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Título: Efeito do 17β estradiol na amigdala central nas respostas cardiovasculares e comportamentais ao estresse em ratas ovariectomizadas.
Autor(es): Fortes, Luis Henrique Santos
Orientador(es): Menezes, Rodrigo Cunha Alvim de
Chianca Júnior, Deoclécio Alves
Palavras-chave: Ovariectomia
Menopausa
Stress - fisiologia
Data do documento: 2017
Membros da banca: Menezes, Rodrigo Cunha Alvim de
Bezerra, Frank Silva
Oliveira, Lisandra Brandino de
Reis, Luis Carlos
Haibara, Andréa Siqueira
Referência: FORTES, Luis Henrique Santos. Efeito do 17β estradiol na amigdala central nas respostas cardiovasculares e comportamentais ao estresse em ratas ovariectomizadas. 2017. 123 f. Tese (Doutorado em Ciências Biológicas) - Núcleo de Pesquisas em Ciências Biológicas, Universidade Federal de Ouro Preto, Ouro Preto, 2017.
Resumo: Com a menopausa, a produção cíclica de estradiol e progesterona cessa. As concentrações séricas desses hormônios declinam abruptamente e apresentam potenciais de afetar processos cerebrais associados à cognição e outras desordens relacionadas com a idade, como disfunções autonômicas. Assim, os efeitos dos estrógenos sobre comportamentos como ansiedade e situações de estresse têm sido amplamente estudados, mas os mecanismos responsáveis ainda são inconclusivos. Em situações de estresse, o sistema nervoso central (SNC) de mamíferos produz respostas de defesa, com alterações endócrinas, autonômicas e comportamentais. Dessa maneira, o estudo de regiões cerebrais e suas vias é de fundamental importância para o entendimento desses mecanismos. A amígdala central (CeA) tem sido amplamente estudada como uma estação de integração e distribuição de estímulos essenciais para aquisição e expressão de respostas autonômicas em situações de estresse e medo. Assim, tivemos como objetivo nesse trabalho, avaliar o papel da ativação de neurônios na CeA em respostas autonômicas cardíacas, através da administração in situ de E2 (0,5 pmol/100 nl) ou agonista seletivo de receptor ER-β (DPN) em ratas sob diferentes tempos de ovariectomia (OVX) (2 semanas, 2 meses e 8 meses) e submetidas a um procedimentos de estresse por contensão/jato de ar. Avaliamos ainda a participação da CeA, quando estimulada por estradiol ou DPN, em comportamentos do tipo ansiedade no labirinto em T elevado e campo aberto. Ratas Wistar (190 ± 200g) de 85 dias de idade divididas em dois grupos, sham operados e OVX foram subdivididas em três novos grupos de acordo com o tempo de OVX. Após o tempo de cirurgia, cânulas guia foram implantadas bilateralmente direcionadas à CeA. Sete dias após esse procedimento, foram introduzidos cateteres nas artérias femorais para registro da pressão arterial média (PAM) e frequência cardíaca (FC). Os experimentos foram realizados 48 horas após o último procedimento cirúrgico. Os registros cardíacos foram realizados por três dias consecutivos, onde no primeiro dia se administrou salina ou ciclodextrina (veículo para DPN); segundo dia, estradiol ou DPN, e o terceiro dia onde se procedeu ao registro sem administração de qualquer substância. Os registros foram realizados por um período aproximado de duas horas, onde os primeiros 20-30 minutos eram destinados à estabilização dos parâmetros dos animais. Após estabilização, se procedeu ao registro por 20 minutos, seguido da microinjeção, com mais 15-20 minutos para ação da substância. Realizava-se então o protocolo de estresse por 15 minutos e seguido de período final, até a estabilização dos sinais. Para os testes comportamentais fizemos uso de um novo grupo de animais, submetidos aos mesmos protocolos cirúrgicos de castração e implante de cânulas guia destinadas à CeA. A microinjeção de estradiol na CeA produziu redução da PAM e FC basais, 24 horas após sua administração, tanto em animais sham quanto em animais OVX com 2 semanas de cirurgia. Ao passar de dois meses, as respostas hipotensoras e bradicárdicas tornaram-se reduzidas até se anularem aos oito meses. Notamos através dos deltas de variações da PAM e FC, que animais sob maiores tempos de OVX apresentam máximas respostas hipertensoras e taquicárdicas 24 horas após administração de estradiol. Observamos nos testes comportamentais que animais OVX apresentam maior grau de ansiedade com elevação do tempo de latência de saída do braço fechado e que apesar de inúmeros trabalhos mostrarem efeitos ansiolíticos do estradiol em outras regiões cerebrais, quando administrado diretamente na CeA não exibiu tais efeitos, apresentando em contrapartida certo potencial ansiogênico em animais OVX. Notamos ainda que animais OVX se locomovem menos e mais lentamente que animais sham e a microinjeção de 100 nl (0,5 pmol) de estradiol na CeA normaliza os padrões de ambulação e velocidade dos animais. Concluímos que, o estradiol atuando na CeA, exerce forte modulação em respostas autonômicas cardíacas tanto em valores basais quando em respostas a situações estressoras, provavelmente através de receptores do tipo ER-α e que também desempenha importante papel nas atividades locomotoras dos animais atuando na CeA.
