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Título: Diversidade e bioprospecção de fungos associados às macroalgas antárticas Monostroma hariotti Gain e Porphyra endiviifolia (A. Gepp & E.S Gepp) Y. M. Chamberlain.
Autor(es): Furbino, Laura Esteves
Orientador(es): Rosa, Luiz Henrique
Palavras-chave: Antártida
Antártica - região
Bioprospecção
Fungos
Alga
Data do documento: 2012
Editora / Evento / Instituição: Programa de Pós-Graduação em Biotecnologia. Núcleo de Pesquisas em Ciências Biológicas, Pró-Reitoria de Pesquisa e Pós Graduação, Universidade Federal de Ouro Preto.
Referência: FURBINO, L. E. Diversidade e bioprospecção de fungos associados às macroalgas antárticas Monostroma hariotti Gain e Porphyra endiviifolia (A. Gepp & E.S Gepp) Y. M. Chamberlain. 2012. 64 f. Dissertação (Mestrado em Biotecnologia) - Universidade Federal de Ouro Preto, Ouro Preto, 2012.
Resumo: A produção de metabólitos bioativos por fungos marinhos têm sido alvo de grande interesse por diferentes grupos de pesquisa, uma vez que os oceanos cobrem mais de 70% da superfície da Terra e constituem um ambiente relativamente pouco explorado em relação à diversidade biológica e química das comunidades microbianas. Os estudos sobre fungos associados às macroalgas antárticas são escassos e muitas das espécies algícolas são endêmicas e/ou adaptadas a essa região, podendo constituir uma fonte atrativa de novas espécies e metabólitos de interesse biotecnológico. Os gêneros Porphyra C. Agardh e Monostroma Thuret incluem espécies de grande importância econômica, utilizadas na indústria alimentícia, cosmética e farmacêutica em vários países. Neste contexto, o objetivo deste trabalho foi conhecer a diversidade de fungos associados às macroalgas Monostroma hariotti Gain e Porphyra endiviifolia (A. Gepp & E.S Gepp) Y.M. Chamberlain ao longo de um gradiente latitudinal em ilhas antárticas e avaliar o potencial destes fungos em relação à produção de metabólitos com atividade biológica. As macroalgas foram coletadas nas Ilhas Elefante, Rei George e Deception. Para isolamento dos fungos foram coletados fragmentos de 390 espécimes de macroalgas. As amostras foram obtidas em substratos rochosos localizados na região entre marés. Para o isolamento dos fungos foram utilizados fragmentos dos talos das algas, os quais foram inoculados em placas de Petri contendo o meio Agar Marinho. No total foram obtidos 278 isolados de fungos; destes, 149 fungos filamentosos e 129 leveduras. Os isolados foram agrupados em morfoespécies a partir das características macromorfológicas e confirmados posteriormente por meio da técnica molecular de microsatélite utilizando o iniciador GTG’5. Um representante de cada morfoespécie foi identificado por meio de sequenciamento de regiões ITS e dos domínios D1/D2 do gene do rRNA para os fungos filamentosos e leveduras, respectivamente. As espécies identificadas pertencem aos gêneros Antarctomyces, Aspergillus, Cadophora, Candida, Cystofilobasidium, Cryptococcus, Geomyces, Guehomyces, Meyerozyma, Metschnikowia, Oidiodendron, Penicillium, Rhodotorula e Verticillium. Os estudos de diversidade indicaram que a composição da comunidade fúngica das macroalgas são pouco similares e, também, que as espécies fúngicas apresentam baixa especificidade quanto ao hospedeiro. Todos os fungos obtidos foram cultivados em Agar marinho para obtenção dos extratos brutos, os quais foram avaliados quanto a atividade antimicrobiana utilizando como alvo os micro-organismos: Escherichia coli, Staphylococcus aureus, Candida albicans, C. krusei e Cladosporium sphaerospermum. Dos 218 extratos avaliados, oito apresentaram atividade antimicrobiana; destes, seis contra C. krusei, um contra C. albicans e um contra C. sphaerospermum. O extrato do fungo Geomyces pannorum UFMGCB 5987 apresentou atividade antimicrobiana considerada promissora (95,2%) frente aos esporos de C. sphaerospermum. Além dos ensaios antimicrobianos os fungos foram avaliados quanto à capacidade de degradar amido, carboximetilcelulose, xilana, proteína (caseína) e éster. Setenta e um por centos dos isolados apresentaram pelo menos um tipo de atividade enzimática, sendo a esterásica predominante (68%), seguida pelas atividades amilásica (43%), proteásica (38%), celulolítica (13%) e xilanolítica (0,16%). Os resultados obtidos neste trabalho sugerem a presença de uma comunidade de fungos adaptada às condições extremas da Antártica, a qual pode exercer um papel ecológico significativo na decomposição de matéria orgânica e na ciclagem de nutrientes; além disso, alguns destes fungos podem representar uma fonte promissora de metabólitos bioativos de interesse biotecnológico.
