Use este identificador para citar ou linkar para este item: http://www.repositorio.ufop.br/jspui/handle/123456789/9238
Título: Influência da alteração dos níveis de ferro sobre o curso crônico da infecção de camundongos pela cepa Y do Trypanosoma cruzi e sobre a dinâmica das populações dos parasitos reisolados por hemocultura.
Autor(es): Bandeira, Lorena Cera
Orientador(es): Carneiro, Cláudia Martins
Veloso, Vanja Maria
Palavras-chave: Parasitologia
Quimioterapia
Data do documento: 2010
Membros da banca: Carneiro, Cláudia Martins
Estanislau, Juliana de Assis Silva Gomes
Mosqueira, Vanessa Carla Furtado
Referência: BANDEIRA, Lorena Cera. Influência da alteração dos níveis de ferro sobre o curso crônico da infecção de camundongos pela cepa Y do Trypanosoma cruzi e sobre a dinâmica das populações dos parasitos reisolados por hemocultura. 2010. 76 f. Dissertação (Mestrado em Ciências Farmacêuticas) – Escola de Farmácia, Universidade Federal de Ouro Preto, Ouro Preto, 2010.
Resumo: No presente trabalho foi investigada, na primeira etapa, a cura parasitológica e o processo inflamatório cardíaco e hepático em camundongos cronicamente infectados pela cepa Y do Trypanosoma cruzi e que foram submetidos à alteração dos estoques de ferro pelo uso da Desferrioxamina (DFA), tratados ou não com Benzonidazol (Bz). Utilizaram-se 80 camundongos Swiss, machos, 30 dias de idade, distribuídos em quatro grupos experimentais: INT - infectado e não tratado; BZ - infectado e tratado com Bz durante 21 dias; DFA-35 - infectado e tratado com DFA durante 35 dias e DFA/BZ-35 - infectado e tratado com Bz e DFA durante 35 dias. Dezoito meses após o inóculo foi observado que 16 camundongos (13,3%) sobreviveram à infecção. É importante mencionar que camundongos infectados com a cepa Y não sobrevivem à fase aguda da infecção. Foram utilizadas técnicas de ELISA, Hemocultura e PCR e, apesar da taxa de sobrevida de 20% nos grupos BZ e DFA-35 e 40% no grupo DFA/BZ-35, nenhum dos camundongos foi considerado curado. Isoladamente, os índices de cura foram 0% pela ELISA, 81,25% pela hemocultura e 25% pela PCR. Foi avaliado também o processo inflamatório do coração e fígado destes animais para verificar a influência dos diferentes protocolos sobre estes órgãos. Os resultados demonstraram que os animais do grupo BZ apresentaram processo inflamatório cardíaco e hepático mais intenso que o observado nos demais grupos. Fragmentos de DNA do T. cruzi foram detectados em 47,5% (67/144) das reações de PCR realizadas em diferentes tecidos dos 16 camundongos avaliados. O cólon (12/16 -75%) e o baço (4/16 - 25%) apresentaram a maior e a menor taxa de positividade respectivamente. Os resultados obtidos sugerem que os diferentes esquemas terapêuticos não promoveram a cura parasitológica nos animais. Entretanto a associação DFA/BZ-35 além de permitir uma maior sobrevida também protegeu o coração do desenvolvimento de lesões, semelhante ao observado nos animais apenas submetidos ao tratamento com DFA. Na segunda etapa, foi realizada a caracterização biológica e bioquímica das populações isoladas por hemocultura. Utilizaram-se 120 camundongos Swiss, alocados nos seguintes grupos experimentais: Cepa Y, Isolado 1A, Isolado 1B, Isolado 2A, Isolado 2B e Isolado 3. A sobrevida foi maior para os animais inoculados com os isolados 1A, 2A, 2B e 3. O período pré-patente (PPP) e o pico máximo de parasitemia (PMP) observados para os isolados foram significativamente menores do que os valores da cepa Y. O isolado 1A apresentou o maior período patente (PP) (18 dias) e o isolado 1B o dia do pico máximo de parasitemia (DPMP) mais tardio. Em relação ao processo inflamatório no coração e fígado, não foram observadas diferenças significativas entre os grupos estudados. A avaliação do perfil eletroforético de isoenzimas revelou que não houve alteração para os sistemas avaliados (GPI, PGM, G6PD, ICD, GDH, MPI e 6PGDH) quando comparados à cepa Y. Esses resultados sugerem que o protocolo utilizando Bz e DFA associados pode ter alterado a dinâmica populacional dessa cepa ou ainda favorecido o surgimento de uma população menos patogênica, entretanto, não alterou seu comportamento bioquímico.
