DSpace Coleção:http://www.repositorio.ufop.br/jspui/handle/123456789/4682024-02-01T05:07:52Z2024-02-01T05:07:52ZAnatomia da saliência de Paracatu na província mineral de Vazante, Cinturão de Antepaís da Faixa Brasília, Brasil Central.Arruda, Jessica Alcântara Azevedo Cavalcanti dehttp://www.repositorio.ufop.br/jspui/handle/123456789/179592023-12-19T19:24:36Z2023-01-01T00:00:00ZTítulo: Anatomia da saliência de Paracatu na província mineral de Vazante, Cinturão de Antepaís da Faixa Brasília, Brasil Central.
Autor(es): Arruda, Jessica Alcântara Azevedo Cavalcanti de
Resumo: Os cinturões de dobras e falhas correspondem aos componentes tectônicos mais notáveis das
porções externas dos sistemas orogênicos. Ocupando o setor mais externo desses componentes, os
cinturões de antepaís comumente exibem sistemas de curvas orogênicas que evoluem sob a influência
de diferentes fatores geológicos e cuja origem tem sido intensamente debatida ao longo das últimas
décadas. No entanto, muitos aspectos de seus mecanismos de controle ainda não estão claros. Neste
estudo, investigamos a anatomia e a evolução tectônica da Saliência de Paracatu, hospedeira de Pb-Zn,
do cinturão de dobras e falhas de antepaís da Faixa Brasília, Brasil Central. A saliência (isto é, a curva
de visualização em mapa com formato côncavo para o antepaís) ocupa a porção externa do Cinturão
Brasília Brasiliano/Pan-Africano e evoluiu durante a montagem Ediacarana-Cambriana Gondwana
Ocidental. Suas estruturas afetam principalmente o Grupo Vazante composto por rochas siliciclásticas
e dolomitícas neoproterozóico e, localmente, os grupos Meso a Neoproterozóico Canastra e Paranoá e
o Grupo Ediacarano-Cambriano Bambuí. Visando entender sua arquitetura e contribuir com o estudo
das curvas orogênicas, realizamos uma análise estrutural detalhada com base em novas informações de
superfície/subsuperfície e revisão da literatura. A Saliência de Paracatu é uma curva antitaxial
assimétrica, com tendência NS, de 180 km de comprimento e 60 km de largura, com traços estruturais
fortemente convergindo para seus pontos finais. Três grandes conjuntos de estruturas foram
identificados na área saliente: i) pré-orogênica, ii) contracional progressiva e iii) extensional tardia. As
estruturas pré-orogênicas compreendem principalmente falhas normais de direção NW a ENE que
nuclearam durante a evolução Proterozóica do Pirapora Aulacogeno, limitado pelos altos do
embasamento de Januária e Sete Lagoas ao norte e ao sul, respectivamente. As estruturas contracionais,
principais estruturas da saliência, foram formadas sob um único transporte tectônico dirigido por ENE
e compõem um sistema de zonas de cisalhamento e dobras associadas a um descolamento basal
localizado no contato com o subjacente Grupo Paranoá dominado por arenitos e que atinge sua
profundidade máxima próximo à culminância saliente. Na visualização em mapa, essas estruturas
seguem a direção NS na Saliência de Paracatu, curvando-se progressivamente em direção NW e NE ao
norte e ao sul, respectivamente. Dobras de direção NW e WNW e outros elementos de contração frágil
a frágil-dúctil afetam estruturas de primeira ordem da saliência e foram formadas no episódio de
contração tardio. Nossa análise indica que a saliência foi formada como uma curva controlada pela bacia
devido a mudanças de espessura ao longo do curso nos estratos pré-deformacionais e contrastes
reológicos pré-existentes e provavelmente evoluiu para um arco progressivo controlado pela interação
com os altos do embasamento de Januária e Sete Lagoas a oeste durante sua propagação em direção ao
antepaís. Falhas normais e transcorrentes foram formadas em um episódio extensional tardio mostrando
um σ3 sub-horizontal com tendência NE e um σ1 vertical. Essas falhas deslocam corpos de minério de Zn-Pb por até dezenas de metros nas porções central e norte da saliência, no entanto, a etapa de
precipitação das mineralizações ainda é incerta, pela ausência de minerais datáveis.
Descrição: Programa de Pós-Graduação em Evolução Crustal e Recursos Naturais. Departamento de Geologia, Escola de Minas, Universidade Federal de Ouro Preto.2023-01-01T00:00:00ZAvaliação paleoambiental da Formação Lagoa do Jacaré na sucessão carbonática da Bacia Hidrográfica do Verde Grande – região de Jaíba (MG).Gonçalves, Wagner Fernandeshttp://www.repositorio.ufop.br/jspui/handle/123456789/171392023-08-15T16:48:29Z2023-01-01T00:00:00ZTítulo: Avaliação paleoambiental da Formação Lagoa do Jacaré na sucessão carbonática da Bacia Hidrográfica do Verde Grande – região de Jaíba (MG).
