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Título: Petrogênese, geoquímica, balanço de massa e idade de escarnitos associados a diques metamáficos e félsicos do complexo Paraíba do Sul, sul do Espírito Santo.
Autor(es): Mesquita, Raissa Beloti de
Orientador(es): Evangelista, Hanna Jordt
Queiroga, Gláucia Nascimento
Palavras-chave: Escarnito
Petrogênese
Geocronologia
Data do documento: 2016
Membros da banca: Nalini Júnior, Hermínio Arias
Marques, Robson de Abreu
Referência: MESQUITA, Raissa Beloti de. Petrogênese, geoquímica, balanço de massa e idade de escarnitos associados a diques metamáficos e félsicos do complexo Paraíba do Sul, sul do Espírito Santo. 2016. 123 f. Dissertação (Mestrado em Evolução Crustal e Recursos Naturais) – Escola de Minas, Universidade Federal de Ouro Preto, Ouro Preto, 2016.
Resumo: Esse trabalho trata do estudo de petrografia, química mineral, geoquímica, balanço de massa e geocronologia de escarnitos gerados no contato de mármores com diques metamáficos e félsicos, que pertencem ao Complexo Paraíba do Sul na região sul do estado do Espírito Santo. Os litotipos dos diques metamáficos são anfibolitos e hornblenda granofels. Os mámores, os diques máficos deformados e seus escarnitos foram metamorfizados sob condições de fácies granulito durante a fase sin-colisional do orógeno Araçuaí neoproterozoico. Os diques félsicos são indeformados, portanto, mais novos que os diques metamáficos. Suas rochas consistem de álcali-feldspato granito, monzogranito e sienogranito. Escarnitos associados com diques metamáficos são compostos por duas zonas mineralógicas, do mármore para o dique: zona carbonato + olivina, e zona diopsídio + hornblenda. Nos escarnitos associados com diques félsicos duas zonas mineralógicas foram identificadas como exoescarnitos e uma zona como endoescarnito, do mármore para o granito: zona carbonato + tremolita (exoescarnito), zona diopsídio (exoescarnito), e zona escapolita + diopsídio (endoescarnito). Mudanças abruptas nos teores de Al e Ti do dique para o escarnito, além de padrões de fracionamento de ETR similares do escarnitos associados aos diques metamáficos e dos mármores, indicam que esses escarnitos são exoescarnitos, portanto, foram formados pelo metassomatismo do mármore. Nas zonas escarníticas associadas ao granite, conteúdos similares de elementos tracos do granite e da zona escapolita + diopsídio, assim como do mármore e da zona diopsídio corroboram a interpretação de exo- e endoescarnitos. A redução abrupta de elementos de baixa mobilidade como Al e Ti do endoescarnito para o exoescarnito também apoiam essa interpretação. Si, Mg e Ca foram intensamente mobilizados nos escarnitos associados ao granito provavelmente devido à presença de H2O e ao alto gradiene de potencial químico gerado entre as rochas envolvidas. Trendes inesperados de distribuição de alguns elementos traços nos escarnitos associados com diques metamáficos ocorreram devido a uma possível parcial homogeneização química durante o processo metamórfico posterior. Composições minerais variam ao longe dos dois tipos principais de escarnitos e sugerem contribuição de Mg e Ca do mármore, Fe do dique metamáfico e Na do granito. A ocorrência de espinélio nos diques metamáficos e em seus escarnitos, além de evidências de deformação, sugerem que foram metamorfizados sob condições de fácies granulito durante a fase sin-colisional do orógeno Araçuaí em 580-560 Ma. Geocronologia U-Pb via LA-ICP-MS em zircões de um dique de álcali-feldspato granito resultaram em uma idade de cristalização de ca. 530 Ma, que deve ser a idade aproximada da escarnitização associada aos diques félsicos. Essa idade é compatível com a fase pós-colisional do orógeno Araçuaí.
Resumo em outra língua: This work concerns the study of petrography, mineral chemistry, geochemistry, mass balance and geochronology of skarns generated at the contact of marbles with metamafic as well as felsic dykes, that belong to the Paraíba do Sul Complex in the southern region of the Espírito Santo State. The lithotypes of the metamafic dykes are amphibolites and hornblende granofels. The marbles, the deformed mafic dykes and their skarns were metamorphosed under granulite facies conditions during the syn-collisional phase of the Neoproterozoic Araçuaí orogen. The felsic dykes are undeformed, thus younger than the metamafic dykes. Their rocks consist of either alkali-feldspar granite, monzogranite or syenogranite. Skarns associated with the metamafic dykes are composed of two mineralogical zones from the marble towards the dyke: carbonate + olivine zone, and diopside + hornblende zone. In the skarns associated with the felsic dykes two mineralogical zones were identified as exoskarns and one as endoskarn from the marble towards the granite: carbonate + tremolite zone (exoskarn), diopside zone (exoskarn), and scapolite + diopside zone (endoskarn). Abrupt changes in the Al and Ti-contents from dyke to skarn, besides similar REE-fractionation patterns of the skarns associated with the metamafic dykes and the marbles, indicate that these skarns are exoskarns, therefore were formed by metasomatism of the marble. In the skarn zones related to the granite, similar trace element contents of granite and scapolite + diopside zone, as well as of marble and diopside zone support the interpretation of exo- and endoskarns. The abrupt decrease of low-mobility elements such as Al and Ti from endoskarn to exoskarn also supports this interpretation. Si, Mg and Ca were more intensely mobilized in the skarns related to the granite probably due to the presence of H2O and to the higher chemical potential gradient between the rocks involved. Unexpected distribution trends for some trace elements in the skarns related to the metamafic dykes are possibly due to partial chemical homogenization during the later metamorphic process. Mineral compositions vary along the two main types of skarns and suggest contribution of Mg and Ca from marble, Fe from the mafic dykes and Na from the granites. Occurrence of spinel in the mafic dykes and their skarns, besides deformation evidences, suggest that they were metamorphosed under the granulite facies conditions during the 580-560Ma syn-collisional phase of the Araçuaí orogen. U-Pb zircon geochronology via LA-ICP-MS of an alkali-feldspar granitic dyke resulted in a crystallization age of ca. 530 Ma, that must also be the approximate age of skarnitization associated with the felsic dykes. This age is compatible with the post-collisional phase of the Araçuaí orogen.
Descrição: Programa de Pós-Graduação em Evolução Crustal e Recursos Naturais. Departamento de Geologia. Escola de Minas, Universidade Federal de Ouro Preto.
URI: http://www.repositorio.ufop.br/handle/123456789/6999
Licença: Autorização concedida ao Repositório Institucional da UFOP pelo(a) autor(a) em 05/09/2016 com as seguintes condições: disponível sob Licença Creative Commons 4.0 que permite copiar, distribuir e transmitir o trabalho desde que sejam citados o autor e o licenciante. Não permite o uso para fins comerciais nem a adaptação.
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