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dc.contributor.advisorAlkmim, Fernando Flecha dept_BR
dc.contributor.advisorSoares, Antônio Carlos Pedrosapt_BR
dc.contributor.authorPeixoto, Eliza Inez Nunes-
dc.date.accessioned2018-01-24T16:57:37Z-
dc.date.available2018-01-24T16:57:37Z-
dc.date.issued2017-
dc.identifier.citationPEIXOTO, Eliza Inez Nunes. Arquitetura e evolução tectono-metamórfica da Saliência do Rio Pardo, Orógeno Araçuaí, MG. 2017. 195 f. Dissertação (Mestrado em Evolução Crustal e Recursos Naturais) – Escola de Minas, Universidade Federal de Ouro Preto, Ouro Preto, 2017.pt_BR
dc.identifier.urihttp://www.repositorio.ufop.br/handle/123456789/9340-
dc.descriptionPrograma de Pós-Graduação em Evolução Crustal e Recursos Naturais. Departamento de Geologia, Escola de Minas, Universidade Federal de Ouro Preto.pt_BR
dc.description.abstractO Orógeno Araçuaí, localizado no sudeste do Brasil, representa a maior porção do sistema orogênico Brasiliano/Pan-Africano Araçuaí-Congo Ocidental (AWCO), desenvolvido no embainhamento entre os crátons do São Francisco e Congo durante a amalgamação do Gondwana Ocidental. O Orógeno Araçuaí pode ser dividido em duas porções principais: o núcleo cristalino, que abrange as rochas de alto grau metamórfico e graníticas, e um cinturão metamórfico externo, a Faixa Araçuaí. A Faixa Araçuaí descreve ao longo da margem sudeste do Cráton do São Francisco uma grande curvatura antitaxial, isto é, cuja convexidade fica voltada para a região de antepaís, denominada Saliência do Rio Pardo. Embora estudada ao longo de seu segmento externo, na conexão com o Aulacógeno do Paramirim, sua porção interna permanece um dos setores menos investigados do orógeno. No presente estudo, são proporcionadas novas informações sobre a Saliência do Rio Pardo em termos de composição estratigráfica, arcabouço estrutural e condições tectono-metamórficas sob as quais se desenvolveu. Geneticamente, a Saliência do Rio Pardo pode ser vista como uma curva primitiva controlada essencialmente pela Bacia Macaúbas. Circundada por blocos de embasamento arqueanos/paleoproterozoicos, as unidades estratigráficas que a preenchem são, da base para o topo: (i) o Supergrupo Espinhaço (Estateriano ao Toniano), (ii) o Grupo Serra do Inhaúma (Toniano), (iii) o Grupo Macaúbas (formações Nova Aurora e Chapada Acauã, Toniano-Criogeniano), (iv) o Complexo Jequitinhonha (Criogeniano-Ediacarano), e (v) a Formação Salinas (Ediacarano). A Bacia Macaúbas é invertida durante as três fases de deformação colisionais do orógeno, resultando em uma linha de frente orogênica sinuosa e complexa. As fases de deformação D1 e D2 são coaxiais e resultam em uma cunha de dupla vergência, com transporte tectônico em direção ao cráton e em direção às porção internas, bem marcada na região de charneira da saliência. Os traços estruturais desta fase perfazem toda a curvatura, variando de N-S no flanco oeste, em torno de E-W na charneira, e WNE-ESE a NW-SE no flanco leste. A fase D3 materializa o encurtamento final de direção WNW-ESE através de estruturas de direção aproximadamente N-S a NNW-SSE na zona de charneira da saliência. Localmente a interferência entre as fases D1/D2 e D3 gera padrão de redobramento em domo-e-bacia. A fase D4 é representada por estruturas de grande escala, como a Zona de Cisalhamento Chapada Acauã e a Zona de Cisalhamento Tingui, e pela reativação normal-sinistral da Zona de Cisalhamento de Itapebi. Essas estruturas são, de uma forma geral, responsáveis pela justaposição de unidades de níveis crustais diferentes. O estágio colisional (fase D1 e D2) é assistido por um metamorfismo Barroviano, passando pelas zonas da clorita, biotita, granada, estaurolita, cianita e sillimanita, cujo pico é datado entre 560-575 Ma. No estágio póscolisional (fase D4) ocorre um segundo evento metamórfico regional de baixa pressão (do tipo Buchan), cujas assembleias pós-cinemáticas passam pelas zonas da biotita, granada, estaurolita, andaluzita, cordierita e sillimanita, em um evento em c. 525-530 Ma. No flanco leste da saliência, a ocorrência de zonas de alto grau (fácies anfibolito alto a granulito), representadas pela assembleia Crd + Sil + Kf ± Grt ± Bt, possivelmente está relacionada à descompressão em temperaturas elevadas (posterior ao evento metamórfico Barroviano) ou ao metamorfismo pós-colisional de baixa pressão em temperaturas elevadas. Os dados levantados levam à seguinte proposição de evolução tectônica para a Saliência do Rio Pardo. Durante a fase de abertura, o depocentro da Bacia Macaúbas se desenvolve próximo à porção central da saliência. O início do rifteamento é responsável pela deposição do Grupo Serra do Inhaúma na base, sendo seguida pela deposição das porções intermediária e superior do Grupo Macaúbas. No estágio colisional, as fases principais de deformação são responsáveis pela formação de uma cunha de dupla vergência, bem marcada na zona de charneira. Essa dupla vergência é resultante possivelmente da presença de dois anteparos: um deles inclinado representado pelos blocos de embasamento paleoproterozoicos (porção externa do arco) e o outro suave, que seria o arco magmático (porções internas do orógeno). Ao longo da frente orogênica, o transporte tectônico ocorre de maneira centrífuga em direção ao cráton. Neste estágio, em c. 560-575 Ma, a Formação Salinas se deposita e as unidades experimentam metamorfismo Barroviano. O espessamento crustal resulta na fase de colapso extensional, resultando no desenvolvimento das zonas de cisalhamento normais regionais. Esta fase é responsável por afinamento crustal, intrusão de plútons e ascensão das isotermas, que se materializa em um segundo evento metamórfico regional de baixa pressão há c. 530-525 Ma.pt_BR