Resumo em outra língua: The production of bioactive metabolites marine fungi have been of great interest by different research groups because the oceans cover more than 70% of the surface and form a relatively unexplored in relation to the diversity chemical and biological of microbial communities. Studies on fungi in Antarctic seaweeds are scarce and many species algicolous are endemic and/or adapted to this region may constitute an attractive source of new species and metabolites of biotechnological interest. The genus Porphyra C. Agardh and Monostroma Thuret include species of great economic importance, used in the food industry, cosmetics and pharmaceuticals in various countries. In this context, the objective of this study was to understand the diversity of algicolous fungi from Monostroma hariotti Gain and Porphyra endiviifolia (A. Gepp & ES Gepp) YM Chamberlain along a latitudinal gradient in Antarctic islands and evaluate the potential of these fungi for the production of metabolites with biological activity. The algae were collected in the Islands Elephant, King George and Deception. For isolation of fungi were collected fragments of 390 specimens of algae. The samples were obtained on substrates located in the rocky intertidal region. To isolate the fungi used were fragments of the stems of the seaweed, which were inoculated onto petri dishes containing Marine Agar. In all 278 isolates were obtained from fungi, of which, 149 filamentous fungi and yeasts 129. The isolates were grouped into morphospecies from the morphological features and later confirmed by the technique of molecular microsatellite GTG'5 using primer. One representative from each morphospecies was identified by sequencing ITS regions and domains D1/D2 rRNA gene for yeasts and filamentous respectively. The species identified belong to the genera Antarctomyces, Aspergillus, Cadophora, Candida, Cystofilobasidium, Cryptococcus, Geomyces, Guehomyces, Meyerozyma, Metschnikowia, Oidiodendron, Penicillium, Rhodotorula and Verticillium. The diversity studies indicated that the composition of the fungal seaweeds are somewhat similar, and also that the fungal species and have low specificity to the host. All fungi obtained were cultured in marine agar to obtain the crude extracts, which were evaluated for antimicrobial activity using target microorganisms: Escherichia coli, Staphylococcus aureus, Candida albicans, Candida krusei and Cladosporium sphaerospermum. Of the 218 extracts evaluated, eight had antimicrobial activity, six against C. krusei, one against against C. albicans and one against C. sphaerospermum. The extract of the fungus Geomyces pannorum UFMGCB 5987 had considered promising antimicrobial activity (95.2%). The fungi were tested for their capacity to degrade starch, carboxymethyl cellulose, xylan, protein (casein) and ester. Seventy-one per cent of isolates had at least one type of enzyme activity, being the esterase predominant (68%), followed by amylase activity (43%), protease (38%), cellulolytic (13%) and xylanolytic (0, 16%). The present results suggest the presence of a fungal community adapted to extreme conditions of Antarctica, which may play a significant ecological role in the decomposition of organic matter and nutrient cycling, in addition, some of these fungi may represent a promising source of bioactive metabolites of biotechnological interest.
URI: http://www.repositorio.ufop.br/handle/123456789/3456
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