DSpace Coleção:http://www.repositorio.ufop.br/jspui/handle/123456789/4692024-03-29T14:49:03Z2024-03-29T14:49:03ZImpactos da área de empréstimo da construção de um reservatório (UHE Emborcação) sobre a geomorfologia fluvial e a comunidade de macroinvertebrados bentônicos em um córrego de baixa ordem.Silva Junior, Cláudio Tavareshttp://www.repositorio.ufop.br/jspui/handle/123456789/167332023-05-30T16:57:57Z2022-01-01T00:00:00ZTítulo: Impactos da área de empréstimo da construção de um reservatório (UHE Emborcação) sobre a geomorfologia fluvial e a comunidade de macroinvertebrados bentônicos em um córrego de baixa ordem.
Autor(es): Silva Junior, Cláudio Tavares
Resumo: A demanda por energia elétrica é crescente e tem relação direta com o aumento populacional,
desenvolvimento econômico e produção. O aumento da demanda de energia elétrica causou
um aumento na demanda por matrizes energéticas renováveis. No Brasil, a principal matriz
energética é a hídrica. No entanto, a construção de Usinas Hidroelétricas causa grande
degradação no ambiente como perda de solo e cobertura vegetal, erosão, assoreamento de
corpos d’água e perda de serviços ecossistêmicos. Esse projeto contempla uma proposta para
recuperação do córrego Pedra Branca afetado pelos impactos da área de empréstimo da
construção da UHE de Emborcação, Catalão, Goiás. O estudo teve como objetivos: i) analisar
o processo de degradação de um córrego de 2° ordem, em função de alterações drásticas na
matriz de paisagem adjacente e; ii) avaliar através de experimentos in situ se a disponibilidade
de substratos artificiais simulando microhabitats fluviais (folhas, folhiço, pedras) contribuiu
para o aumento da diversidade e abundância de macroinvertebrados bentônicos. O córrego
Pedra Branca teve o seu ciclo hidrossedimentar afetado pela degradação da área de
empréstimo situada em sua cabeceira. Nossos resultados indicaram a contribuição da área de
empréstimo na alteração do perfil geoquímico dos sedimentos do córrego Pedra Branca e que
a riqueza e composição de macroinvertebrados também foram afetadas pelo desequilíbrio
causado no córrego. A implementação de atratores aumentou a heterogeneidade do leito do
córrego Pedra Branca e promoveu um aumento na biodiversidade de macroinvertebrados,
indicando alta resiliência e boas perspectivas de uso para a restauração ecológica do córrego.
Nossos resultados demonstram uma necessidade para novas abordagens em estudos de
impactos ambientais em ambientes lóticos e também para o estabelecimento de novos
requisitos para processo de mitigação de tais impactos.
Descrição: Programa de Pós-Graduação em Evolução Crustal e Recursos Naturais. Departamento de Geologia, Escola de Minas, Universidade Federal de Ouro Preto.2022-01-01T00:00:00ZContribuições à estratigrafia neocenozoica do Quadrilátero Ferrífero a partir do reconhecimento e caracterização de leques aluviais dissecados.Lopes, Fabricio Antoniohttp://www.repositorio.ufop.br/jspui/handle/123456789/165422023-05-05T20:32:04Z2023-01-01T00:00:00ZTítulo: Contribuições à estratigrafia neocenozoica do Quadrilátero Ferrífero a partir do reconhecimento e caracterização de leques aluviais dissecados.
