DSpace Coleção:
http://www.repositorio.ufop.br/jspui/handle/123456789/425
2024-01-23T13:42:03ZAlta sintomatologia depressiva reduz as reações emocionais diante de estímulos de interação social.
http://www.repositorio.ufop.br/jspui/handle/123456789/17898
Título: Alta sintomatologia depressiva reduz as reações emocionais diante de estímulos de interação social.
Autor(es): Lacerda, Kíssyla Christine Duarte
Resumo: As interações sociais são inerentes a nossa espécie e representaram fator crucial para a evolução
humana. Ainda hoje a sociabilidade tem impacto na a saúde física e mental, onde o sentimento
de solidão é fator de risco para o desenvolvimento de doenças tanto físicas quanto mentais,
dentre elas, destaca-se o transtorno depressivo. Já é elucidado que indivíduos depressivos
apresentam expressões faciais distintas de indivíduos não depressivos. Uma vez que as
expressões faciais representam um fator determinante para que as interações sociais se
estabeleçam, estas diferenças podem estar relacionadas com o alto nível de solidão presente na
população depressiva. Além disso, indivíduos depressivos exibem atividade muscular facial
distinta ao visualizarem fotografias com diferentes níveis de valência e ativação emocional,
entretanto, ainda não existem investigações utilizando estímulos pareados para a valência e
ativação. Dessa forma, este trabalho se propõe a investigar se fotos com pistas de interação
social, pareadas para valência e ativação, modulam as reações emocionais em indivíduos com
sintomas depressivos e em indivíduos saudáveis, e se a re-exposição das imagens após um
período de 10 semanas (TEMPO 2) permaneceria exercendo os mesmos efeitos observados na
primeira exposição (TEMPO 1), caso estes efeitos ocorressem. A amostra foi composta por 85
individuos, divididos de acordo com seus escores no Inventário de Depressão de Beck.
Voluntários com pontuação superior a 21 pontos foram incluídos no grupo depressivo (n=16) e
os demais alocados no grupo saudável (n=69). Os participantes tiveram seus níveis de
depressão, solidão, ansiedade, empatia e toque social avaliados por meio de escalas. Em
seguida, visualizaram três blocos de imagens (28 imagens cada), contendo imagens neutras
(objetos), afiliativas (pessoas realizando interação social direta) e controles (pessoas não
realizando interação social direta). A atividade eletromiográfica do músculo zigomático maior
(ZIG) e corrugador do supercílio (COR) foi coletada durante todo o período de visualização
dos blocos. Após cada bloco de imagens, os voluntários responderam a escala de estado
afiliativo e escala de comportamento altruísta. Todas as análises foram repetidas após um
período de 10 semanas. No TEMPO 1, em indivíduos saudáveis, as imagens afiliativas
aumentaram a atividade ZIG e os escores nas escalas de expectativa de aproximação e
altruísmo, e reduziram a atividade do COR em comparação com as imagens neutras e controle.
Entretanto, estes efeitos não foram observados em indivíduos depressivos. No TEMPO 2, as
imagens afiliativas permaneceram exercendo modulação sobre o ZIG e sobre a expectativa de
aproximação no grupo saudável, porém sem efeitos sobre o COR. Novamente, as fotos
afiliativas não provocaram nenhum efeito nos indivíduos depressivos. Podemos concluir que
indivíduos depressivos são hiporresponsivos às pistas de interação social, refletindo em baixa
expressividade facial, sociabilidade e altruísmo. Além disso, a reexposição de imagens com
interação social permanece exercendo seus efeitos sobre a resposta emocional de indivíduos
saudáveis após 10 semanas, porém sem efeitos nos depressivos. Este trabalho nos indica que a
depressão leva a responsividade emocional reduzida diante do contexto de interação social, o
que pode impactar consideravelmente as interações sociais de indivíduos depressivos e o curso
de desenvolvimento do transtorno.
Descrição: Programa de Pós-Graduação em Ciências Biológicas. Núcleo de Pesquisas em Ciências Biológicas, Pró-Reitoria de Pesquisa de Pós Graduação, Universidade Federal de Ouro Preto.2022-01-01T00:00:00ZAvaliação do potencial profilático e terapêutico da piperina na hepatotoxicidade induzida pelo paracetamol.
http://www.repositorio.ufop.br/jspui/handle/123456789/17851
Título: Avaliação do potencial profilático e terapêutico da piperina na hepatotoxicidade induzida pelo paracetamol.