Resumo em outra língua: In the present study was investigated in the first stage, the parasitological cure and heart and liver inflammation of mice chronically infected with Y strain of T. cruzi and submitted to the change of iron stores by the use of desferrioxamine(DFA) treated or not with Benzonidazol(Bz). We used 80 male Swiss mice, 30 days old, divided into four groups: INT - infected and untreated; BZ - infected and treated with Bz; DFA-35 - infected and treated for 35 days with DFA and DFA / BZ-35 - infected and treated with Bz and DFA for 35 days. Eighteen months after inoculation, we found that 16 mice (13.3%) survived infection. It is worth noting that mice infected with Y strain do not survive the acute phase of infection. We used ELISA, PCR and hemoculture, and although the survival rate of 20% in groups and DFA BZ-35 and 40% in group DFA/BZ- 35, none of the mice were considered cured. Separately, the cure rates were 0% for ELISA, 81.25% by hemoculture and 25% PCR. We evaluated the inflammatory process of the heart and liver of animals to check the influence of different protocols on these organs. The results showed that animals of the BZ group had cardiac and hepatic inflammatory process more intense than the other groups. DNA fragments of T. cruzi were detected in 47.5% (67/144) of the PCR reactions carried out in different tissues of 16 mice evaluated. The tissue with the highest and lowest rate of positivity was the colon (12/16 -75%) and spleen (4 / 16 - 25%), respectively. The results suggest that the different therapeutic regimens did not induce parasitological cure in gilts. However the association DFA/BZ-35 besides allowing a better survival also protects the heart from the development of lesions, similar to that seen in animals only subjected to treatment with desferrioxamine. In the second step, we performed biological and biochemical characterization of populations isolated by hemoculture. We used 120 Swiss mice, allocated in the following groups: Y strain, Isolate 1A, Isolate 1B, Isolate 2A, Isolate 2B and Isolate 3. Survival was higher for animals inoculated with the isolates 1A, 2A, 2B and 3. The PPP and PMP parameters observed for the isolates were significantly lower than the values of the standard strain. The isolate 1A had the highest PP (18 days) and the isolated 1B DPMP later. In relation to the inflammatory process in heart and liver, there were no significant differences between the groups. The evaluation of isoenzyme electrophoresis revealed no change to the evaluated systems (GPI, PGM, G6PD, ICD, GDH, MPI and 6PGDH) compared to the strain Y. These results suggest that the protocol using Bz and DFA associates may have altered the population dynamics of this strain or even favored the emergence of a population less pathogenic but which did not change as to their biochemical behavior.
Descrição: Programa de Pós-Graduação em Ciências Farmacêuticas. CIPHARMA, Escola de Farmácia, Universidade Federal de Ouro Preto.
URI: http://www.repositorio.ufop.br/handle/123456789/9238
Licença: Autorização concedida ao Repositório Institucional da UFOP pelo(a) autor(a) em 01/12/2017 com as seguintes condições: disponível sob Licença Creative Commons 4.0 que permite copiar, distribuir e transmitir o trabalho desde que sejam citados o autor e o licenciante. Não permite o uso para fins comerciais nem a adaptação.
Aparece nas coleções:CIPHARMA - Mestrado (Dissertações)

Arquivos associados a este item:
Arquivo Descrição TamanhoFormato 
DISSERTAÇÃO_InfluênciaAlteraçãoNíveis.pdf1,53 MBAdobe PDFVisualizar/Abrir


Este item está licenciado sob uma Licença Creative Commons Creative Commons