Autor(es): Lopes, Fabricio Antonio
Resumo: A geomorfologia da região do Quadrilátero Ferrífero é marcada por serras altas, rios encaixados e vales
amplos, extremamente propícia ao desenvolvimento de leques aluviais. Apesar de propícia, escassos são os
trabalhos que focaram no entendimento da referida feição geomorfológica e sedimentar. Este estudo buscou
entender a gênese e evolução dos leques aluviais inconsolidados do Quadrilátero Ferrífero, acrescentando
suas análises aos estudos sobre a estratigrafia neocenozoica regional, principalmente àqueles voltados à
reconstituição paleogeográfica. Para identificar os leques aluviais foram realizadas análises da literatura
geomorfológica e dos mapas geológicos da região que direcionaram os trabalhos de campo, onde foi
possível o reconhecimento efetivo dos depósitos. Uma vez reconhecidos, os mesmos foram alvo de
mapeamentos, análises morfométricas, morfológicas e sedimentológicas. Além disso, os sedimentos das
fácies mais representativas foram coletadas e enviadas para datação por luminescência opticamente
estimulada (LOE). A coleta foi realizada em tubos de metal com amostrador e alavanca específicos e
desenvolvidos para minimizar problemas relacionados ao caráter rudáceo dos sedimentos. As análises
morfológica e morfométrica permitiram evidenciar uma descaracterização do formato (semi-cônico) natural
dos leques aluviais devido a atuação de processos naturais, representados pela expressiva incisão da rede de
drenagem e, antrópicos, figurados pela abertura de estradas, loteamentos, atividades mineiras e
agropecuária. Apesar disso, os leques do Quadrilátero Ferrífero apresentam características morfométricas
similares aos parâmetros estabelecidos pela literatura especializada nacional e internacional. A presença de
Itabiritos e minerais ferrosos possibilitou a segregação entre depósitos de leques aluviais e meras rampas de
colúvio. Os estudos das fácies sedimentares dos leques aluvias do Quadrilátero Ferrífero evidenciaram
ausência de processos agradacionais, estando os mesmos inativos. Cerca de 40% das fácies encontradas são
de fluxos de detritos plásticos (Gmm) e pseudoplásticos (Gcm) intercaladas a eventuais fácies de
preenchimento de canal (Gt), fluxos hiperconcentrados (Sm) e de lama (Fm). Cerca de 91% são cascalhosas.
Importante destacar que as características sedimentares também estão similares com parâmetros e modelos
propostos pela literatura especializada. Os dados de geocronologia obtidos por LOE elucidaram importância
da utilização dos amostrador e alavanca para melhor aproveitamento do tempo e qualidade das amostras.
Além disso, a utilização do protocolo SAR de 15 alíquotas foi fundamental para obtenção de idades
confiáveis, onde os grãos de quartzo demonstraram alta sensibilidade e curvas dose-resposta adequadas,
permitindo melhores reflexões e confiabilidade das idades. Com exceção ao leque aluvial Chapada da
Canga, cuja idade máxima estimada remonta ao Neo-Oligoceno, os leques aluviais inconsolidados do
Quadrilátero Ferrífero tiveram sua gênese ao longo do Pleistoceno. Na maioria das vezes essa gênese
relaciona-se a um clima seco, com possível retração da vegetação e preenchimento sedimentar dos vales
fluviais. A colmatação de fácies holocênicas em clima seco também foi elucidada nos leques da Serra de Ouro Branco (9.710 ka) e do Complexo Bonfim Setentrional (9.300 e 9.500 ka). A jovem fácies Gmm do
leque 1 do Complexo Bonfim Setentrional, de 3.730 ka, relaciona-se ao retrabalhamento de sedimentos mais
antigos. O principal reflexo da tectônica Cenozoica no contexto dos leques aluviais do Quadrilátero Ferrífero
refere-se à forte incisão fluvial holocênica, provocada por soerguimentos da plataforma continental
brasileira. Na mesma medida em que a referida dissecação fluvial gerou os terraços da região, também
recortou os sedimentos dos leques aluviais. Essa dinâmica associada ao uso e ocupação do terreno são os
fatores que descaracterizaram os depósitos, levando os mesmos a serem confundidos com meras pilhas
estéreis de cascalhos erodidos e vegetados.
Descrição: Programa de Pós-Graduação em Evolução Crustal e Recursos Naturais. Departamento de Geologia, Escola de Minas, Universidade Federal de Ouro Preto.2023-01-01T00:00:00ZCouraças ferruginosas em superfícies de cimeira na Serra do Espinhaço Meridional : gênese e evolução macromorfológica, micromorfológica, mineralógica e geoquímica.Milagres, Alcione Rodrigueshttp://www.repositorio.ufop.br/jspui/handle/123456789/163502023-03-14T17:12:32Z2022-01-01T00:00:00ZTítulo: Couraças ferruginosas em superfícies de cimeira na Serra do Espinhaço Meridional : gênese e evolução macromorfológica, micromorfológica, mineralógica e geoquímica.