dc.language.isopt_BRpt_BR
dc.rightsabertopt_BR
dc.subjectGeologia estruturalpt_BR
dc.subjectMetamorfismo - geologiapt_BR
dc.titleArquitetura e evolução tectono-metamórfica da Saliência do Rio Pardo, Orógeno Araçuaí, MG.pt_BR
dc.typeDissertacaopt_BR
dc.rights.licenseAutorização concedida ao Repositório Institucional da UFOP pelo(a) autor(a) em 01/12/2017 com as seguintes condições: disponível sob Licença Creative Commons 4.0 que permite copiar, distribuir e transmitir o trabalho desde que sejam citados o autor e o licenciante. Não permite o uso para fins comerciais nem a adaptação.pt_BR
dc.contributor.refereeAlkmim, Fernando Flecha dept_BR
dc.contributor.refereeLana, Cristiano de Carvalhopt_BR
dc.contributor.refereeGonçalves, Leonardo Eustáquiopt_BR
dc.contributor.refereeReis, Humberto Luis Siqueirapt_BR
dc.contributor.refereeHeilbron, Mônica da Costa Pereira Lavallept_BR
dc.description.abstractenThe Araçuaí orogen, located in southeast of Brazil, represents the largest portion of the Brasiliano/Pan- African Araçuaí West Congo orogenic system (AWCO), and corresponds to an embayment formed by the São Francisco-Congo craton during the Western Gondwana amalgamation. The Araçuaí orogen can be divided into two main sectors: the crystalline core, comprising high-grade rocks and granitic units, and the external metamorphic Araçuaí belt. The Araçuaí belt describes a large antitaxial curve along the southeastern boundary of São Francisco craton, i.e. convex to the foreland curve, named the Rio Pardo salient. Studied in its outer segment, in contact with the Paramirim aulacogen, its inner portion remains as one of the least investigated sectors of the orogen. In the current study, new data about stratigraphic constitution, structural framework and tectono-metamorphic conditions of the curvature are presented. Genetically, the Rio Pardo salient can be viewed as a basin-controlled primary curve, resulting mainly from the Macaúbas basin geometry. Circumscribed by Archean/Paleoproterozoic basement blocks, the supracrustal units involved in the basin filling corresponds to: (i) the Espinhaço Supergroup (Sthaterian to Tonian), (ii) the Serra do Inhaúma Group (Tonian), (iii) the Macaúbas Group (Nova Aurora and Chapada Acauã formations, Tonian-Criogenian); (iv) the Jequitinhonha Complex (Cryogenian- Ediacaran), and (v) the Salinas Formation (Ediacaran). The Macaúbas basin is inverted by three collisional deformation phases, resulting in a sinuous and complex leading edge. D1 and D2 deformation phases are coaxial and result in a bivergent wedge, with vergences cratonward and towards the inner sectors of the orogen. The structural traces follow the curvature, varying from N-S on the western limb, around E-W on the hinge zone, and WNW-ESE to NW-SE on the eastern limb. D3 phase records the final WNW-ESE shortening, and is represented by N-S oriented structures in the hinge zone. Locally, the interference between D1/D2 and D3 phases results in dome-and-basin refolding pattern. The final D4 phase is represented by normal-sense large-scale structures as the Chapada Acauã shear zone, the Tingui shear zone and the normal-sinistral reactivation of the Itapebi shear zone. Overall, these structures juxtapose rocks of different crustal levels along the northern portion of the orogen. The collisional stage (D1 and D2 phases) are assisted by a Barrovian metamorphism, including the chlorite, biotite, garnet, staurolite, kyanite and sillimanite zones, which peak is dated around 560-575 Ma. During the postcollisional stage, at c. 530-525 Ma, a second Buchan-type metamorphism took place, represented by the biotite, garnet, staurolite, andalusite, cordierite and sillimanite zones. In the eastern limb, the occurrence of high grade zones (amphibolite to granulite facies), represented by the assemblage Crd + Sil + Kf ± Grt ± Bt, is possibly related to the decompression at high temperatures (post-Barrovian metamorphism) or to the Buchan-type post-collisional metamorphic event. The integrated data led to the following proposition for the Rio Pardo salient tectonic evolution. By the time of Macaúbas basin opening, the depocenter develops near the internal portion of the salient. The early rifting phases are responsible for the deposition of Serra do Inhaúma group, followed by the rifting episodes that led to the Macaúbas Group deposition. During the collisional stage, the main deformation phases result in a bivergent wedge inversion. This structural pattern resulted possibly from the presence of a steeply dipping basement block, on one side, and the shallow dipping magmatic arc, on the other, that acted as butress to the propagation of deformation. Along the leading edge, structures are cratonward vergent. At this time, c. 575-560 Ma, the Salinas Formation is deposited and rocks undergo Barrovian metamorphism. Crustal thickening leads to the extensional collapse. This event trigger the development of regional normalsense shear zones, crustal thinning, pluton intrusions and raise of geotherms, associated to a late low pressure regional metamorphism developed at c. 530-525 Ma.pt_BR
Aparece nas coleções:PPGECRN - Mestrado (Dissertações)

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