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Título: A bauxita de Barro Alto (GO) : gênese e evolução mineralógica, micromorfológica e geoquímica.
Autor(es): Oliveira, Fábio Soares de
Orientador(es): Varajão, Angélica Fortes Drummond Chicarino
Palavras-chave: Bauxita
Rochas magmáticas
Ressilicificação
Alitização
Anortosito
Data do documento: 2011
Editora / Evento / Instituição: Programa de Pós-Graduação em Evolução Crustal e Recursos Naturais. Departamento de Geologia. Escola de Minas, Universidade Federal de Ouro Preto.
Referência: OLIVEIRA, F. S. de. A bauxita de Barro Alto (GO) : gênese e evolução mineralógica, micromorfológica e geoquímica. 2011. 149 f. Dissertação (Mestrado em Evolução Crustal e Recursos Naturais) - Universidade Federal de Ouro Preto, Ouro Preto, 2011.
Resumo: Este estudo objetivou caracterizar o depósito de bauxita da região de Barro Alto (GO) através do estudo da sua formação e evolução. Tal depósito é originado a partir da alteração de anortositos da Série Superior do Complexo Máfico-Ultramáfico Acamadado de Barro Alto (CBA), Província Tocantins. Para tal foram realizados trabalhos de campo envolvendo o reconhecimento geral da área e coleta de amostras; descrições macromorfológicas; análises mineralógicas (DRX), geoquímicas (FRX), micromorfológicas (Microscopia Óptica, MEV e MET), microquímicas (EDS e WDS) e cartográficas. Os resultados indicaram que a bauxita de Barro Alto tem sua gênese associada à bauxitização direta dos corpos anortositos através do processo de alitização. Nesse processo, formou-se uma bauxita maciça porosa, isalterítica. A continuidade da água percolando nos perfis, associada à influência da tectônica, transformaram a fácies bauxita maciça porosa em fácies de alteração diversificadas, destacando-se: I - fácies de bauxitas semi-compactas e compactas geradas pelo transporte e acumulação de soluções ricas em alumínio na forma de gibbsita neoformada preenchendo poros e/ou por colapso; II – bauxitas laminares e fragmentárias formadas pela fragmentação associada à circulação da água nas vertentes ou à vegetação na parte superior dos perfis, respectivamente; III – bauxitas de paleopedimentos, formadas pela cimentação de antigas fácies fragmentárias erodidas e depositadas e IV – fácies argilosas provenientes da degradação geoquímica da bauxita por inputs de sílica através da oscilação do lençol freático e da reciclagem de sílica pela vegetação, neoformando caulinita a partir da ressilicificação da gibbsita. A formação das argilas de degradação significou também a alteração das condições de bauxitização para argilização em algumas áreas do maciço, formando argilas isalteríticas a partir dos processos de monossialitização e bissialitização. As principais diferenças entre as argilas de degradação e as argilas isalteríticas são morfológicas. A atividade biológica também teve papel fundamental na evolução da bauxita de Barro alto, destacando-se: I – a formação de texturas sacaroidas e microagregadas e a transformação da gibbsita em boehmita, ambas causadas pela bioturbação promovida pelos térmitas; II – a evolução pedogenética de horizontes com texturas fragmentárias e a formação de feições riziformes com textura gibbsítica criptocristalina, ambas associadas a raízes de árvores. Tais resultados sustentam a evolução poligênica da bauxita de Barro Alto, permitindo o melhor conhecimento do maciço e a geração de subsídios para novas ocorrências. Embora seja reconhecida a existência de um depósito de bauxita originado de anortositos em Porto Loko, Serra Leoa, este foi o primeiro estudo sobre a gênese e evolução de lateritas aluminosas a partir de tal rocha, assumindo um caráter pioneiro que enfatiza seu interesse científico e econômico.
Resumo em outra língua: This study aimed to characterize the bauxite deposit in the region of Barro Alto (GO) through the study their formation and evolution. The deposit was developed from the anorthosites of the Superior Series of the Barro Alto Stratiform Mafic-Ultramafic Complex (CBA), Tocantins Province. For this, we made fieldwork including the general recognition of the area and samples collection; macromorphological descriptions; mineralogical (XRD), geochemical (XRF), micromorphological (optical microscopy, SEM and TEM), microchemical (EDS and WDS) and cartographic analysis. The results indicated that genesis of the Barro Alto bauxite is associated with directly bauxitization of anorthosite bodies through the alitization process. In this process, formed a porous massive bauxite, isalteritic. The continuity of water percolating in the profiles associated with the influence of tectonics, transformed the porous massive bauxite facies into varied alteration facies, such as: I - semi-compact and compact bauxites from transportation and accumulation of aluminum-rich solutions in the form of gibbsite neoformation filling voids and/or by collapse; II - fragmentary and laminar bauxites formed by fragmentation associated with the water movement in the slope or vegetation at the top of the profiles, respectively; III - paleopedimentos bauxites formed by the cementing of old eroded and deposited fragmentary bauxites and IV - clay facies from the geochemistry degradation of bauxite by inputs of silica through the oscillation of the water table and the decomposition of organic matter, involving the neoformation of kaolinite through the resilicification of gibbsite. The formation of degradation clay altered, in some areas of the massif, the conditions for bauxitization into argilization conditions. As a consequence, were formed an isalteritic clay by monossialitization and bissialitization processes. The main differences between the degradation and isalteritic clays are morphological. The biological activity also had important role in the evolution of Barro Alto bauxite, namely: I - the formation of sacaroidal and microaggregates textures and the transformation of gibbsite into boehmite, both caused by bioturbation promoted by termites; II - the development of pedogenetic horizons with fragmentary textures and formation of riziforms features with gibbsitic cryptocrystalline texture, both with the work of the roots. These results support the polygenic evolution of Barro Alto bauxite, allowing better understanding of the massif and generation subsidies for the new instances. Although it acknowledged the existence of a bauxite deposit originated of anorthosites in Port Loko, Sierra Leone, this was the first study of the genesis and evolution of aluminous laterites from such rock, assuming a pioneer that emphasizes its scientific and economic interest.
URI: http://www.repositorio.ufop.br/handle/123456789/2890
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