DEART - Artigos publicados em periódicos

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    Estratégias artísticas na Videodança Fôlego : escravidão e necropolítica em Campinas (SP-Brasil).
    (2023) Theotonio, Diogo Angeli; Gasperi, Marcelo Eduardo Rocco de
    Este artigo investiga a videodança Fôlego (2018), cuja temática aborda a violência praticada contra os corpos negros na contemporaneidade. Para tal apreciação, este trabalho fez um breve panorama acerca da historicidade da escravidão no Brasil, em especial sobre a cidade de Campinas (SP), local de criação da obra, tendo como eixo norteador o conceito de necropolítica (Mbembe, 2016). Logo, o artigo discute o processo virtual de criação em videodança (Angeli, 2020), contribuindo para o debate acerca de diferentes territorialidades da cena e para as provocações político-sociais na dança.
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    Para além do global, da origem e da influência : apontamentos sobre o método da comparação diferencial.
    (2024) Cavalcante, Alex Beigui de Paiva
    Este artigo visa problematizar algumas noções próprias da literatura comparada, firmadas pela crítica e pela teoria literária, assim como intensificar a complexa relação entre o global, o universal e o internacional no confronto com a cultura. Para tanto, recorre-se ao método da comparação diferencial e seus múltiplos modos de conceber a dinamicidade dos gêneros, dos mitos e dos textos em um regime de migrações e de contaminações cada vez mais atrelados à cultura e aos efeitos de sentido por ela reivindicados e produzidos. Busca-se, ainda, elencar alguns agenciamentos que tornam o texto, o mito e o signo artístico cada vez mais diaspórico, cruzado e fronteiriço.
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    Monólogos (de)coloniais - sobre a coralidade pluriversal na dramaturgia brasileira recente.
    (2023) Baumgarte, Stephan Arnul; Maciel, Paulo Marcos Cardoso
    A partir de uma análise formal-temática de quatro textos teatrais recentes da dramaturgia brasileira (Vaga Carne de Grace Passô, Buraquinhos de Jhonny Salaberg, Alice Músculo de Francis Madson, Tybyra de Juão Nyn), o artigo busca evidenciar princípios de construção de coralidades textuais que podem ser denominados (de)coloniais. Para situar os textos em relação a contextos (de)cloloniais, partimos do entendimento de que a situação (de)colonial é marcada por uma consciência mestiça cujo marco principal é uma clivagem interna entre ser e estar, entre pertencer a si mesma e pertencer a exterioridades conflitantes. A pluralidade de vozes que surge dessa fratura interna é configurada pelos textos seja como ameaça ao desejo de se entender como moderno, de se entender como parte de uma multidão histórica ou de se entender como parte de um universo marginalizado que enfrenta com as experiências e realidades de um mundo florestal a tempestade arrasadora da monocultura moderna.
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    Medeia : itinerâncias do mito em diferentes contextos enunciativos.
    (2023) Cavalcante, Alex Beigui de Paiva
    The research is part of one of the investigations carried out by DRAMATIC - Research Group in Dramaturgy: Theories, Intermediates and Cultural Scene, registered in the CNPq Group Directory, whose work is linked to CLE - Center de Langues et Littératures Européennes Comparées da Université from Lausanne. Since 2014, we have sought to investigate the unfolding of tragic myths and their different modes of discourse and performativity in contemporary times. After an exhaustive process of mapping the myth of Antigone, we intend to extend our field of analysis to the myth of Medea, based on the notion of “cultural dialogism” and “Differential Comparison”, proposed by Mikhail Bakthin (2003) and Ute Heidmann (2014) respectively. Also part of the theoretical scope of the proposed investigation is the dialogue with the conceptions of myth arising from Latin American and Afro-Amerindian epistemological decolonial currents. In this sense, authors such as (MAZAMA, 2019); (SODRÉ, 2017); (LOUSADA, 2016); (MBEMBE, 2014); (TAYLOR, 2013); SANTOS (2009); (DUSSEL, 2009); (VISVANATHAN, 2009); (MASOLO, 2009); (RAVETTI, 2002); (PRANDI, 2001); (MARTINS, 1997); (SAID, 1990), to name the most expressive ones regarding the borders and diasporas that involve cultural relations and appropriations.
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    Estrutura de sentimento no teatro documentário e no teatro de agitprop : experiências no Brasil e na Argentina.
