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Título: Composição química de sulfetos associados à mineralização de ouro orogênico no Greenstone Belt Pitangui : exemplos dos depósitos Pitangui e Papagaios.
Autor(es): Maurer, Victor Câmara
Orientador(es): Melo, Gustavo Henrique Coelho de
Lana, Cristiano de Carvalho
Palavras-chave: Metalogênese
Sedimentação e depósitos
Sulfetos
Quadrilátero Ferrífero - MG
Elementos traços
Data do documento: 2022
Membros da banca: Melo, Gustavo Henrique Coelho de
Silva, Rosaline Cristina Figueiredo e
Caxito, Fabrício de Andrade
Cipriano, Ricardo Augusto Scholz
Graça, Leonardo Martins
Referência: MAURER, Victor Câmara. Composição química de sulfetos associados à mineralização de ouro orogênico no Greenstone Belt Pitangui: exemplos dos depósitos Pitangui e Papagaios. 2022. 165 f. Tese (Doutorado em Evolução Crustal e Recursos Naturais) – Escola de Minas, Universidade Federal de Ouro Preto, Ouro Preto, 2022.
Resumo: O greenstone belt Pitangui (GBP) é uma nova fronteira na pesquisa e na exploração de ouro orogênico no Brasil. A utilização de LA-ICP-MS na determinação dos elementos traços, presentes na composição química dos sulfetos, contribui na investigação desse tipo de sistema mineral, entretanto poucos estudos nacionais são encontrados com essa abordagem na região. Existem dois modelos principais para a fonte de metais e fluidos mineralizantes na geração dos depósitos de ouro orogênico no GBP: (i) desidratação do pacote metavulcanossedimentar do greenstone belt; e (ii) contribuições magmáticas de fluidos hidrotermais, metais e calor. Além disso, altas temperaturas têm sido reportadas para a gênese dos depósitos no GBP. No depósito Pitangui, as rochas hospedeiras correspondem a metagrauvacas e metapelitos da Formação Onça do Pitangui e o controle estrutural das zonas de cisalhamento subverticais de direção NW-SE delineiam o depósito quanto à geometria. Veios de quartzo representam a zona mineralizada e a zona proximal apresenta intensa formação de sericita, ambas com pirita e pirrotita. Cinco tipos de pirita (PyI, PyII, PyIII, PyIV e PyV) e dois de pirrotita (PoI e PoII) foram reconhecidas nesse depósito. A PyI apresenta altas concentrações de Co, Bi, Pb, Sb, Te, Se, Ag e Au e somado às características texturais sugerem uma origem singenética. As concentrações de Co, Ni, Pb, Te, Sn, Se, As, Bi, Sb, Ag, Mo e W na pirita epigenética (PyII-IV) sugerem que a desidratação das sequências metavulcanossedimentares do GBP constituem as principais fontes de metais e fluidos. A PyV, por sua vez, só aparece no dique metamáfico pós-orogênico e sua origem permanece incerta. No depósito Papagaios as zonas de cisalhamento subverticais mineralizadas ocorrem predominantemente nas rochas metavulcânicas máficas, com subordinadas lentes de formação ferrífera bandada (BIFs) da Formação Rio Pará. A sulfetação da zona mineralizada é marcada pela presença de quatro tipos de pirita (PyI-IV), quatro de pirrotita (PoI-IV) e três de arsenopirita (ApyI-III). Esses sulfetos constituem quatro assembleias distintas. Elementos traços com afinidade tipicamente de rochas máficas (e.g., Ni, Cu, Co) ou de rochas metassedimentares como as lentes de metaBIF e filito carbonoso (e.g., Sb, Bi, Pb e Sn) indicam as próprias rochas da Formação Rio Pará como fonte de metais que constituem os sulfetos. Por outro lado, os teores de Mo, W e Se nos sulfetos podem indicar alguma contribuição de rochas magmáticas félsicas. As altas temperaturas indicadas pela (i) deformação dúctil; (ii) sincronicidade da alteração hidrotermal e sulfetação com a deformação; (iii) fácies anfibolito inferior das rochas hospedeiras; (iv) assembleia de sulfetos; (v) química mineral dos sulfetos; e (vi) geotermômetro da arsenopirita (568 °C a 610 °C = ApyI; 425 °C a 465 °C = ApyII) sugerem características de depósito hipozonal ou mesozonal formado sob altas temperaturas para a gênese do depósito Papagaios, em que a segunda hipótese deve ser a mais acertiva. O depósito Pitangui parece corresponder a um depósito mesozonal sin- a pós tectônico. Demonstra-se ainda que, quanto maior o teor de Bi, Ag, Pb, Sb, Zn, Co, Ni e Cu nos sulfetos, maior o teor de ouro da zona mineralizada no depósito Papagaios. Enquanto que os elementos Bi, Ag, Pb, Sb e Te são aqueles diretamente proporcionais ao Au quando relacionados à pirita do depósito Pitangui.
