Use este identificador para citar ou linkar para este item: http://www.repositorio.ufop.br/jspui/handle/123456789/2272
Título: Evolução tectonossedimentar da Bacia dos Parecis – Amazônia.
Autor(es): Bahia, Ruy Benedito Calliari
Orientador(es): Martins Neto, Marcelo Augusto
Palavras-chave: Sedimentologia
Geologia estratigráfica
Rio Amazonas
Cratons
Bacia Amazonas
Data do documento: 2007
Editora / Evento / Instituição: Programa de Pós-Graduação em Evolução Crustal e Recursos Naturais. Departamento de Geologia, Escola de Minas, Universidade Federal de Ouro Preto.
Referência: BAHIA, R. B. C. Evolução tectonossedimentar da bacia dos Parecis – Amazônia. 2007. 121 f. Dissertação (Mestrado em Evolução Crustal e Recursos Naturais) - Universidade Federal de Ouro Preto, Ouro Preto, 2007.
Resumo: Bacia dos Parecis está localizada na região centro-oeste do Brasil, na porção sudoeste do Cráton Amazônico, entre os cinturões de cisalhamento Rondônia e Guaporé, correspondendo ao Bloco Parecis de Hasuí et al.(1984). Está dividida, de oeste para leste, em três domínios tectono-sedimentares: o extremo oeste é uma depressão tectônica, a porção central é um baixo gravimétrico e o extremo leste é uma bacia interior tipo sag. Durante o Paleozóico a região Amazônica foi afetada por um evento extensional, quando foram depositados na Bacia dos Parecis, desde o Ordoviciano até o Eopermiano, as formações Cacoal, Furnas, Ponta Grossa, Pimenta Bueno e Fazenda da Casa Branca. A Formação Cacoal é composta de conglomerados, grauvacas, folhelhos e dolomitos, interpretados como depositados em leques aluviais, deltas e lagos. Os ambientes deposicionais das formações Furnas e Ponta Grossa, compostas respectivamente de arenitos com seixos e folhelhos, são interpretados como depositados em ambientes de planície de maré e marinho, respectivamente. Os conglomerados, folhelhos e arenitos da Formação Pimenta Bueno, e conglomerados, arcóseos e folhelhos da Formação Fazenda da Casa Branca são interpretados como glacial ou periglacial. Desde o Permiano ao Triássico existe uma lacuna no registro estratigráfico da Bacia dos Parecis. Durante o Mesozóico a região Amazônica foi novamente afetada por outro evento extensional, quando depressões foram preenchidas por rochas vulcânicas e sedimentares. Na Bacia dos Parecis foram depositados, no Jurássico, os arenitos eólicos da Formação Rio Ávila, cobertos pelos derrames basálticos das formações Anarí e Tapirapuã. No Cretáceo o Grupo Parecis, composto de conglomerados e arenitos, foi depositado em ambientes fluvial e eólico. Corpos kimberlíticos do Cretáceo cortam os sedimentos nas porções noroeste e sudeste da bacia. A Bacia dos Parecis está coberta discordantemente por arenitos e pelitos cenozóicos depositados em uma crosta laterítica desmantelada. Os dados gravimétricos e magnéticos da Bacia dos Parecis foram adquiridos pelo IBGE, PETROBRAS e CPRM. Os mapas gravimétricos e magnéticos da bacia, obtidos através de tratamento no software Oásis da Geosoft, mostram uma grande anomalia negativa que se destaca no interior do Cráton Amazônico, com desvio do campo regional da ordem de -40 mgal. Após os trabalhos de Teixeira (1993) e Siqueira (1989), embasados em dados geofísicos e geológicos, a bacia foi dividida, de oeste para leste, em três domínios tectono-sedimentares: o extremo oeste é uma Fossa Tectônica de Rondônia; a porção central é um baixo gravimétrico e o extremo leste é a Bacia do Alto Xingu.O trend estrutural regional de direção leste-oeste, com desvio do campo regional da ordem de -80 mgal, evidencia o prosseguimento para leste, por baixo da seqüência mesozóica, dos grabens de Pimenta Bueno e Colorado, os quais compõem a fossa Tectônica de Rondônia. A existência deste depocentro é suportada pelo método da Decovolução de Euler, a partir do software da Geosoft, o qual é um procedimento de inversão que visa obter uma estimativa da profundidade do topo do corpo geológico que gera a anomalia gravimétrica ou magnética. Desta forma, pôde-se estimar a profundidade do Embasamento Cristalino da Bacia dos Parecis.
Resumo em outra língua: The Parecis basin is located in central-western Brazil, on the southwestern part of the Amazon craton, between the Rondônia and Guaporé fold belts. From west to east, the Parecis basin can be divided into three tectono-sedimentary domains: a tectonic low to the west, a central compartment characterized by a negative gravimetric anomaly, and a interior sag to the east. During the Paleozoic (Ordovician to Early Permian), the Amazon region was affected by an extensional event, when the Cacoal, Furnas, Ponta Grossa, Pimenta Bueno and Fazenda da Casa Branca formations were deposited in the Parecis basin. The Coacal Formation is composed of conglomerates, wackes, shales and dolomites, interpreted as deposited in alluvial fans, deltas and lakes. The pebbly sandstones and shales of the Furnas and Ponta Grossa formations are interpreted as deposited, respectively, in tidal flats and marine environments. Glacial or glacial-influenced environments are suggested for the conglomerates, sandstones and shales of the Pimenta Bueno and Fazenda da Casa Branca formations. The sedimentary record of Parecis basin shows a stratigraphic gap from Permian to Triassic. Mesozoic volcanic and sedimentary successions record another extensional event in the Amazon region. This event is represented in the Parecis basin by the eolian sandstones of the Jurassic Rio Ávila Formation and the basalts of the Anarí ande Tapirapuã formations. The sandstones of the Parecis Group have been deposited during the Cretaceous in fluvial and eolian environments. Cretaceous kimberlite bodies cut the sediments in the northeastern and southeastern parts of the Parecis basin. Cenozoic sandstones and mudstones cover unconformably the deposits of the Parecis basin. Gravity and magnetic data of the Parecis basin have been acquired by IBGE, PETROBRAS and CPRM. Gravimetry and magnetometry maps obtained using software Oasis/Geosoft show an extensive negative anomaly in the interior of the Amazon Craton, with an average deviation from regional field of -40 mgal. The east-west regional structural trend with a deviation from regional field of -80 mgal evidences the eastward continuity of Pimenta Bueno and Colorado grabens beneath the Mesozoic succession, building the Rondônia tectonic low. The existence of this structure is supported by the Euler Deconvolution map, obtained through an inversion procedure that allows an estimation of the anomaly (Basement) depth.
URI: http://www.repositorio.ufop.br/handle/123456789/2272
Aparece nas coleções:PPGECRN - Doutorado (Teses)

Arquivos associados a este item:
Arquivo Descrição TamanhoFormato 
DISSERTAÇÃO_EvoluçãoTectonossedimentarBacia.pdf8,98 MBAdobe PDFVisualizar/Abrir


Os itens no repositório estão protegidos por copyright, com todos os direitos reservados, salvo quando é indicado o contrário.