DSpace Communidade:
http://www.repositorio.ufop.br/jspui/handle/123456789/521
2024-03-28T16:20:26ZCondições de vida, saúde e nutrição de agricultores familiares, atingidos pela mineração em tempos de Covid-19.
http://www.repositorio.ufop.br/jspui/handle/123456789/18154
Título: Condições de vida, saúde e nutrição de agricultores familiares, atingidos pela mineração em tempos de Covid-19.
Autor(es): Pinheiro, Aniele Mágata
Resumo: Introdução: Os municípios de Mariana/MG e Ouro Preto/MG apresentam uma relação
histórica com a mineração, com efeitos negativos exacerbados pelo rompimento da barragem
de rejeitos de Fundão, da empresa Samarco, ocorrido em 2015, em Mariana. Esse
acontecimento é considerado uma das grandes e graves tragédias sociais e ambientais do
Brasil, com impactos locais ainda mais dramáticos em populações vulnerabilizadas do ponto
de vista econômico e social, situação essa agravada pela atual conjuntura da vigente pandemia
por COVID-19. Diante disso, repercussões negativas relacionadas à situação de saúde e
segurança alimentar e nutricional (SAN) dos agricultores familiares e suas famílias são
esperados, em especial nos grupos mais vulneráveis. Objetivo: Conhecer, identificar e
analisar as condições de vida, saúde e alimentação de agricultores familiares e de crianças e
gestantes dessas famílias nos municípios de Mariana/MG e Ouro Preto/MG, atingidos pelo
rompimento da barragem de Fundão e pela atual pandemia de COVID-19. Materiais e
métodos: O estudo combina métodos qualitativos e quantitativos. A pesquisa seguiu as
seguintes etapas: sensibilização, por entrevistas semiestruturadas e coleta de dados
quantitativos, contemplando informações sociodemográficas, de nutrição e SAN. As questões
foram obtidas a partir de questionários validados (Marcadores de Consumo Alimentar -MCA,
e Triagem para Risco de Insegurança Alimentar (TRIA)/Escala Brasileira de Insegurança
Alimentar (EBIA). As entrevistas foram analisadas por meio da Análise de Conteúdo,
modalidade temática e submetidas ao software IRAMUTEQ®, utilizando-se à Classificação
Hierárquica Descendente (CHD) para a construção das classes e, por fim, as categorias de
análise. Os dados quantitativos foram digitados e processados no software Kobo Toolbox,
com a análise descritiva por meio da distribuição das frequências. Resultados: Tratando-se da
etapa qualitativa, dos 19 entrevistados, 68,4% (n=13) eram mulheres, a idade média foi 46
anos, 52,6% (n=10) se autodeclararam pretos e 42,1% (n=8) com renda entre 1 e 2 salários-
mínimos. A CHD identificou cinco classes que se relacionaram aos eventos estudados e
dessas classes emergiram 3 categorias: Trabalho, renda e acesso aos alimentos; Educação e
outros serviços essenciais; Saúde, locomoção e lazer. A etapa quantitativa contou com 16
participantes, na totalidade mulheres, gestantes e/ou mães de crianças menores de 5 anos, cor
preta e parda, somando 93,8%, idade média de 28 anos. Os MCA, para as 2 crianças menores
de 6 meses encontradas, apenas 1 estava em aleitamento materno exclusivo. Para as crianças
de 6 a 23 meses (n=5), notou-se que nenhuma havia sido amamentada no dia anterior. De 2 a
5 anos (n=8), a prevalência do consumo de alimentos não saudáveis foi de 50% (Biscoito
recheado, doces e guloseimas). Entre as gestantes (n=3), todas haviam consumido feijão,
frutas frescas, verduras e legumes. A TRIA revelou que 12,5% (n=2) dos domicílios estavam
em risco de Insegurança Alimentar e a EBIA detectou que essas famílias estavam em
insegurança alimentar leve. Conclusão: Os resultados revelaram que os eventos repercutiram,
de maneira direta ou indireta, nas condições de vida, saúde e nutrição dos agricultores
familiares e suas famílias.
Descrição: Programa de Pós-Graduação em Saúde e Nutrição. Escola de Nutrição, Universidade Federal de Ouro Preto.2023-01-01T00:00:00ZComparação entre a composição química e atividade antioxidante das própolis verde e marrom.
http://www.repositorio.ufop.br/jspui/handle/123456789/18153
Título: Comparação entre a composição química e atividade antioxidante das própolis verde e marrom.