Autor(es): Milagres, Alcione Rodrigues
Resumo: Formações superficiais com enriquecimento supergênico de ferro, alumínio, titânio e outros elementos
residuais são comuns em regiões tropicais. A paisagem brasileira se insere neste contexto, sendo, por
sua história evolutiva, caracterizada pela frequente presença de espessos mantos de alteração laterítica,
que são bastante generalizados nas diversas regiões bioclimáticas, e dentre elas os altos relevos do
sudeste. Minas Gerais é um estado brasileiro que se destaca pela ocorrência de mantos lateríticos,
considerando que das seis principais áreas de ocorrência de couraças ferruginosas do país, três são
encontrados neste estado, sendo dois destes na Serra do Espinhaço Meridional. Situada a leste do Cráton
São Francisco e sobre o Cinturão Araçuaí, as superfícies de cimeira dessa Serra contêm couraças
ferruginosas com propriedades muito particulares e cujo estudo pode enriquecer o estado da arte dos
conhecimentos geológicos, pedológicos e geomorfológicos relativos a estes materiais. Pesquisadores já
analisaram algumas características das couraças do Planalto de Diamantina e concluíram que são
derivadas de filitos hematíticos, a partir de processos de enriquecimento relativo e absoluto. Entretanto,
não existem estudos com a abordagem faciológica associada a análises macromorfológicas,
micromorfológicas, mineralógicas e geoquímicas para uma efetiva interpretação da gênese e evolução
das couraças na paisagem. A partir desta motivação, este trabalho buscou compreender a gênese,
evolução e degradação de couraças ferruginosas situadas nas altitudes mais elevadas do Planalto de
Diamantina, suas filiações litológicas e transformações pedogenéticas, determinando o contexto de
evolução de cada fácies de alteração identificada e a relação entre elas. Para tal foram realizados
trabalhos de campo envolvendo o reconhecimento geral da área e coleta de amostras, descrições
macromorfológicas, análises mineralógicas (DRX), geoquímicas (FRX e ICP-OES e MS), análises
micromorfológicas (Microscopia Óptica, MEV), microquímicas (EDS e WDS) e cartográficas. Os
resultados evidenciam que as couraças ocorrem preferencialmente sobre a Formação Sopa-Brumadinho
e sobre platôs elevados do Planalto Diamantina, onde foram encontrados dois tipos de perfis de couraças
ferruginosas representativos para a região: (i) Perfil do Tipo 1 composto por uma couraça placoidal
(isalterítica) originada in situ a partir da ferruginização e alteromorfização do bandamento de um
hematita filito e que evolui para uma bauxita ferruginosa; (ii) Perfil do Tipo 2 representado por uma
couraça maciça formada in situ pela laterização com enriquecimento relativo gradual de Fe a partir de
um quartzo-fengita filito, que evolui para uma zona mosqueada, nodular e então a couraça maciça que
ao ser degradada é transformada em um espesso Latossolo. Outra couraça encontrada nessa região é o
ferricrete nodular, que consiste na cimentação de um paleopavimento pedregoso constituído por
quartzos. Essa couraça, diferente das couraças maciça e placoidal, é formada pela acumulação absoluta
de Fe. Todas essas couraças ferruginosas e materiais correlatos no Planalto de Diamantina reforçam a
importância do clima, do relevo e principalmente do material de origem para suas distintas gêneses e
evoluções.
Descrição: Programa de Pós-Graduação em Evolução Crustal e Recursos Naturais. Departamento de Geologia, Escola de Minas, Universidade Federal de Ouro Preto.2022-01-01T00:00:00ZPaleoflora e palinologia da Paleolagoa Seca (Catalão, GO, Brasil) e implicações para a paleoecologia da região meridional do Cerrado.Follador, Gabriela Luíza Pereira Pireshttp://www.repositorio.ufop.br/jspui/handle/123456789/158072022-12-06T16:40:35Z2022-01-01T00:00:00ZTítulo: Paleoflora e palinologia da Paleolagoa Seca (Catalão, GO, Brasil) e implicações para a paleoecologia da região meridional do Cerrado.
