Análise da capacidade da via permanente do Corredor Centro Sudeste para possíveis estudos de aumento de carga por eixo.

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Data
2019
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Resumo
A agricultura brasileira atravessa por forte crescimento, o qual continuará pelos próximos dez anos. A tendência será de aumento na exportação, frente ao consumo interno. O Corredor Centro Sudeste da empresa VLI S.A. é constituído por uma ferrovia que liga terminais no interior do Brasil ao porto de Santos. Esse é uma das principais rotas de exportações brasileiras, justificando um investimento de renovação de via permanente, para modernizar a ferrovia entre as cidades de Uberaba (MG) e Campinas (SP). Esse processo consiste em um aumento do perfil de trilho, substituição dos dormentes de madeira por concreto, alteração dos sistemas de fixação e aumento da camada de lastro, buscando aumento de confiabilidade e disponibilidade. Frente a essa reconfiguração, surgiu a oportunidade de estudar um possível aumento 10,0% da carga por eixo, o que se tornou o objetivo principal deste estudo. Foi escolhido um trecho experimental para coleta de amostras de solos das camadas de subleito, sublastro e lastro, e realizados ensaios geotécnicos. Foram obtidos dados da ferrovia junto a empresa. Com a base de dados formada, foram dimensionadas as tensões atuantes no pavimento utilizando métodos empíricos e mecanicistas. Os resultados das tensões pelo método empírico apresentaram valores mais conservadores. O método mecanicista foi realizado através do software Ferrovia 3.0, o qual apresentou as tensões em diversos pontos das camadas do pavimento, dado a sua malha de elementos finitos. As tensões foram verificadas em três cenários distintos, sendo eles considerando a ferrovia antes da renovação (25 t/eixo), após a renovação com 25 t/eixo e com 27,5 t/eixo. Foi calculada a tensão admissível do subleito para os diversos cenários utilizando o método de Meyerhoff e Hanna. Concluiu-se que a renovação de via não foi suficiente para o aumento de carga sugerido. Frente ao resultado, alternativas foram avaliadas, aprofundando-se na possibilidade de um novo aumento da camada de lastro em 5,0 cm. A tensão admissível do subleito para esse novo cenário foi de 0,84 kgf/cm², e o resultado da tensão obtida foi 1,11 kgf/cm². O resultado foi inferior ao limite, e não possui fator de segurança. Logo, não foi recomendado o acréscimo de carga. Foi sugerido a reconfiguração das camadas de subleito e sublastro.
Descrição
Programa de Pós-Graduação em Geotecnia. Núcleo de Geotecnia, Escola de Minas, Universidade Federal de Ouro Preto.
Palavras-chave
Renovação de via permanente, Métodos mecanicistas, Ferrovia 3.0
Citação
SILVA, Diógenes Segantini da. Análise da capacidade da via permanente do Corredor Centro Sudeste para possíveis estudos de aumento de carga por eixo. 2019. 157 f. Dissertação (Mestrado em Geotecnia) - Escola de Minas, Universidade Federal de Ouro Preto, Ouro Preto, 2019.