Autor(es): Messias, Anny Caroline
Resumo: Dos 13 diferentes tipos de própolis existentes no Brasil, as mais comercializadas são a própolis
verde e marrom. Essas substâncias variam de acordo com as regiões geográficas e com a origem
botânica nas quais foram extraídas e sintetizadas, apresentando composição química e
propriedades funcionais distintas e atribuídas aos compostos fenólicos, como o ácido cinâmico,
ácido cumárico, quercetina, rutina, artepilin-C, bacarina. Cada tipo de própolis pode apresentar
composições distintas e, portanto, propriedades funcionais diferentes. Diante disso, o objetivo
deste estudo foi avaliar a composição química, física e atividade antioxidante das própolis verde
e marrom. As amostras das própolis foram coletadas durante os anos de 2008 e 2013 de
diferentes localidades e armazenadas em ultrafreezer – 80oC até a data da análise. Foram
realizadas análises de umidade; índice de oxidação; teor de ceras; teor de sujidades e dosagem
de DPPH; e análise da composição química da própolis, utilizando CLAE. Os dados foram
tabulados em Microsoft Excel e as análises estatísticas realizadas utilizando software GraphPad
Prism 5.0. Como resultados obteve-se que a própolis verde apresentou quantidade
significativamente maior de compostos funcionais, como ácido cumárico, kaempferol,
pinocembrina, galangina, artepilin-c e bacarina quando comparados à própolis marrom. Além
disso, a própolis verde apresentou maior umidade, maleabilidade e massa mecânica. No entanto,
ambas as própolis apresentaram potencial antioxidante semelhante, e a própolis marrom
apresentou maior conteúdo de cera. Portanto, pode-se concluir que os diferentes tipos de
própolis podem ser benéficos para diferentes quadros clínicos, de acordo com seus principais
compostos funcionais.
Descrição: Programa de Pós-Graduação em Saúde e Nutrição. Escola de Nutrição, Universidade Federal de Ouro Preto.2022-01-01T00:00:00ZEfeito do treinamento de força combinado com aconselhamento nutricional sobre a frequência de sarcopenia em idosos.
http://www.repositorio.ufop.br/jspui/handle/123456789/18143
Título: Efeito do treinamento de força combinado com aconselhamento nutricional sobre a frequência de sarcopenia em idosos.
Autor(es): Pereira, Milton Amaral
Resumo: Devido ao aumento da expectativa de vida populacional torna-se necessário promover
estratégias que atrasem ou revertam quadros de doenças diretamente relacionadas ao
envelhecimento, como a sarcopenia. Sarcopenia é uma desordem músculo esquelética,
progressiva e generalizada caracterizada pela diminuição de força e massa musculares,
estando diretamente relacionada à idade, ao sedentarismo e à má nutrição. Além de
prejudicar a qualidade de vida dos idosos, aumenta o risco de morbidade e mortalidade,
impactando diretamente no âmbito social, financeiro e no surgimento de outras doenças
crônicas não transmissíveis. O treinamento de força (TF) combinado com estratégias
nutricionais têm sido apontados como um tratamento eficaz e prático contra a sarcopenia.
Dessa forma, o presente estudo teve como objetivo avaliar o efeito de 36 semanas de TF
com intensidade progressiva, combinado com aconselhamento nutricional, sobre a
frequência de sarcopenia em idosos. O período entre 0 e 12 semanas contou com um
grupo intervenção (n=37) e grupo controle (n=37). Nos períodos entre 24 até 36 semanas
houve somente o grupo intervenção. O TF foi realizado três vezes por semana em dias
não consecutivos, com duração de uma hora e intensidade progressiva de 60 a 85% de
uma repetição máxima (1RM). O aconselhamento nutricional foi realizado em grupo com
enfoque em fornecer informações sobre alimentos ricos em propriedades e compostos
anti-inflamatórios. A intensidade do TF foi reajustada a cada 12 semanas por meio do
teste de predição de 1RM. O status de sarcopenia dos idosos foi avaliado no início do
estudo e após 12, 24 e 36 semanas de intervenção. Após 12 semanas o grupo intervenção
reduziu completamente a frequência da doença entre os voluntários (de 35,14% para 0%;
p = 0,000; V de Crammer= 0,804). Enquanto no grupo controle houve aumento da
frequência de sarcopenia. Entre os voluntários que treinaram por 24 e 36 semanas foi
possível observar a redução significativa de sarcopenia (12 para 24, p= 0,006; e 12 para
36, p=0,028) e a manutenção do status de não sarcopênicos até o final da intervenção.
