma de Pós-Graduação em Ciências Biológicas. Núcleo de Pesquisas em Ciências Biológicas, Pró-Reitoria de Pesquisa de Pós Graduação, Universidade Federal de Ouro Preto.pt_BR
dc.description.abstractA forma clínica nervosa na doença de Chagas (DCh) foi sempre pouco compreendida. Suas manifestações são consequências do comprometimento do Sistema Nervoso Central (SNC) caracterizada por encefalite focal com acúmulo de células da glia e linfócitos na substância branca, e presença de parasitos no SNC, responsáveis pelos sinais clínicos observados. A maioria dos pacientes que apresentam manifestações nervosas na fase aguda são crianças com menos de 2 anos de idade e casos congênitos, entretanto há relatos em adultos imunossuprimidos. Estudos em camundongos revelam que células da glia, astrócitos e raramente neurônios são infectados. A encefalite chagásica, invariavelmente associada à miocardite chagásica aguda, é responsável pela alta taxa de mortalidade e gravidade das formas nervosa e cardíaca agudas sintomáticas. Trabalhos recentes relatam o comprometimento das funções colinérgicas cardíacas em ratos com Dch crônica, envolvendo receptores muscarínicos (mAChR), associados a vários eventos fisiológicos, incluindo a cardiopatia. Aqui o modelo murino foi infectado com a cepa Colombiana, vias intracerebroventricular (icv) e intraperitoneal (ip), imunossuprimido ou não, tratado ou não previamente com o agonista (carbacol) e o antagonista (atroponia) dos receptores colinérgicos com o intuito de investigar a evolução da infecção e o papel dos receptores colinérgicos muscarínicos na infecção e lesões cerebrais. Controles salina e não infectado (CNI) foram avaliados. Os animais foram avaliados 15 d.p.i (grupos não imunossuprimido e imunossuprimido), e 30 d.p.i (grupo não imunossuprimido) por métodos parasitológicos (curva de parasitemia, hemocultura e PCR), imunológico (ELISA) e histologia do cérebro. Os animais foram ainda avaliados quanto ao estado de ansiedade e atividade locomotora por testes comportamentais (Labirinto em Zero elevado e Rotarod). Não foi observada parasitemia patente nos animais infectados pela via ip, independente da imunossupressão. A imunossupressão favoreceu a parasitemia patente, e o bloqueio da via colinérgica muscarínica (atropina+icv) favoreceu o processo de infecção nos animais, demonstrada pelo elevado nível de parasitemia quando comparados aos animais tratados com carcabol (agonista). O grupo infectado via ip não apresentou sinais de infecção das meninges/encefalopatia, independentemente da imunosupressão. Meningite reativa e aumento da celularidade foram vistas em animais inoculados com solução salina via icv, porém mais discretas que em animais não imunossuprimidos. No cérebro do grupo infectado via icv houve lesões com maior celularidade e sinais discretos de degeneração celular, além da presença frequente de ninhos íntegros de parasitos e meningite, diferentemente dos animais infectados via ip que não apresentaram infecção e lesões. No grupo atropina+icv, todas as áreas do cérebro foram parasitadas, associadas a alterações degenerativas do parênquima, como necrose periventricular da base do ventrículo, áreas de degeneração cortical e edema. No entanto, nos animais do grupo carbacol+icv, foi encontrada meningite mais discreta, ausência de parasitos e o córtex estava mais preservado do que no grupo atropina+icv. Animais infectados via icv apresentaram coordenação motora comprometida em comparação com os animais infectados pela via ip e CNI. Nos animais que tiveram o mAChR modulado foi observado que o grupo bloqueado apresentou maior comprometimento da coordenação do que os animais ativados. A infecção via icv se mostrou um bom modelo para estudar DCh nervosa. A via colinérgica muscarínica pareceu estar envolvida no processo de infecção e seu bloqueio favoreceu sua evolução e as lesões consequentes.pt_BR