Autor(es): Gonçalves, Wagner Fernandes
Resumo: O estudo teve como objetivo realizar a análise paleoambiental da sequência carbonática da
Formação Lagoa do Jacaré na porção leste da Bacia do São Francisco, região norte de Minas
Gerais, área ainda pouco estudada em detalhe. Para isso, duas sucessões aflorantes na região
de Jaíba foram analisadas por meio de dados petrográficos e geoquímicos, que permitiram a
associação de fácies, microfácies e quimioestratigráfica da unidade. As rochas foram
identificadas como uma sequência carbonática formada em ambiente deposicional de rampa
de mar raso dominada por planície de maré, com ocorrência de recifes estromatolíticos e
migração de barras oolíticas via correntes de maré. A sucessão Ribeirão do Ouro,
estratigraficamente localizada no topo da unidade, mostrou três ciclos de raseamento antes do
afogamento total da bacia marcada pelos pelitos da Formação Serra da Saudade. Nessa
sucessão foi observada uma sequência com maior contribuição de terrígenos em comparação
com os carbonatos mais puros da sucessão Córrego Escuro. Todavia, ambas conservam sinais
primários anômalos com assinatura negativa para δ18O e positiva para δ13C, em acordo com os
já registrados pelo Middle Bambuí Excursion–MIBE, indicando um paleoambiente de sistema
de mar aberto com temperaturas amenas e alta produtividade orgânica. De maneira geral, os
resultados obtidos seguiram padrões apresentados para a Formação Lagoa do Jacaré em outras
regiões da Bacia do São Francisco, principalmente a sul e a oeste, indicando que esta unidade
não apresenta variações relevantes em suas características diagenéticas e geoquímicas,
estando sua variabilidade petrográfica condicionada aos ambientes deposicionais dentro da
rampa carbonática.
Descrição: Programa de Pós-Graduação em Evolução Crustal e Recursos Naturais. Departamento de Geologia, Escola de Minas, Universidade Federal de Ouro Preto.2023-01-01T00:00:00ZAnálise estratigráfica das formações Serra do Catuni e Chapada Acauã inferior, grupo macaúbas, ao longo do paralelo 17°30’S, região Centro-Oeste de Minas Gerais.Oliveira, Leon Diashttp://www.repositorio.ufop.br/jspui/handle/123456789/171092023-07-28T19:48:06Z2023-01-01T00:00:00ZTítulo: Análise estratigráfica das formações Serra do Catuni e Chapada Acauã inferior, grupo macaúbas, ao longo do paralelo 17°30’S, região Centro-Oeste de Minas Gerais.
Autor(es): Oliveira, Leon Dias
Resumo: A bacia Macaúbas, neoproterozoica e precursora do orógeno Araçuaí–Oeste Congo, registra pelo menos três
fases de rifteamento antes da instauração da margem passiva. A última fase, desenvolvida durante o período
Criogeniano, é formada por uma pilha sedimentar que apresenta expressiva variação faciológica vertical e
lateral no sentido do aprofundamento da bacia, em direção a leste, onde ocorrem as maiores espessuras da
unidade. Dentre outras, contém camadas de diamictitos, postulados na literatura especializada como
remanescentes da atividade de geleiras relacionadas às glaciações do Neoproterozóico, de abrangência global. A análise estratigráfica das formações Serra do Catuni e Chapada Acauã Inferior ao longo da região balizada pelo paralelo 17°30’S e pelos meridianos 43°30’W e 43°00’W (segmento rio Macaúbas, Planalto de Minas, Terra Branca, Caçaratiba e Turmalina) constitui o objetivo da presente dissetação, e visa contribuir para o entendimento da evolução tectôno-sedimentar deste sistema rifte. Foram realizados levantamentos
estratigráficos em escala de detalhe (1:100) ao longo das unidades criogenianas presentes nestas regiões, que permitiram a identificação de seis associações de litofácies relacionadas a um ambiente marinho profundo.
Variações na composição do arcabouço sedimentológico e na distribuição espacial das associações de litofácies possibilitou o reconhecimento de quatro setores, de oeste para leste: rio Macaúbas, Terra Branca, Baixadão e Turmalina, que correspondem a diferentes porções de dois grabens separados por um alto estrutural. A análise das associações de litofácies possibilitou agrupá-las em três sequências sedimentares associadas aos diferentes estágios subsequentes que refletem a evolução progressiva de falhas normais deste sistema rifte, denominadas início, clímax e término de rifte. A sequência início de rifte registra a primeira fase da sedimentação da bacia, caracterizada como produto de sucessivos pulsos de correntes de turbidez e fluxos de detritos coesivos de baixa resistência, impulsionados pela atividade tectônica inicial do processo de rifteamento. Seu registro sedimentar apresenta granulometria fina a média, em sua base, e tende a apresentar granulometria grossa e mal selecionada em seu topo. A sequência clímax de rifte sobrepõe abruptamente a sedimentação inicial e é caracterizada como produto de fluxos de detritos coesivos de resistência alta e moderada e correntes de turbidez de alta densidade, em sistema de leques subaquosos associados as escarpas de falha. Seu registro sedimentar apresenta granulometria grossa e baixo maturidade textural. Por fim, a sequência término de rifte é caracterizada como a fase final de evolução do sistema rifte e sua transição para o estágio margem passiva da bacia Macaúbas. Seu registro sedimentar foi gerada por correntes de turbidez e processos pelágicos. Assim, de forma geral, as formações Serra do Catuni e Chapada Acauã Inferior registram a evolução de uma bacia rifte marinha, cujo preenchimento sedimentar, foi inicialmente gerado por processos gravitacionais, correntes de turbidez e fluxos de detritos, desencadeados por atividade tectônica, que são sobrepostos por uma espessa sedimentação marinha distal. Desta forma, as formações Serra do Catuni e Chapada Acauã Inferior são interpretadas como equivalentes laterais e correspondem ao preenchimento de dois grabens, proximal e distal, respectivamente.