Entre o período de 24 a 36 semanas não houve diferença significativa. Após 36 semanas
o TF com intensidade progressiva associado ao aconselhamento nutricional demonstrou
ser um tratamento eficaz para reverter a sarcopenia e manter os idosos não sarcopênicos.
Os resultados do presente estudo podem fornecer informações à profissionais sobre
protocolos de treinamento eficientes para reverter ou atrasar a sarcopenia utilizando
estratégias não medicamentosas.
Descrição: Programa de Pós-Graduação em Saúde e Nutrição. Escola de Nutrição, Universidade Federal de Ouro Preto.2024-01-01T00:00:00ZDesertos e pântanos alimentares : uma avaliação conceitual, metodológica e ecológica.
http://www.repositorio.ufop.br/jspui/handle/123456789/18139
Título: Desertos e pântanos alimentares : uma avaliação conceitual, metodológica e ecológica.
Autor(es): Honório, Olivia Souza
Resumo: Na literatura existem muitos termos utilizados para descrever características do ambiente
alimentar comunitário, dentre estes destacam-se os termos: desertos alimentares e
pântanos alimentares. Esses termos começam a ser utilizados em países da América do
Norte e da Europa, para depois serem incorporados ao cenário dos países de média e baixa
renda. Desertos alimentares são utilizados para descrever vizinhanças com
disponibilidade limitada de estabelecimentos que comercializam alimentos saudáveis. Os
pântanos são vizinhanças com disponibilidade excessiva de estabelecimentos que
comercializam alimentos não saudáveis. Diante disso, esta tese terá por objetivo geral
desenvolver e fazer a validação de conteúdo uma proposta conceitual e metodológica para
avaliar os desertos e pântanos alimentares em um país de baixa e média renda. Para tal
estão sendo realizados três estudos. Primeiro foi realizado um estudo ecológico na cidade
de Belo Horizonte, para identificar a evolução dos desertos e pântanos alimentares em
uma metrópole brasileira. Os desertos alimentares foram definidos pela densidade de
estabelecimentos saudáveis por 10 mil habitantes e os pântanos alimentares foi definido
pela densidade de estabelecimentos não saudáveis por 10 mil habitantes. O segundo
estudo foi uma revisão narrativa para identificar os conceitos e medidas utilizadas para
definir os desertos e pântanos alimentares. O terceiro estudo teve objetivo de propor e
validar uma proposta de conceito e medida para os desertos e pântanos alimentares, por
meio de um painel de especialistas. Identificou-se que as áreas classificadas como
desertos alimentares estão reduzindo nos últimos anos e as áreas de pântanos alimentares
vem aumentando. Ademais, os conceitos de desertos alimentares englobavam questões
sobre o custo dos alimentos, acesso a categorias de alimentos e estabelecimentos e
características individuais. E os métodos de desertos alimentares também seguiam a
mesma lógica dos conceitos e estavam centrados na avaliação da disponibilidade de
supermercados. Os conceitos de pântanos alimentares tinham por ideia central a
quantidade desproporcional de alimentos não saudáveis e alguns tipos de
estabelecimentos. Os métodos de investigação dos pântanos alimentares estão
relacionados com adaptações do Índice de Varejo de Alimentos. Com o painel foi possível validar um conceito e medida para desertos e pântanos alimentares adequada a realidade
brasileira. Os especialistas apontaram para a necessidade de o conceito de desertos
alimentares abordar a vulnerabilidade econômica e social, tal ponto não foi considerado
relevante para a definição de pântanos alimentares. Além disso, os especialistas
apontaram que deve ser utilizado como marcadores da disponibilidade de alimento
saudáveis apenas os estabelecimentos que comercializam predominantemente alimentos
in natura e minimamente processados. Ademais, o trabalho apontou que a melhor
maneira de avaliar as iniquidades socioeconômicas é com base nos indicadores
compostos. Como forma de avaliar os desertos alimentares, o método validado foi o que
considera a densidade de estabelecimentos saudáveis por 10 mil habitantes e a
vulnerabilidade socioeconômica. Por fim, o trabalhou demonstrou a necessidade de
avançar em estudos relacionados ao ambiente alimentar do consumidor, no sentido de
compreender quais alimentos são predominantes em cada categoria de estabelecimento e
os hábitos de compra de alimentos nesses locais.
Descrição: Programa de Pós-Graduação em Saúde e Nutrição. Escola de Nutrição, Universidade Federal de Ouro Preto.2023-01-01T00:00:00Z