Resumo em outra língua: With menopause, the cyclic production of estradiol and progesterone ceases. Serum concentrations of these hormones decline steeply and have the potential to affect brain processes associated with cognition and age-related disorders. Thus, he effects of estrogen on anxiety-like behaviors and stress situations have been widely studied but the mechanisms responsible are still inconclusive. In response to stress, the central nervous system of mammals produces defense responses characterized by endocrine, autonomic and behavioral changes. In this way, the study of the brain regions and their pathways is fundamental to understanding of these mechanisms. The central amygdala (CeA) has been widely studied as a station of integration and distribution of essential stimuli for the acquisition and expression of autonomic responses in situations of stress and fear. Therefore, we aimed in this study, to evaluate the role of neuron activation in the CeA In cardiac autonomic responses, through the administration in situ of E2 (0,5 pmol/100 nl) or receptor selective agonist ER-β in rats under different times of ovariectomy (OVX) (2 weekes, 2 months, 8 months) and subjected to a contention-air-jet stress procedure. We also evaluated the participation of CeA, when stimulated by estradiol or DPN, in anxiety-like behaviors in the elevated T-maze (ETM) and open field (OF). Wistar female rats by 85 days old (190 ± 200g) divided into two groups, operated sham and OVX were subdivided into three new groups according to the OVX time. After the time of surgery, guide cannulas were implanted bilaterally directed to CeA. Seven days after this procedure, catheters were inserted into the femoral arteries to record mean arterial pressure (MAP) and heart rate (HR). The experiments were performed 48 hours after the last surgical procedure. Autonomic registries were performed for three consecutive days, where on the first day saline or cyclodextrin (vehicle for DPN) was administered; Second day, estradiol or DPN, and the third day of registration without any substance being administered. The records were performed for an approximate period of two hours, where the first 20-30 minutes were intended to stabilize the parameters of the animals. Post stabilization, the registration was done for 20 minutes, followed by microinjection, with a further 15-20 minutes for the action of the substance. The stress protocol was then carried out for 15 minutes followed by the final period until the signs stabilized. For the behavioral tests, we used a new group of animals, submitted to the same surgical protocols of castration and implantation of guide cannula for CeA. Estradiol microinjection in CeA was able to produce baseline MAP and MAP reductions 24 hours after administration in both sham animals and OVX animals with 2 weeks of surgery. Within two months, the hypotensive and bradycardic responses became reduced until they were annulled at eight months. We observed through the deltas variations of MAP and HR, animals under longer OVX times presented maximal hypertensive and tachycardic responses 24 hours after estradiol administration. We observed in the behavioral tests that OVX animals presented a higher degree of anxiety with an increase in the latency of closed arm output, and that although several studies showed anxiolytic effects of estradiol in other brain regions, when administered directly in CeA, it did not exhibit such effects presenting in counterpart certain potential anxiogenic in animals OVX. We also note that OVX animals move less and more slowly than sham animals, and microinjection of 100 nl (0.5 pmol) of estradiol in CeA normalizes the patterns of ambulation and speed of the animals. We conclude that estradiol acting in CeA exerts strong modulation in cardiac autonomic responses both in basal values and in responses to stressful situations, probably through receptors of the ER-α type and that also plays an important role in the locomotor activities of the animals acting in CeA.
Descrição: Programa de Pós-Graduação em Ciências Biológicas. Núcleo de Pesquisas em Ciências Biológicas, Pró-Reitoria de Pesquisa de Pós Graduação, Universidade Federal de Ouro Preto.
URI: http://www.repositorio.ufop.br/handle/123456789/9772
Licença: Autorização concedida ao Repositório Institucional da UFOP pelo autor(a), 13/03/2018, com as seguintes condições: disponível sob Licença Creative Commons 4.0, que permite copiar, distribuir e transmitir o trabalho, desde que seja citado o autor e licenciante. Não permite o uso para fins comerciais nem a adaptação.
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