Autor(es): Coelho, Aline Meireles
Resumo: A metabolização de xenobióticos pelo fígado pode levar a intoxicação e hepatotoxicidade. O
paracetamol (APAP) é um dos analgésicos e antipiréticos mais utilizados, porém devido ao acesso
fácil e a falta de conhecimento da população sobre seus efeitos nocivos o número de intoxicações
por este fármaco tem aumentado progressivamente. A piperina, um composto natural extraído da
pimenta preta, tem sido relatado na literatura pelo seu potencial hepatoprotetor, antioxidante, anti-
inflamatório e imunomodulatório. Assim, o objetivo deste projeto foi avaliar a progressão
temporal da intoxicação hepática causada pela overdose de paracetamol bem como o potencial
profilático e terapêutico da piperina na redução da hepatotoxicidade em camundongos C57BL/6.
Para tal, utilizamos 98 animais, sendo que todos os procedimentos experimentais foram aprovados
pelo Comitê de Ética no Uso de Animais (CEUA-UFOP). Nos três delineamentos utilizados neste
projeto (temporal, profilático e terapêutico), a hepatotoxicidade foi induzida pela administração
do paracetamol na dose de 500mg/kg por gavagem orogástrica. No delineamento temporal,
distribuímos os grupos em: controle, APAP 3H e APAP 12H, sendo os animais eutanasiados 3 ou
12 horas após a overdose de paracetamol. Nossos resultados mostram que 3 horas após a overdose
foi observado aumento de creatinina e do biomarcador de peroxidação lipídica (TBARS). Já no
período de 12H foi observado um aumento nos marcadores de lesão hepática e dano oxidativo,
além do aumento de citocinas inflamatórias séricas e ativação da expressão genica dos
componentes do inflamassoma, sugerindo o agravamento da hepatotoxicidade ao longo do tempo.
No delineamento profilático com a piperina, avaliamos o potencial do fitoterápico na prevenção
das alterações hepáticas induzidas pela exposição à xenobiótico, neste caso o paracetamol. Os
grupos foram distribuídos em: grupo controle, APAP, P20 + APAP e P40 + APAP. Os animais
receberam piperina por 8 dias consecutivos nas doses de 20 mg/kg ou 40 mg/kg, sendo o APAP
administrado 12 horas após a última dose de piperina. Os animais foram eutanasiados 03 horas
após a administração do APAP. Os resultados mostraram que a prevenção com ambas as doses
da piperina reduziu a atividade de ALT, o índice de necrose e os biomarcadores de dano oxidativo,
além de modular positivamente a expressão gênica dos componentes da via do inflamassomo e
da isoenzima CYP2E1. No delineamento terapêutico com a piperina, os grupos foram distribuídos
em: controle, APAP, APAP + P20, APAP + P40, APAP + NAC, APAP + P20 + NAC, APAP +
P40 + NAC. Neste delineamento, após 2 horas à overdose de APAP foram realizados os
tratamentos com a piperina nas doses de 20 ou 40 mg/Kg em associação ou não com a N-
acetilcisteína (NAC) na dose de 300 mg/kg. Todos os tratamentos foram realizados por gavagem
orogástrica. Os animais foram eutanasiados 12 horas após a administração do APAP. Os
resultados mostraram que a associação da NAC com ambas as doses de piperina diminuiu a
atividade de AST e da MMP-9, além da redução dos níveis de ureia, proteína carbonilada,
TBARS, TNF e IL-6. Também foi observado redução na área de necrose hepática e aumento na regeneração dos hepatócitos. Em relação à expressão gênica, a associação da NAC com ambas as
doses de piperina reduziu os níveis de mRNA de IL-1β, IL-18 e CASP-1 e a associação com a
maior dose de piperina reduziu os níveis de mRNA de NLRP3. Além disso, a associação da NAC
com a menor dose de piperina reduziu a atividade de ALT e aumentou os grupamentos sulfidrilas.
Assim, podemos concluir que a piperina isolada ou em associação com a NAC tem se mostrado
uma possível aliada tanto na prevenção quanto no tratamento da hepatotoxicidade causada pelo
paracetamol.
