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Título: Prevalência e fatores associados à vaginose bacteriana em mulheres atendidas pelo SUS no município de Ouro Preto/MG.
Autor(es): Teixeira, Pedro Moregola
Orientador(es): Silva, Glenda Nicioli da
Teixeira, Luiz Fernando de Medeiros
Palavras-chave: Bacterioscopia pós-coloração de Gram
Citologia
Vaginose bacteriana
Reação em cadeia da polimerase
Data do documento: 2018
Membros da banca: Silva, Glenda Nicioli da
Drummond, Regina Maria Nardi
Silva, Breno de Mello
Referência: TEIXEIRA, Pedro Moregola. Prevalência e fatores associados à vaginose bacteriana em mulheres atendidas pelo SUS no município de Ouro Preto/MG. 2018. Dissertação (Mestrado em Ciências Farmacêuticas) – Escola de Farmácia, Universidade Federal de Ouro Preto, Ouro Preto, 2018.
Resumo: A vaginose bacteriana é a causa de corrimento vaginal mais comum no mundo, caracterizada pela substituição da microbiota vaginal comensal, composta principalmente por Lactobacillus spp. e por outros microrganismos anaeróbios obrigatórios ou facultativos. As causas da vaginose ainda não foram completamente elucidadas, mas sabe-se que o comportamento sexual e alguns hábitos de vida estão associados com o desenvolvimento dessa doença. O diagnóstico laboratorial é realizado utilizando a bacterioscopia pós-coloração de Gram (padrão-ouro) ou o método citológico, empregando a coloração de Papanicolaou. Ferramentas moleculares, como a PCR, surgiram como uma alternativa para a detecção de patógenos causadores de DSTs que podem estar associados com a presença de vaginose, possuindo maior sensibilidade que as técnicas tradicionalmente empregadas. Os objetivos desse estudo foram: 1) determinar a prevalência de vaginose bacteriana em mulheres e sua recorrência na área urbana de Ouro Preto; 2) identificar os fatores de risco associados à vaginose bacteriana; 3) determinar e comparar a frequência de doenças genitais por espécies não comensais Chlamydia trachomatis (CT), Neisseria gonorrhoeae (NG) e Trichomonas vaginalis (TV) utilizando diferentes métodos diagnósticos (Gram e citológico); 4) avaliar a possível associação entre a presença de vaginose e a detecção das espécies não comensais; 5) avaliar a associação entre a presença de vaginose pelo método de Gram e citológico e alterações no exame citológico. 6) verificar, em uma subamostra, a capacidade de detecção das espécies não comensais como Chlamydia trachomatis, Neisseria gonorrhoeae, Trichomonas vaginalis e HPV pela PCR e a sua associação com a presença de vaginose. Para isso, foi realizado um estudo transversal no município de Ouro Preto/MG composto por 341 mulheres com idade igual ou superior a 18 anos, usuárias do SUS. Foram colhidas amostras cervicais para a avaliação citológica do colo do útero e dois swabs vaginais para a avaliação da microbiota vaginal (método de Gram) e realização da PCR para pesquisa de patógenos não comensais. Os resultados mostraram prevalência de vaginose de 32,5% utilizando o método de bacterioscopia pós-coloração de Gram e 27,7% utilizando o método citológico, com uma concordância de 90,1% entre os métodos (kappa=0,77). Os fatores de risco relacionados com o desenvolvimento de vaginose foram: tabagismo, uso de DIU e histórico prévio de vaginose. Não foi detectada a presença de CT pelo método de Gram, mas 1 caso foi detectado pelo citológico e 20 pela PCR. Somente 1 caso de infecção por NG foi detectado utilizando o método de Gram e dois utilizando a PCR. O patógeno TV foi detectado pelo método citológico em 20 casos e 13 pela PCR. HPV foi detectado em 17 casos, sendo 12 em mulheres com vaginose. Em conclusão, o método citológico é eficaz e aplicável ao diagnóstico de vaginose, sendo os fatores de risco para essa doença o uso de DIU, o tabagismo e o histórico prévio de vaginose. Os patógenos Trichomonas vaginalis e HPV apresentaram-se mais frequentes em mulheres com vaginose. O aumento de casos estudados usando a PCR trará informações importantes sobre a aplicabilidade dessa técnica juntamente com os métodos padrão-ouro para a detecção de diferentes patógenos, trazendo resultados mais seguros e confiáveis.