    (2023) Valença, Ernesto Gomes
    Este artigo aborda duas experiências teatrais – uma que pode ser entendida como teatro de agitação e propaganda (agitprop), vinculado ao Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) no Brasil, e outra vinculada ao teatro documentário realizado no Museo-Taller Ferrowhite, na cidade argentina de Bahía Blanca – a partir da categoria de estrutura de sentimento, criada pelo teórico marxista e crítico teatral Raymond Williams. Por meio dessa categoria, buscou-se analisar como a encenação, quando realizada em contextos circunscritos ou com segmentos sociais específicos, pode ser entendida como um mecanismo de estruturação de sentimentos comunitários, dando origem a manifestações culturais contra hegemônicas.
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    Um espelho sem reflexo : a mancha roxa na crítica teatral brasileira.
    (2023) Santos , Clóvis Domingos dos; Maciel, Paulo Marcos Cardoso
    Neste artigo discutimos as diferentes metáforas empregadas pela recepção crítica da obra A mancha roxa, de Plínio Marcos. Ao procurar seu sentido no Brasil do final do século XX, abordando as principais chaves de leitura do texto e do espetáculo na visão de alguns dos principais críticos teatrais brasileiros atuantes quando de sua encenação. Na obra, o autor retoma o tema da vida atrás das grades a partir dos conflitos de um grupo de presidiárias, optando também, dessa vez, pela abordagem da aids. Para tanto, partimos da discussão de Susan Sontag, a fim de compreender o alcance mais geral do problema levantado por sua reflexão, pela crítica da peça e do espetáculo.
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    La Diosa y la Noche e o Cavalo de Santo : uma reflexão sobre dramaturgias negras sul-americanas.
    (2021) Piegaz, Acevesmoreno Flores
    Este artigo se propõe a refletir sobre a dramaturgia negra do Pampa sul-americano no século XXI, a partir das obras La diosa y la noche: el musical de Rosa Luna (2017), do Uruguai, e Cavalo de Santo (2018), do Brasil, como produções literárias decoloniais potentes no “espaço cênico do Pampa”. Esta escrita inicialmente apresenta uma breve reflexão sobre a relação negritude/branquitude no contexto histórico dessa região; posteriormente, uma contextualização sobre o teatro negro através do trajeto do Teatro Experimental do Negro no Brasil e do Teatro Negro Independiente no Uruguai no século passado, enquanto precursores da cena negra. Na sequência são analisadas as obras citadas por meio de um cotejamento realizado com os aportes teóricos dos campos da literatura, teatro, história e sociologia, pautados pela perspectiva decolonial. Por fim, serão apresentadas as considerações finais sobre essa reflexão.
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    Cenas multiespécies : implicações artísticas entre plantas, animais não humanos e humanos.
    (2023) Carbogim, Bárbara de Souza; Peretta, Éden Silva
    No presente editorial trazemos as inquietações práticas e conceituais que nos inspiraram a propor a temática do presente dossiê, bem como apresentamos individualmente cada ensaio ou artigo que dá corpo ao presente volume, ajudando-nos a refletir sobre a urgente temática ecológica e o necessário repensamento, também poético, sobre as relações multiespécies.
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    Cabaré das Divinas Tetas : cruzamentos entre palhaçaria, arte drag e feminismos.
    (2023) Bedê , Dagmar Teixeira; Souza, Raquel Castro de
    Este artigo se propõe a abordar o contexto no qual surgiu a plataforma de criação Divinas Tetas, de Belo Horizonte. Será traçada uma breve análise da trajetória de articulação de mulheres palhaças na capital mineira, nas duas primeiras décadas do século 21, e levantados questionamentos sobre os conceitos de palhaçaria feminina, arte drag, cabaré, gênero e feminismos. Trata-se de um estudo de caso dos caminhos “palhacísticos” e “cabareteiros” que constituem parte da trajetória do movimento da palhaçaria feminina belo-horizontina. Ou (para sermos palhaças mais diretas) quem são as Divinas Tetas, onde vivem, o que comem, como se reproduzem. Como referências teóricas e bibliográficas para este estudo, são citadas(os) as(os) autoras(es) Lili Castro, Daiani Brum, Ana Fuchs, Melissa Caminha, Erminia Silva, Renata Saavedra, Cleber Braga, Judith Butler, Manuela Castelo Branco de Oliveira e Neyde Veneziano.
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    Cabaré, carnavandalização e festa : o Teatro171 na Zona Leste de Belo Horizonte (MG).
    (2023) Gasperi, Marcelo Eduardo Rocco de; Viana, Marina
    Este artigo analisa práticas de criação artística de cabaré, perpassando por teóricos latino-americanos que abordam tal temática, como a autora Christina Streva (2017). O objetivo foi identificar o fenômeno da junção entre arte, festa, ativismo e demais ações realizadas em diferentes frentes no cenário artístico de Belo Horizonte (MG), tais como o Teatro171, parte central do objeto desta análise. Para isso, este trabalho trouxe os conceitos de Ileana Diéguez Caballero (2011) acerca de liminaridade e de communitas, bem como o termo de carnavandalização, neologismo que parte da contração da ideia de carnavalização vândala, usando aqui o vandalismo como um ato simbólico de destruição de monumentos, paradigmas e tabus. Com isso, tais aproximações conceituais buscam criar maior embasamento para as investigações de artistas que se aventuram em ações fora do eixo mercadológico mineiro.