Autor(es): Follador, Gabriela Luíza Pereira Pires
Resumo: O presente estudo traz informações inéditas a respeito das condições paleoambientais e
paleoclimáticas da Paleolagoa Seca, um depósito fossilífero do Quaternário Superior de origem
lacustre situado no complexo ultramáfico-alcalino-carbonatítico (Catalão I) do município de
Catalão, Goiás, Brasil. Neste estudo foram realizadas análises de 171 folhas fósseis encontradas
no nível fossilífero do afloramento da Paleolagoa Seca. Foram realizadas nas folhas a Análise da
Margem Foliar (AMF), Análise da Área Foliar (AAF) e a identificação taxonômica de cada
espécime. Para essas análises foram utilizados modelos matemáticos baseados em equações
lineares univariadas com calibrações para o Hemisfério Sul para determinar a temperatura e
precipitação local na época de deposição dessas folhas. A fim de obter um resultado mais
condizente com a realidade, os modelos matemáticos foram submetidos previamente a uma
floresta moderna com condições geográficas similares às da Paleolagoa Seca, a Estação Ecológica
do Panga. Dos 10 modelos utilizados para determinar a Temperatura Média Anual (TMA), seis
apresentaram valores próximos à realidade e as outros 4 superestimaram a temperatura, sendo
então desconsideradas. Quanto aos modelos utilizados para estimativa da Precipitação Média
Anual (PMA) todos os cinco utilizados apresentaram valores próximos à realidade. A TMA atual
do município de Catalão é de 22,6°C e os resultados obtidos por meio da AMF variaram entre
22,6°C e 26,6°C, a PMA atualmente é de 1434 mm, e os resultados obtidos por meio da AAF
variaram entre 647 a 948 mm. Além das análises dos macrofósseis vegetais, também foram
realizadas análises de Difração de Raios X (DRX), com a finalidade de realizar a identificação da
associação mineralógica do afloramento e testemunho, análises palinológicas para complementar
e comparar os dados do conteúdo da macroflora, e análises de fragmentos de carvão do
afloramento e testemunho. Este estudo detectou o registro mais antigo de incêndios naturais no
Cerrado, anterior há 43.500 anos AP (Antes do Presente). Os fragmentos de carvão foram
identificados em morfotipos segundo a classificação de Enache and Cumming (2006), sendo o
tipo F predominante nas amostras. No intuito de situar esse registro no tempo geológico, quatro
amostras do testemunho e duas amostras do afloramento foram enviadas para datação
radiocarbônica pela Espectrometria de Massa do Acelerador (MAS - Accelerator Mass
Spectrometry) para o Laboratório Beta Analytic (Miami, USA). Apenas duas amostras do
testemunho apresentaram idades dentro do limite de detecção do laboratório, as outras quatro
ultrapassaram esse limite. A datação do nível fossilífero da Paleolagoa Seca apresentou uma idade
de ~43.000 anos cal. AP e o do nível subsequente à camada fossilífera ~35.000 anos cal. AP. O
conjunto de dados indicou que há 43.000 anos AP a temperatura na região de Catalão era até 3°C
mais alta que a atual e a precipitação média anual era cerca de aproximadamente 500 mm mais
baixa que a atual. Os resultados das DRXs revelaram a presença de jarosita, um hidrossulfato de
ferro que ocorre normalmente quando há oxidação de minerais de sulfeto, como a pirita que foi
encontrada na camada de argilito preto anterior à do nível fossilífero, indicando que o ambiente
em que as folhas foram depositadas foi exposto à superfície, indicando uma diminuição do nível
de água da lagoa, corroborando a baixa precipitação obtida na AAF. A análise palinológica do
nível de argilito preto revelou a presença de uma vegetação típica de Mata de Galeria e um estrato
herbáceo arbustivo típico de ambientes alagáveis, além da presença de árvores típicas da Mata
Atlântica, como Cecropia e Podocarpus. Essa vegetação é condizente com condições climáticas
mais úmidas antes de 43.500 anos AP. A identificação taxonômica das folhas fósseis e dos dados
polínicos da camada fossilífera revelaram uma vegetação típica de Mata de Galeria e Mata Seca
no entorno do lago e uma vegetação mais aberta do Cerrado, como Cerrado strictu sensu no platô
de Catalão. Não foi identificado fragmentos de carvão na camada fossilífera. A predominância do
morfotipo F nas análises dos fragmentos de carvão da camada de argilito preto, indicam que os
incêndios que ocorreram na região eram incêndios de superfície, típico dos incêndios naturais que
ocorrem no Cerrado. Os resultados da Paleolagoa Seca foram comparados com o estudo de outra
macroflora fóssil presente em um sítio próximo ao da Paleolagoa Seca, denominado Paleolago
Cemitério e com dados de espeleotemas do Centro-leste e do Nordeste do Brasil.
Descrição: Programa de Pós-Graduação em Evolução Crustal e Recursos Naturais. Departamento de Geologia, Escola de Minas, Universidade Federal de Ouro Preto.2022-01-01T00:00:00Z