Resumo em outra língua: Bacterial vaginosis is the most common cause of vaginal discharge in the world, characterized by the replacement of the commensal vaginal flora, composed mainly of Lactobacillus spp and other strict anaerobic or facultative microorganisms. The causes of vaginosis have not yet been fully elucidated, but it is known that sexual behavior and some lifestyle habits are associated with the development of this disease. The laboratory diagnosis is performed using bacterioscopy post Gram staining (gold standard) or the cytological method, using Papanicolaou staining. Molecular tools, such as PCR, have emerged as an alternative for the detection of pathogens causing STDs that may be associated with the presence of vaginosis, having a higher sensitivity than the techniques traditionally employed. The objectives of this study were: 1) to determine the prevalence of bacterial vaginosis in women and their recurrence in the urban area of Ouro Preto city; 2) to identify the risk factors associated with bacterial vaginosis; 3) to determine and compare the frequency of genital diseases by non-commensal species Chlamydia trachomatis (CT), Neisseria gonorrhoeae (NG) and Trichomonas vaginalis (TV) using different diagnostic methods (Gram and cytological); 4) to evaluate the possible association between the presence of vaginosis and the detection of non-commensal species; 5) to evaluate the association between the presence of vaginosis by Gram and cytological methods and abnormalities in cytological examination. 6) to verify, in a sub-sample, the capacity of detection of non-commensal species such as Chlamydia trachomatis, Neisseria gonorrhoeae, Trichomonas vaginalis and HPV by PCR and their association with the presence of vaginosis. For this, a cross-sectional study was carried out in Ouro Preto city, MG, Brazil, comprising 341 women aged 18 years and older, users of public health units. Cervical samples were collected for cervical cytology evaluation and two vaginal swabs were used to evaluate the vaginal flora (Gram method) and PCR for non-commensal pathogens. The results showed a prevalence of 32.5% vaginosis using Gram method and 27.7% using the cytological method, with a concordance of 90.1% between the methods (kappa = 0.77). Risk factors related to the development of vaginosis were: smoking, use of DIU and previous history of vaginosis. The presence of CT by the Gram method was not detected, but 1 case was detected by cytology and 20 by PCR. Only 1 case of NG infection was detected using the Gram method and two using PCR. The TV pathogen was detected by cytological method in 20 cases and 13 by PCR. HPV was detected in 17 cases, being 12 in women with vaginosis. In conclusion, the cytological method is effective and applicable to the diagnosis of vaginosis, the risk factors for the vaginosis are use of DIU, smoking and previous history of vaginosis. The pathogens Trichomonas vaginalis and HPV were more frequent in women with vaginosis. The increase of cases studied using PCR will provide important information about the applicability of this technique together with standard gold methods for the detection of different pathogens, bringing results safer and reliable.
Descrição: Programa de Pós-Graduação em Ciências Farmacêuticas. CIPHARMA, Escola de Farmácia, Universidade Federal de Ouro Preto.
URI: http://www.repositorio.ufop.br/handle/123456789/10289
Licença: Autorização concedida ao Repositório Institucional da UFOP pelo(a) autor(a) em 25/09/2018 com as seguintes condições: disponível sob Licença Creative Commons 4.0 que permite copiar, distribuir e transmitir o trabalho desde que sejam citados o autor e o licenciante. Não permite o uso para fins comerciais nem a adaptação.
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