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    Atlas coreodramatúrgico : constelações de imagens como método de criação em dança.
    (2023) Peretta, Éden Silva
    A presente proposta metodológica de criação coreodramatúrgica fundamentou-se em um uso crítico e negativo da imagem, tendo como disparadores a poética e os procedimentos utilizados pelo criador da dança Butô, Tatsumi Hijikata, e suas potenciais intersecções com o universo da filosofia da imagem, principalmente com as contribuições de pensadores como Didi-Huberman, Aby Warburg e Georges Bataille. Esta pesquisa teve início em um período de pós-doutoramento e gradualmente vem ganhando diferentes camadas materiais na medida em que seus procedimentos criativos vêm sendo atualizados em diversos contextos pedagógicos e artísticos. São apresentados aqui, portanto, alguns princípios de suas bases conceituais e relatadas experiências práticas de criação nas quais o Atlas Coreodramatúrgico (ACD) foi aplicado e complexificado nos últimos anos, tanto em disciplinas de graduação e pós-graduação, como no processo de criação de um grupo universitário de pesquisa artística.
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    Os lugares da arte na Base Nacional Comum Curricular (BNCC) : experiência docente a partir da arte da performance e suas imbricações com a cultura afro-brasileira.
    (2022) Gasperi, Marcelo Eduardo Rocco de; Araújo, Giulia Oliva de; Pessôa, Matheus Felipe Marques
    O presente artigo analisa a aproximação entre a arte da performance e a Base Nacional Comum Curricular (BNCC) – Componente Curricular Arte. Para tanto, fez-se um estudo histórico-crítico acerca do processo de formulação da BNCC, a fim de se compreender quais os impactos para o ensino de Artes no Brasil. Após tal panorama, investiga-se uma experiência do- cente realizada no Instituto Federal de Minas Gerais – IFMG – Campus Ouro Preto (MG), dentro do con- texto de obrigatoriedade da Lei 10.639/03, que prevê o estudo da cultura afro-brasileira nos currículos das escolas públicas. Para discorrer sobre essa experi- ência, parte da fundamentação teórica se baseou em estudos acerca de necropolítica e de refiguração de si (MBEMBE, 2018). Com isso, buscou-se inves- tigar o estudo de parte da arte da performance como proposta metodológica para o ensino do afrocentra- mento na escola, pontuando a pertinência de políticas públicas que valorizem a cultura afro- brasileira.
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    Como performar uma utopia chamada América? : um posfácio.
    (2022) Dias, Luciana da Costa; Barbosa, Tamira Mantovani Gomes
    Neste texto reflete-se sobre o próprio entendimento de uma “América Latina”: é esta uma utopia dos colonizadores ou algo a ser revisado como Abya Yala, nome hoje dado pelos povos originários? A partir deste questionamento, discute-se alguns problemas para a arte latino-americana, especialmente, para o teatro e a performance latino-americanas em geral, ao mesmo tempo em que se pretende demarcar congruências e questões futuras – e urgentes – para o campo.
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    Antonin Artaud, o México e os Raramuri : questões raciais e colonialismo nas viagens de Artaud pelo México.
    (2022) Dias, Luciana da Costa
    A viagem de nove meses de Artaud através do México, geralmente tratada como uma nota de rodapé em sua biografia, precisa ser vista como sendo mais do que isso: foi um momento decisivo para os rumos de sua obra/vida. Para Jay Murphy (2017), haveria um Artaud antes e outro depois de sua jornada ao México, pois – mesmo que deixemos de lado sua “loucura” – podemos observar uma metamorfose profunda em seu trabalho, uma mudança paradigmática que engloba a evolução de um Teatro da Crueldade em direção ao conceito de Corpo sem Órgãos. Dentro deste contexto, este texto objetiva primeiramente, apresentar criticamente, em perspectiva pós- colonial, as intenções de Artaud ao buscar uma linguagem teatral primordial nos cânions mexicanos – seus limites e possibilidades; e, em segundo lugar, interrogar como as questões raciais foram problematizadas em tal busca e como elas reverberam através de seu trabalho e além, afetando e mudando profundamente o campo dos Estudos em Teatro e Performance.
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    Ana Mendieta : vestígios de colonialismo, performance e feminismos na América Latina.