Descrição: Programa de Pós-Graduação em Ciências Biológicas. Núcleo de Pesquisas em Ciências Biológicas, Pró-Reitoria de Pesquisa de Pós Graduação, Universidade Federal de Ouro Preto.2022-01-01T00:00:00ZAvaliação da atividade anti-Trypanosoma cruzi in vitro e in vivo da miltefosina em combinação com compostos nitro-heterocíclicos e com derivados azólicos.
http://www.repositorio.ufop.br/jspui/handle/123456789/17410
Título: Avaliação da atividade anti-Trypanosoma cruzi in vitro e in vivo da miltefosina em combinação com compostos nitro-heterocíclicos e com derivados azólicos.
Autor(es): Mota, Suianne Letícia Antunes
Resumo: A terapia combinada e o reposicionamento de fármacos ganharam atenção como uma
possível estratégia para superar as deficiências do atual arsenal terapêutico para a doença de
Chagas. O objetivo deste estudo foi avaliar o efeito anti-Trypanosoma cruzi da miltefosina em
associação com compostos nitroheterocíclicos (benznidazol e metabólito sulfona do
fexinidazol) e com derivados azólicos (posaconazol e ravuconazol). Para evitar efeitos
tóxicos a citotoxicidade dos compostos (isolados ou combinados) para as linhagens celulares
H9c2 e J774 foi avaliada. Não foi observada citotoxicidade destes compostos para as células
hospedeiras nas concentrações próximas ao IC90 de cada fármaco isolado ou em combinação.
Em seguida, o efeito in vitro da miltefosina em combinação com compostos nitro-
heterocíclicos ou derivados azólicos contra amastigotas das cepas Y e colombiana foi
avaliado em um ensaio de 72h, utilizando as mesmas linhagens celulares. Não foi observada
uma marcante influência da cepa do parasito nos valores de IC50 ou IC90 para miltefosina e
para os compostos nitro-heterocíclicos, sendo o valor de IC50 no máximo 3,4 vezes maior
quando células H9c2 foram infectadas pela cepa colombiana e o IC90 no máximo 2.0 vezes.
De forma diferente, os valores de IC50 do ravuzonazol e do posaconazol foram 23 e 11,7
vezes maiores para a cepa colombiana, em relação à cepa Y, respectivamente. Os valores de
IC90 foram 4.26 e 7.66 vezes maiores para a cepa colombiana quando as células infectadas
foram tratadas com ravuconazol e posaconazol, respectivamente. Os valores de IC50 e IC90
não foram influenciados pela célula hospedeira. As interações foram classificadas como
aditivas para todas as combinações de drogas avaliadas (somas das concentrações inibitórias
fracionárias - ∑ICF> 0,5). No entanto, é importante notar que os valores de ΣFIC para as
combinações miltefosina/compostos nitro-heterocíclicos foram sempre <1,0. Diferentemente,
os resultados de ΣFIC>1 foram observados na maioria dos experimentos realizados com
miltefosina/derivados azólicos. Não foi observada a influência da cepa do parasito ou da
célula hospedeira no tipo de interação entre os diferentes compostos. Em seguida,
camundongos infectados pela cepa Y foram tratados com 10 doses de 40 mg/kg de
miltefosina administradas em dias consecutivos ou alternados e com 20 doses de 50 e
100mg/kg de benznidazol administradas em dias consecutivos. Os fármacos foram
administrados em monoterapia e em combinação nas mesmas doses. O tratamento com
miltefosina e benznidazol a 50mg/kg em monoterapia levaram à supressão transitória da
parasitemia. Os mesmos resultados podem ser observados entre animais tratados com
40mg/kg de miltefosina (dias consecutivos) em combinação com 50mg/kg de benznidazol. No
entanto, o tratamento com a mesma dose de miltefosina, administrada em dias alternados, e
50mg/kg de benznidazol foi capaz de curar 62,5% dos animais. A administração de uma dose
mais elevada de benznidazol (100mg/kg) e 40mg/kg de miltefosina aumenta
significativamente a taxa de cura: 87,5% entre camundongos tratados com miltefosina em dias
consecutivos e 100% naqueles que receberam o fármaco em dias em dias alternados. Estes
resultados mostram uma interação positiva entre a miltefosina e o benznidazol. No entanto é
necessário a avaliação da sua eficácia contra a infecção induzida por outras cepas do parasito,
bem como no tratamento da fase crônica da infecção.
