Identidades, política e misticismo na Revolta dos Malês (Salvador, Bahia,1835).

dc.contributor.advisorSilveira, Marco Antôniopt_BR
dc.contributor.authorDarisbo, Guilherme Valls
dc.contributor.refereeSilveira, Marco Antôniopt_BR
dc.contributor.refereeMacedo, José Rivairpt_BR
dc.contributor.refereeRangel, Marcelo de Mellopt_BR
dc.contributor.refereeAntunes, Álvaro de Araújopt_BR
dc.date.accessioned2023-03-23T18:33:33Z
dc.date.available2023-03-23T18:33:33Z
dc.date.issued2020pt_BR
dc.descriptionPrograma de Pós-Graduação em História. Departamento de História, Instituto de Ciências Humanas e Sociais, Universidade Federal de Ouro Preto.pt_BR
dc.description.abstractNa cidade de Salvador da Bahia, na noite de 25 para 26 de janeiro de 1835, acontece a Revolta dos Malês, maior revolta escrava urbana da História do Brasil. Sendo debelada após uma madrugada de luta, a Revolta merece destaque pela singularidade de ter claramente o Islã como elemento agregador, em união prática, ético-religiosa e política; características que são reconhecidas pelas camadas sociais dirigentes de então – com alguma razão – como um temível contraponto de projeto político à instituição do ainda recente Império Brasileiro, católico e de modelo europeu. Chama a atenção que, mesmo a maioria dos combatentes sendo de africanos muçulmanos escravizados, a massa revoltosa também tenha contado com participação de africanos libertos e de devotos de religiões de orixás, e que a participação de nativos brasileiros tenha sido pouca ou nenhuma. Essas características permitem considerar a Revolta não apenas como um movimento que se tenha espelhado como modelo nas guerras jihadistas do início do XIX na África Ocidental, mas sim como um desdobramento destas. Porém, ainda mais importante nos parece a informação de que a maioria desses combatentes, assim como todos seus líderes, seguiam práticas relacionadas às ordens místicas do Islã, usualmente agrupadas dentro das definições genéricas de Sufismo ou Marabutismo; ordens essas que orientaram também as citadas guerras jihadistas logo anteriores na África Ocidental. O objetivo desta dissertação é, contornando o apagamento dos registros da ação dos muçulmanos africanos no Brasil, mostrar a Revolta dos Malês como um elo dentro de uma tradição de poder político do Sufismo dentro do Islã. Para isso priorizamos analisar, no limite do possível, fontes e referências que, sobrevivendo ao apagamento do imaginário da Revolta, tenham sido registradas diretamente por seus participantes ou por simpatizantes (caligrafias dos combatentes, relatos de viagem, entrevistas com descendentes de participantes).pt_BR
dc.description.abstractenEn la ciudad de Salvador de Bahía, en la noche del 25 al 26 de enero de 1835, ha pasado la Revuelta de los Malês, la más grande revuelta de esclavos urbanos en historia de Brasil. Derrotada tras una madrugada de lucha, esta Revuelta merece ser destacada por la singularidad de tener claramente al Islam como elemento agregante, en unión práctica, ético-religiosa y política; características que son reconocidas por las clases dominantes de su época – con alguna razón – como un temible contrapunto de proyecto político a la institución del todavía reciente Imperio Brasileño, católico y europeo. Es de destacar que, aunque la mayoría de los combatientes eran africanos musulmanes esclavizados, la masa rebelde también contó con la participación de africanos libres y seguidores de religiones de orishas, y que la participación de nascidos en Brasil haya sido pequeña o ninguna. Esas características permiten considerar la Revuelta como, no apenas algo que se inspiró en las guerras yihadistas de principios del XIX en África Occidental, pero sí una rama del mismo desarollo político de estas. Pero más importante nos parece la información que la mayoría de estos combatientes, así como todos sus líderes, siguieron prácticas relacionadas con los órdenes místicos del Islam, generalmente agrupadas dentro de las definiciones genéricas de Sufismo o Marabutismo; órdenes estas las cuales también guiaron las guerras yihadistas africanas antes mencionadas. El objetivo de esta disertación es, eludiendo el borrado de los registros de la acción de los musulmanes africanos en Brasil, mostrar la Revuelta de los Malês como un eslabón dentro de la tradición de poder político sufista dentro del Islam. Para esto, priorizamos el análisis tanto cuanto posible de fuentes y referencias que, sobreviviendo al borrado del imaginario de la Revuelta, han sido registradas directamente por participantes de esta o por sus relacionados (manuscriptos de combatientes, narrativas de viaje, entrevistas con descendientes de participantes).pt_BR
dc.identifier.citationDARISBO, Guilherme Valls. Identidades, política e misticismo na Revolta dos Malês (Salvador, Bahia,1835). 2020. 87 f. Dissertação (Mestrado em História) - Instituto de Ciências Humanas e Sociais, Universidade Federal de Ouro Preto, Mariana, 2020.pt_BR
dc.identifier.urihttp://www.repositorio.ufop.br/jspui/handle/123456789/16410
dc.language.isopt_BRpt_BR
dc.rightsabertopt_BR
dc.rights.licenseAutorização concedida ao Repositório Institucional da UFOP pelo(a) autor(a) em 10/03/2023 com as seguintes condições: disponível sob Licença Creative Commons 4.0 que permite copiar, distribuir e transmitir o trabalho, desde que sejam citados o autor e o licenciante. Não permite o uso para fins comerciais nem a adaptação.pt_BR
dc.rights.urihttp://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/3.0/us/*
dc.subjectReligião e políticapt_BR
dc.subjectAtlântico negropt_BR
dc.subjectIslãpt_BR
dc.subjectRevolta dos Malêspt_BR
dc.subjectSufismpt_BR
dc.titleIdentidades, política e misticismo na Revolta dos Malês (Salvador, Bahia,1835).pt_BR
dc.typeDissertacaopt_BR
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