Resumo em outra língua: The Pitangui greenstone belt (PGB) is a new frontier on orogenic gold research and exploration in Brazil. The use of LA-ICP-MS in the determination of trace elements, presents in chemical composition of sulfides, contributes to the investigation of this mineral system type, however few national studies are found with this approach to PGB region. Two main models for the source of metals and mineralizing fluids are proposed in the bibliography to the generation of orogenic gold deposits in the PGB: (i) dehydration of the metavolcanosedimentary sequences of the greenstone belt; and (ii) magmatic contribution from the hydrothermal fluids, metals and heat. In addition, high temperatures have been reported for the genesis of this Au deposits. In the Pitangui deposit, the host rocks correspond to metagreywackes and metapelites of the Onça do Pitangui Formation and the structural control of the subvertical shear zones at NW-SE direction delineate the deposit geometry. Quartz veins represent the mineralized zone and the proximal zone present intense sericite formation, both with pyrite and pyrrhotite. Five types of pyrite (PyI, PyII, PyIII, PyIV and PyV) and two of pyrrhotite (PoI and PoII) were recognized to this deposit. PyI presents high concentrations of Co, Bi, Pb, Sb, Te, Se, Ag and Au and added to the textural characteristics suggest a syngenetic origin. The concentration of Co, Ni, Te, Sn, Se, As, Bi, Sb, Ag, Mo and W in epigenetic pyrite (PyII-IV) suggest that the dehydration of PGB metavulcanosedimentary sequences constitute the main sources of metals and fluids. PyV only appears in the post-orogenic metamafic dyke and its origin remains uncertain. In the Papagaios deposit, mineralized subvertical shear zones occur predominantly in mafic metavolcanic rocks, with subordinate banded iron formation (BIF) of the Rio Pará Formation. The sulphidation of the mineralized zone present four pyrite types (PyI-IV), four pyrrhotite types (PoI-IV) and three arsenopyrite types (ApyI-III). These sulfides constitute four distinct ore assemblages. Trace elements with mafic rocks affinity (e.g., Ni, Cu, Co) or metasedimentary rocks such as BIF lenses and carbonaceous phyllites (e.g., Sb, Bi, Pb, Sn) indicate the rocks of the Rio Pará Formation as a main source of metals and fluid. On the contrary, the Mo, W and Se contents in the sulfides may indicate some felsic magmatic rocks contribution of metals. The high temperatures indicate by (i) ductile deformation; (ii) synchronicity of hydrothermal alteration and sulfidation with the deformation; (iii) lower amphibolite facies of host rocks; (iv) sulphide assemblages; (v) sulfide mineral chemistry; and (vi) arsenopyrite geothermometer (568 °C to 610 °C = ApyI; 425 °C to 465 °C = ApyII) suggest a hypozonal or mesozonal deposit formed under high temperature characteristics for the Papagaios deposits genesis, in which the second hypothesis must be most assertive. The Pitangui deposit appears to correspond to a syn- to post-tectonic mesozonal deposit. It is also shown that the higher Bi, Ag, Pb, Sb, Zn, Co, Ni and Cu contents of the sulfides indicate a higher gold content of the mineralized zone in the Papagaios deposit. While Bi, Ag, Pb, Sb and Te elements are those directly proportional to Au when related to pyrite from the Pitangui deposit.
Descrição: Programa de Pós-Graduação em Evolução Crustal e Recursos Naturais. Departamento de Geologia, Escola de Minas, Universidade Federal de Ouro Preto.
URI: http://www.repositorio.ufop.br/jspui/handle/123456789/15049
Licença: Autorização concedida ao Repositório Institucional da UFOP pelo(a) autor(a) em 04/07/2022 com as seguintes condições: disponível sob Licença Creative Commons 4.0 que permite copiar, distribuir e transmitir o trabalho, desde que sejam citados o autor e o licenciante. Não permite o uso para fins comerciais nem a adaptação.
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