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Título: Óbitos relacionados ao contato com energia elétrica : estudo de 224 laudos necroscópicos.
Autor(es): Bordoni, Polyanna Helena Coelho
Barbosa, Fábio Bonfim
Silva, Nicolle Ribeiro
Soares, Renato Gonçalves
Bordoni, Leonardo Santos
Palavras-chave: Traumatismo por eletricidade
Eletrocussão
Lesões por ação do raio
Medicina legal
Autopsia
Data do documento: 2018
Referência: BORDONI, P. H. C. et al. Óbitos relacionados ao contato com energia elétrica : estudo de 224 laudos necroscópicos. Revista Brasileira de Criminalística, v. 7, n. 3, p. 53-66, 2018. Disponível em: <http://www.rbc.org.br/ojs/index.php/rbc/article/view/267>. Acesso em: 25 fev. 2019.
Resumo: Óbitos e lesões relacionados à energia elétrica (EE) são um importante problema de saúde pública no Brasil. A investigação médico legal das mortes envolvendo EE é dificultada pela ausência de lesões específicas em grande parte das vítimas. Tendo em vista a importância para as ciências forenses, este trabalho objetivou investigar laudos de necropsias com histórico de contato prévio dos periciados com EE. Foram resgatados 224 casos dos quais em 73,2% a causa da morte foi atribuída exclusivamente ao contato com EE, em 8,5% foi decorrente de trauma contuso após contato com EE e em 18,3% permaneceu indeterminada mesmo após a realização da necropsia. A maioria dos óbitos ocorreu em contexto acidental, predominaram os casos relacionados a EE artificial (90,6%), a maior parte das autopsias foram realizadas na primavera e no verão. Houve predominância de periciados do sexo masculino, de cor parda, solteiros, que apresentava média etária de 32 anos, que não receberam atendimento médico previamente ao óbito. Queimaduras foram as lesões externas mais observadas; os sinais de Jellinek e de Lichtenberg foram descritos em 64 e em 10 laudos, respectivamente. Petéquias subpleurais e subepicárdicas foram os achados internos mais frequentes. Houve positividade em 22,2% dos exames de alcoolemia realizados e em 13,2% dos de toxicologia. O estudo aponta para a previsibilidade epidemiológica das fatalidades envolvendo EE, para as dificuldades médico legais no estabelecimento da causa médica da morte, o que destaca a importância da integração entre a perícia de local com os achados necroscópicos na investigação destes casos.
Resumo em outra língua: Deaths and injuries related to electrical energy (EE) are an important public health problem in Brazil. Medicolegal investigation of EE-related deaths is hampered by the absence of specific injuries in most victims. Considering the importance for the forensic sciences, this work aimed to investigate autopsy reports of victims with history of previous contact with EE prior to death. A total of 224 cases were studied, of which 73.2% were attributed exclusively to contact with EE, 8.5% were due to blunt trauma after contact with EE, 18.3% remained undetermined even after the contact with EE. The majority of the deaths occurred in an accidental context, the cases related to artificial EE (90.6%) predominated, and most autopsies were performed in the spring and summer. There was a predominance of males, of a brown color, unmarried, who had an average age of 32 years, and who did not receive medical care prior to death. Burns were the most observed external lesions; the Jellinek and Lichtenberg signs were described in 64 and 10 reports, respectively. Subpleural and subepicardial petechiae were the most frequent internal findings. Blood alcohol was positive in 22.2% of the tests performed and 13.2% of the toxicology tests were positive. The study points to the epidemiological predictability of fatalities involving EE and to the medicolegal difficulties in establishing the cause of death, which highlights the importance of the integration between the crime scene investigation and the necroscopic findings in the investigation of these cases.
URI: http://www.repositorio.ufop.br/handle/123456789/11006
ISSN: 22379223
Licença: Os trabalhos publicados na Revista Brasileira de Criminalística estão sob Licença Creative Commons Attribution que permite copiar, distribuir e transmitir o trabalho, desde que sejam citados o autor e o licenciante. Fonte: Revista Brasileira de Criminalística <http://rbc.org.br/ojs/index.php/rbc/about/submissions#copyrightNotice>. Acesso em: 09 ago. 2017.
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