Descrição: Programa de Pós-Graduação em Evolução Crustal e Recursos Naturais. Departamento de Geologia, Escola de Minas, Universidade Federal de Ouro Preto.2023-01-01T00:00:00ZCaracterização petrográfica, química e geocronologia U-Pb das rochas mineralizadas da Mina do Pitinga : implicações para prospecção de ETRs pesados.Silva, Ana Paula Almeida dahttp://www.repositorio.ufop.br/jspui/handle/123456789/168932023-07-06T17:13:19Z2023-01-01T00:00:00ZTítulo: Caracterização petrográfica, química e geocronologia U-Pb das rochas mineralizadas da Mina do Pitinga : implicações para prospecção de ETRs pesados.
Autor(es): Silva, Ana Paula Almeida da
Resumo: A mina do Pitinga é uma jazida de classe mundial de Sn e explora como subprodutos Ta e Nb, possuindo
como possíveis subprodutos conhecidos o Zr, ETR, Y, Li e U, sendo esses elementos ocorrendo associados
à facie albita granito do granito madeira (~1.83 Ma). Objetiva-se com esse trabalho a identificação e
descrição petrográfica das fácies anfibólio biotita sienogranito, fácies mais precoce do granito madeira e as
subfácies do albita granito, o albita granito de núcleo (AGN), com corpos pegmatíticos (AGNp) e o albita
granito de borda (AGB). Além da petrografia, foi feito um estudo de química mineral da xenotima (YPO4),
polilitionita (KLi2AlSi4O10(F,OH)2) e thorita (ThSiO4) nos corpos pegmatíticos do AGN e datação U/Pb em
xenotima. O anfibólio biotita sienogranito é constituído por feldspato potássico, quartzo e plagioclásio,
contendo ainda biotita, hornblenda, zircão, fluorita, epidoto, apatita e opacos como acessórios,
principalmente magnetita. O AGN é constituído por minerais como quartzo, feldspatos potássicos,
anfibólios, biotita, cassiterita, polilitionita, criolita, fluorita, pirocloro, xenotima e zircão. O AGB possui a
mesma composição mineral do AGN, porém com a fase de flúor caracterizado pela fluorita euhedral ao
contrário do AGN que possui criolita como fase principal de flúor. Para caracterizar a xenotima, polilitionita
e thorita foi utilizado o microscópio eletrônico de varredura (MEV) e a microssonda eletrônica (MSE). A
xenotima estudada não apresenta grandes variações químicas quanto aos elementos que a compõem, sendo
caracterizada por um alto conteúdo de ETR (teores em óxido, média de 43 %), principalmente de ETRP. O
Y possui uma alta substituição por ETRP, especialmente Yb, Tm e Er. A polilitionita tem composição
relativamente homogênea por todo o AGN. Apesar de apresentar valores relativamente altos de Li e F, sua
composição fica próxima dos padrões esperados para este mineral, e foi classificada como uma polilitionita
rica em ferro. A thorita é o único minério de Th, os cristais são isolados e também ocorrem intercrescidos
com zircão e xenotima, apresentam em sua maioria alteração nas bordas para óxido de Fe e ferro-gedrita(?).
A concentração de Th, em óxido, possui média de 62 % e o óxido de Fe, tem média de 10 %, podendo
chegar até 18 % nas bordas do mineral, caracterizando uma thorita rica em ferro. Com relação aos padrões
de ETR analisados na xenotima e na thorita, é possível constatar padrões de distribuição do tipo tetrad com
teores altos de ETR pesados em relação aos ETR leves e ainda apresentam uma significativa anomalia
negativa de Eu, sendo esta, uma característica de rochas com altos teores de F. As datações obtidas pelo
método U-Pb em xenotima indicam a idade do albita granito em 1793 ± 10 Ma.
Descrição: Programa de Pós-Graduação em Evolução Crustal e Recursos Naturais. Departamento de Geologia, Escola de Minas, Universidade Federal de Ouro Preto.2023-01-01T00:00:00Z