    (2022) Dias, Luciana da Costa
    Profundas mudanças levam a uma revisão da arte no século 20, sobretudo a partir da influência do trabalho seminal das vanguardas e de artistas dos anos 1960 e 1970, que acabariam por conduzir a uma estética que vê a arte como ação, acontecimento e, sobre- tudo, presença – o paradigma da performatividade. Paralelamente, houve a emergência de estudos que questionam a lógica moderna, ao ver a indissociabilidade do par modernidade/ colonialidade, inquietação essa que atinge também o fazer artístico e levanta questiona- mentos sobre a história da arte como narrativa moderna e colonial. Esse aporte servirá de pano de fundo para discussão da obra de Ana Mendieta (1948-1985), performer de origem cubana exilada nos EUA. Partindo da metodologia de revisão bibliográfica, este trabalho discute como sua obra é atravessada e profundamente marcada por questões de gênero e questões ligadas aos feminismos e, ao mesmo tempo, também por questões oriundas da colonialidade, que colonizou corpos e fazeres nas Américas. Investiga-se assim como tais questões (de gênero e colonialidade) podem surgir e ser problematizadas na obra de Ana Mendieta, sobretudo em sua Silueta Series (1973-1980).
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    Confabulações de encenadoras mineiras : uma breve reflexão acerca do empoderamento da artista cênica em tempos descoloniais.
    (2022) Andrade, Leticia
    Este artigo apresenta, de modo breve, um debate crítico sobre o papel da artista cênica latina-americana brasileira, focando, para tanto, em diretoras que atuam na cidade de Belo Horizonte, Minas Gerais, Brasil. Discute o trabalho da diretora e atriz mineira Cida Falabella, que também tem uma longa trajetória como educadora e representante política na cidade e também o da diretora, pesquisadora e professora chilena Sara Rojo, radicada há mais de duas décadas em Belo Horizonte, que vem trabalhando com diversos grupos e artistas mineiros. O texto busca legitimar e dar visibilidade a essas artistas e inseri-las no quadro da história do teatro brasileiro contemporâneo, com o objetivo de trazer à tona uma visão descolonial de legitimação da mulher em funções de comando e criação teatral. Além desse foco, apresento, por fim, uma breve lista de diretoras mineiras, que atuam nas três últimas décadas é apontado, a fim de realizar um necessário registro inicial para futuros estudos sobre o tema.
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    O processo documental no espetáculo Mi Vida Después : a transformação da vivência em experiência.
    (2022) Valença, Ernesto Gomes; Schinelo, Letícia Pavão
    O artigo propõe uma análise da peça Mi Vida Después, da encenadora argentina Lola Arias, considerando o modo como a combinação de elementos testemunhais, de representação e de apresentação de documentos estabelece sobreposições temporais no espetáculo. O tempo da ditadura militar argentina, vivido pelas atrizes e atores quando ainda crianças, é colocado em perspectiva com o tempo atual dos personagens adultos, configurando o tempo da representação propriamente dita. Esse jogo de temporalidades é analisado a partir do contraste entre as noções de “experiência” e “vivência” na obra de Walter Benjamin e, em especial, do conceito de “estrutura de sentimentos”, desenvolvido por Raymond Williams. Por fim, levando em conta essa sobreposição de temporalidades, são tecidas considerações sobre um espetáculo de treze anos atrás, criado no contexto cultural e social da Argentina, e se ele teria algo a dizer ao Brasil atual.
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    Esboços de uma corporeidade decolonial na dança moderna africana de Germaine Acogny.
    (2022) Azevedo, Thais Lopes Santos de; Peretta, Éden Silva
    O presente artigo tem como objetivo central percorrer fragmentos da história de vida da dançarina e coreógrafa senegalesa Germaine Acogny, bem como alguns dos princípios de sua dança moderna africana, para problematizar a sua arte colocando-a em diálogo com dimensões do pensamento crítico e decolonial contemporâneo. Neste cruzamento teórico, emergem significativas questões (micro)políticas com as quais torna- se possível delinearmos esboços de uma corporeidade decolonial.
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    Dança e biopolítica : notas sobre uma vida nua.
    (2022) Lemos, Gabriely Mara; Peretta, Éden Silva
    Este artigo busca colocar em diálogo alguns conceitos trabalhados pelo filósofo italiano Giorgio Agamben e o espetáculo de teatrodança Zoé - restos de uma vida nua (2018), do coletivo Anticorpos - Investigações em Dança (UFOP). Neste sentido, evidencia-se que as noções de Vida Nua e de Resto figuram como elementos centrais no processo de criação coreodramatúrgica da obra, propondo um potente encontro entre princípios do pensamento político agambeniano e matrizes poéticas da dança butô.