Descrição: Programa de Pós-Graduação em Ciências Biológicas. Núcleo de Pesquisas em Ciências Biológicas, Pró-Reitoria de Pesquisa de Pós Graduação, Universidade Federal de Ouro Preto.2019-01-01T00:00:00ZEstudo dos efeitos da Hesperidina em células e camundongos submetidos à ventilação mecânica.
http://www.repositorio.ufop.br/jspui/handle/123456789/17377
Título: Estudo dos efeitos da Hesperidina em células e camundongos submetidos à ventilação mecânica.
Autor(es): Souza, Ana Beatriz Farias de
Resumo: A ventilação mecânica (VM) é uma ferramenta utilizada na assistência ao paciente crítico,
porém pode desencadear processos inflamatórios e oxidativos capazes de causar ou
agravar lesões pulmonares. A hesperidina é um flavonoide encontrado em frutas cítricas
que apresenta propriedades antioxidantes e anti-inflamatórias. Este estudo teve como
objetivo avaliar os efeitos da administração de hesperidina em células e camundongos
submetidos à VM. O estudo foi dividido em ensaios in vitro e in vivo, inicialmente foi
avaliado os efeitos in vitro da hesperidina. Utilizando diferentes concentrações de
hesperidina (12,21; 24,42; 48,84; 97,7; 195,4 μg/mL) e lipopolissacarídeo (LPS) (0,25;
0,5; 1,0; 2,0; 4,0 μg/mL) avaliamos em macrófagos da linhagem J774A.1 por meio do
teste de MTT alterações na viabilidade celular e, posteriormente utilizando as melhores
concentrações e hesperidina e LPS foi avaliada a produção intracelular de espécies
reativas de oxigênio (ERO). Para os ensaios in vivo foram utilizados 50 camundongos
C57BL/6 com idade entre 7 e 8 semanas. Os animais foram divididos em 2 ensaios (n =
25), e para ambos experimentos os camundongos foram randomizados em 5 grupos:
grupo controle (GC), grupo ventilação mecânica (GVM), grupo VM + hesperidina 10
mg/kg (VMH10), grupo VM + hesperidina 25 mg/kg (VMH25) e grupo VM +
hesperidina 50 mg/kg (VMH50). Os animais receberam solução salina (GC e GVM) ou
solução de hesperidina (VMH10, VMH25 e VMH50) via gavagem orogástrica, sendo que
para o primeiro ensaio a administração das soluções ocorreu seis horas antes do início da
VM, já para o segundo estudo os animais receberam as respectivas soluções por 30 dias
consecutivos antes do início da VM. Em ambos ensaios após o tempo de administração
das soluções os animais foram submetidos à VM no modo controlado à volume por uma
hora utilizando os seguintes parâmetros: volume corrente de 10 mL/kg, fração inspirada
de oxigênio de 21%, frequência respiratória de 150 incursões respiratórias por minuto e
pressão positiva ao final da expiração de 2 cmH2O. Ao término da VM os animais foram
eutanasiados e foram coletados sangue, lavado broncoalveolar (LBA) e pulmões. No
ensaio in vitro, células expostas por 24 horas à hesperidina, nas concentrações de 24,42;
48,85; 97,7 e 195.4 μg/mL apresentaram aumento da viabilidade celular quando
comparado com o controle. Além disso, as células que foram incubadas com hesperidina
(24,42; 48,85 e 97,7 μg/mL) e LPS (1,0 μg/mL) apresentaram menor produção de ERO
quando comparado com as células expostas apenas ao LPS. Para os ensaios in vivo, os
animais receberam a hesperidina seis horas antes do início da VM, especialmente os
grupos VMH25 e VMH50, apresentaram menor influxo de células inflamatórias para as
vias aéreas e menor dano oxidativo, quando comparado com GVM. Além disso, a
administração de hesperidina modulou a resposta inflamatória, reduzindo os níveis de
CLL2 e IL-12. A administração da hesperidina por trinta dias antes do início da VM
promoveu em todas as doses utilizadas, uma diminuição do influxo de células
inflamatórias, dano oxidativo e nos níveis de CCL2, TNF-α e IL-12. Em conclusão, a
administração de única ou múltiplas doses de hesperidina exerceu efeitos protetivos sobre
os pulmões de camundongos submetidos à ventilação mecânica.
Descrição: Programa de Pós-Graduação em Ciências Biológicas. Núcleo de Pesquisas em Ciências Biológicas, Pró-Reitoria de Pesquisa de Pós Graduação, Universidade Federal de Ouro Preto.2022-01-01T00:00:00Z