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Título: Avaliação dos efeitos dos antioxidantes silimarina, N-aceilcisteína, fulerol, quercetina e rutina na produção de “Espécies Reativas de Oxigênio” após a infecção pelo Mayaro virus (Togaviridae) e na multiplicação viral.
Autor(es): Silva, Letícia Maria
Orientador(es): Magalhães, Cíntia Lopes de Brito
Palavras-chave: Alphavirus
Antioxidantes
Silimarina
Data do documento: 2022
Membros da banca: Magalhães, Cíntia Lopes de Brito
Magalhães, José Carlos de
Costa, Daniela Caldeira
Referência: SILVA, Letícia Maria. Avaliação dos efeitos dos antioxidantes silimarina, N-aceilcisteína, fulerol, quercetina e rutina na produção de “Espécies Reativas de Oxigênio” após a infecção pelo Mayaro virus (Togaviridae) e na multiplicação viral. 2022. 61 f. Dissertação (Mestrado em Ciências Biológicas) - Núcleo de Pesquisas em Ciências Biológicas, Universidade Federal de Ouro Preto, Ouro Preto, 2022.
Resumo: O Mayaro virus (MAYV) é um arbovírus responsável pela Febre Mayaro, uma doença aguda autolimitada, que em alguns casos pode se estender com um quadro de artrite e artralgia debilitante. Apesar de há muito conhecido, pouco se sabe sobre os aspectos relacionados à infecção e patogênese do MAYV. A fim de mitigar essa ausência de conhecimento, nosso grupo demonstrou que a infecção de células pelo MAYV culmina com maior produção de “Espécies Reativas de Oxigênio” (ERO) e consequente estresse oxidativo. Ainda, em modelo animal, observamos que estresse oxidativo está presente na patologia hepática desencadeada pelo vírus. As ERO desempenham papel importante na fisiologia da célula e na defesa contra patógenos invasores, mas quando em excesso podem causar danos aos constituintes celulares, levando ao desequilíbrio redox, que numa infecção viral pode contribuir para a patogênese. Assim, considerando que o aumento de ERO e o estresse oxidativo são eventos conspícuos na infecção pelo MAYV, avaliamos o efeito da Silimarina, um fitoterápico antioxidante bem conhecido, na infecção in vitro e in vivo pelo MAYV. Além de inibir a produção de ERO e o estresse oxidativo desencadeados pela infecção, a Silimarina apresentou notável efeito antiviral. Dessa forma, os resultados obtidos com Silimarina na infecção pelo MAYV nos levaram a questionar se a ação antioxidante desse composto estaria diretamente relacionada à sua ação antiviral, ou seja, se inibindo a produção de ERO, qualquer composto antioxidante poderia inibir a multiplicação do MAYV. Para responder essa pergunta, no presente trabalho, em células Vero infectadas com o MAYV e tratadas com diferentes antioxidantes (Silimarina, N-acetilcisteína, Fulerol, Quercetina e Rutina), avaliamos a produção de ERO, a atividade antiviral global e a produção de partículas virais infecciosas, em diferentes tempos. Todos os antioxidantes testados inibiram a produção de ERO após a infecção 15 e 24 horas. Entretanto, as células infectadas e tratadas com N-acetilcisteína, Fulerol, Quercetina e Rutina, a multiplicação do MAYV não foi inibida 48 horas pós-infecção (hpi), demonstrando apenas uma ação antioxidante destes compostos. Somente a Silimarina foi capaz inibir as ERO e a multiplicação do vírus, 24 e 48 hpi, confirmando suas ações já demonstradas. Estes resultados sugerem que a multiplicação do MAYV em células Vero não sofre interferência direta das ERO, uma vez que reduzindo essas espécies através do tratamento com antioxidantes (exceto a Silimarina) a produção de partículas infeciosas não foi inibida, e também abre novas perspectivas para melhor caracterizar o mecanismo anti-MAYV da Silimarina.
Resumo em outra língua: Mayaro virus (MAYV) is an arbovirus responsible for Mayaro Fever, an acute self-limiting disease, which in some cases can extend to a condition of debilitating arthritis and arthralgia. Despite being known for a long time, little is known about the aspects related to the infection and pathogenesis of MAYV. In order to mitigate this lack of knowledge, our group demonstrated that the infection of cells by MAYV culminates in a greater production of "Reactive Oxygen Species" (ROS) and consequent oxidative stress. Also, in an animal model, we observed that oxidative stress is present in the liver pathology triggered by the virus. ROS plays an important role in cell physiology and in the defense against invading pathogens, but when in excess it can cause damage to cellular constituents, leading to redox imbalance, which in a viral infection can contribute to pathogenesis. Thus, considering that ROS increase and oxidative stress are conspicuous events in MAYV infection, we evaluated the effect of Silymarin, a well-known antioxidant herbal medicine, on in vitro and in vivo MAYV infection. In addition to inhibiting the production of ROS and the oxidative stress triggered by the infection, Silymarin had a remarkable antiviral effect. Consequently, the results obtained with Silymarin in MAYV infection led us to question whether the antioxidant action of this compound would be directly related to its antiviral action, that is, if by inhibiting the production of ROS, any antioxidant compound could inhibit the multiplication of MAYV. To answer this question in this present work, on Vero cells infected with MAYV and treated with different antioxidants (Silymarin, N-acetylcysteine, Fullerol, Quercetin and Rutin), we evaluated the production of ROS, the global antiviral activity and the production of infectious viral particles at different times. All tested antioxidants inhibited ROS production after 15 and 24 hours of infection. However, in cells infected and treated with N-acetylcysteine, Fullerol, Quercetin and Rutin, the multiplication of MAYV was not inhibited 48 hours post-infection (hpi), demonstrating only an antioxidant action of these compounds. Only silymarin was able to inhibit ROS and virus multiplication at 24 and 48 hpi, confirming its already demonstrated antiviral actions. These results suggest that the multiplication of MAYV in Vero cells does not suffer direct interference from ROS, since reducing these species through treatment with antioxidants (except for Silymarin), the production of infectious particles was not inhibited, and opens new perspectives to better characterize the disease. Silymarin's anti-MAYV mechanism.
Descrição: Programa de Pós-Graduação em Ciências Biológicas. Núcleo de Pesquisas em Ciências Biológicas, Pró-Reitoria de Pesquisa de Pós Graduação, Universidade Federal de Ouro Preto.
URI: http://www.repositorio.ufop.br/jspui/handle/123456789/15068
Licença: Autorização concedida ao Repositório Institucional da UFOP pelo(a) autor(a) em 18/07/2022 com as seguintes condições: disponível sob Licença Creative Commons 4.0 que permite copiar, distribuir e transmitir o trabalho, desde que sejam citados o autor e o licenciante. Não permite a adaptação.
Aparece nas coleções:PPCBIOL - Mestrado (Dissertações)

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