dc.description.abstractenThe nervous clinical form of Chagas disease (ChD) is still not completely understood. Its manifestations are consequences of Central Nervous System (CNS) involvement characterized by focal encephalitis with accumulation of glial cells and lymphocytes in the white matter, and presence of parasites in the CNS, responsible by the clinical signs observed. The majority of patients with acute nervous manifestations of Chagas disease are children under 2 years of age and congenital cases, but its occurrence in immunosuppressed adults has been reported. Studies in mice reveal that glial cells, astrocytes and rare neurons are infected. Chagasic encephalitis, invariably associated with acute chagasic myocarditis, is responsible for the high mortality and severity of the nervous form and myocarditis symptomatic in the acute phase. Recent works report the commitment of cardiac cholinergic functions in rats with chronic ChD, involving muscarinic receptors (mAChR) associated to various physiological disturbances, including heart disease. Here mice were infected with Colombian strain, via intracerebroventricular (icv) and intraperitoneal (ip), immunosuppressed or not, previously treated with the agonist (carbachol) and the antagonist (atropine) of cholinergic receptors to investigate the evolution of the infection and the role of muscarinic cholinergic receptors in the infection, infection evolution and brain lesions. Untreated saline and infected controls (CNI) were evaluated in parallel. The animals were evaluated 15 d.p.i (non immunosuppressed and immunosuppressed groups), and 30 d.p.i (non-immunosuppressed group) by parasitological methods (parasitemia curve, hemoculture and PCR), immunological (ELISA) and histology of the brain. The animals were also evaluated for the state of anxiety and locomotor activity by behavioral tests (Zero Maze and Rotarod tests). No patent parasitemia was observed in animals infected via ip, independent of immunosuppression. Immunosuppression favored the occurrence of patent parasitemia, and the blocked of the muscarinic cholinergic pathway (atropine + icv) favored the infection process in the animals, demonstrated by the high level of parasitemia when compared to the animals treated with carcabol (agonist). The group infected via ip showed no signs of meninges infection/encephalopathy, regardless of the immunosuppression. Reactive meningitis and increased cellularity were seen in animal’s inoculated saline via icv, but more discrete than the observed in non-immunosuppressed animals. In the brain of the group infected via icv, there were lesions with higher cellularity and discrete signs of cellular degeneration, besides the frequent presence of parasites nests and meningitis, unlike the animals infected via ip that did not present infection and lesions. In the group atropine + icv, all areas of the brain were parasitized, associated with degenerative parenchymal changes, such as periventricular necrosis of the ventricle base, areas of cortical degeneration and edema. However, in the animals of the group carbachol + icv, more discrete meningitis was found, absence of parasites, and the cortex was more preserved than in the group atropine + icv. Animals infected via icv had impaired motor coordination compared to animals infected via ip and CNI. In animals that had the mAChR modulated it was observed that the group with blocked colinergic receptors presented greater coordination impairment than the group with activated colinergic receptors. Infection via icv proved to be a good model for studying nervous ChD. The muscarinic cholinergic pathway appeared to be involved in the infection process and its blockade favored its evolution and consequent lesions, including the related nervous form of ChD.pt_BR
dc.identifier.citationASSIS, Gabriela Maíra Pereira de. Participação dos receptores muscarínicos centrais na forma nervosa da doença de chagas em camundongos infectados pela cepa colombiana de Trypanosoma cruzi. 2018. 140 f. Dissertação (Mestrado em Ciências Biológicas) - Núcleo de Pesquisas em Ciências Biológicas, Universidade Federal de Ouro Preto, Ouro Preto, 2018.pt_BR
dc.identifier.urihttp://www.repositorio.ufop.br/handle/123456789/11625
dc.language.isopt_BRpt_BR
dc.rightsabertopt_BR
dc.rights.licenseAutorização concedida ao Repositório Institucional da UFOP pelo(a) autor(a) em 12/06/2018 com as seguintes condições: disponível sob Licença Creative Commons 4.0 que permite copiar, distribuir e transmitir o trabalho desde que sejam citados o autor e o licenciante. Não permite o uso para fins comerciais nem a adaptação.pt_BR
dc.subjectDoenças de Chagas nervosapt_BR
dc.subjectImunosupressãopt_BR
dc.subjectLesões cerebraispt_BR
dc.titleParticipação dos receptores muscarínicos centrais na forma nervosa da doença de chagas em camundongos infectados pela cepa colombiana de Trypanosoma cruzi.pt_BR
dc.typeDissertacaopt_BR
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