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Título: Estudo petrográfico, metalográfico e geoquímico dos meteoritos Bocaiuva e João Pinheiro – Minas Gerais.
Autor(es): Pucheta, Flávia Noelia
Orientador(es): Gandini, Antônio Luciano
Palavras-chave: Meteoritos
Petrografia
Petrologia
Metalografia
Data do documento: 2010
Editora / Evento / Instituição: Programa de Pós-Graduação em Evolução Crustal e Recursos Naturais. Departamento de Geologia. Escola de Minas, Universidade Federal de Ouro Preto.
Referência: PUCHETA, F. N. Estudo petrográfico, metalográfico e geoquímico dos meteoritos Bocaiuva e João Pinheiro – Minas Gerais. 2010. 146 f. Dissertação (Mestrado em Evolução Crustal e Recursos Naturais) - Universidade Federal de Ouro Preto, Ouro Preto, 2010.
Resumo: Os meteoritos foram considerados durante muito tempo como meras curiosidades. De fato, foi só depois de Jean Baptiste Biot (1774 - 1862) estudar o meteorito da Águia, que caiu no norte da França em 1803, que a natureza extraterrestre dessas rochas foi claramente estabelecida (Gounelle 2006). Ainda assim, o local de origem dos meteoritos no Sistema Solar só pôde ser definitivamente identificado após a determinação da órbita do meteorito Pribram, que caiu em 7 de abril de 1959 na República Tcheca. Entretanto, nos últimos anos, o interesse no estudo dos meteoritos aumentou enormemente, isto aconteceu, basicamente, porque foi reconhecido que essas rochas são os objetos mais antigos que o homem já encontrou, guardando registros das várias etapas da formação do Sistema Solar. O Brasil possui 58 meteoritos devidamente catalogados pela Ciência Meteorítica, número bastante inferior comparados com países da Europa e os Estados Unidos. A coleção de meteoritos do exMuseu de Mineralogia Professor Djalma Guimarães - MMPDG, situada em Belo Horizonte, possui dezessete meteoritos, dentre eles dez são brasileiros. O meteorito Bocaiúva, encontrado em Minas Gerais, pesando 64kg, foi achado em 1965, na cidade de Bocaiúva, a 400km da capital do estado, Belo Horizonte. Porém somente no final do ano de 2006 foi entregue ao MMPDG e hoje se encontra em exposição. Além da massa principal do meteorito Bocaiuva, também há outro fragmento catalogado como “meteorito Bocaiuva”, de aspecto totalmente metálico. Segundo a bibliografia existente do meteorito Bocaiuva ele possui regiões silicatadas de até 1cm de diâmetro, claramente observadas a olho nu. Ele é considerado um meteorito raro por conter uma significativa quantidade de silicatos em uma matriz metálica, composta basicamente por Fe e Ni. As diferenças macroscópicas observadas entre a massa principal do meteorito Bocaiuva e os fragmentos catalogados como tal, levam a duas hipóteses: ambos pertencem ao mesmo corpo parental com características distintas das relatadas na literatura ou o pequeno fragmento catalogado como Bocaiúva é na verdade pertencente a outro meteorito. Portanto foram realizados diversos estudos, abrangendo as microestruturas; a mineralogia (minerais opacos e transparentes) e a geoquímica de ambos os meteoritos. Foram utilizadas diversas técnicas de análise laboratorial como Microscopia Óptica e Eletrônica, Espectrometria de Absorção no Infravermelho, Catodoluminescência, Difração de Raios X, Espectrometria de Emissão Óptica com Plasma Acoplado - (ICP-OES) e Espectroscopia de Emissão Óptica com Plasma Induzido por Laser - LIBS De acordo com os resultados obtidos, os fragmentos catalogados como meteorito Bocaiuva, pertencem na verdade ao meteorito João Pinheiro, nunca catalogado pela Ciência. Além do mais, no meteorito Bocaiuva foram descobertas inclusões fluidas e fundidas nunca observadas por outros pesquisadores.
Resumo em outra língua: The meteorites were long considered as mere curiosities. In fact, it was only after Jean Baptiste Biot (1774 - 1862) to study the meteorite's Eagle, who fell in northern France in 1803, the extraterrestrial nature of these rocks has been clearly established (Gounelle 2006). Still, the place of origin of meteorite in the solar system could only be definitively identified after the determination of the orbit of Pribram meteorite, which fell on April 7, 1959 in the Czech Republic. However, in recent years, the interest in the study of meteorites has increased enormously, this has happened, basically, because it was recognized that these rocks are the oldest objects ever found that man, keeping records of the various stages of formation of the Solar System. Brazil has 58 meteorites properly cataloged by meteoric science, low number compared with European countries and the United States. The collection of meteorites from the exMuseum of Mineralogy Professor Djalma Guimarães - MMPDG, located in Belo Horizonte, has seventeen meteorites, among them ten are Brazilian. The Bocaiúva meteorite, found in Minas Gerais, weighing 64kg, was found in 1965 in the town of Bocaiuva, 400km from the state capital, Belo Horizonte. But only at the end of 2006 was delivered to MMPDG and is today on display. Besides the main mass of meteorite Bocaiuva, there is also another fragment cataloged as "meteorite Bocaiuva" aspect of all metal. According to the literature about the Bocaiuva meteorite, it has silicate regions up to 1cm in diameter, clearly visible to the naked eye. He is considered a rare meteorite to contain a significant amount of silicates in a metal matrix, composed mainly of Fe and Ni. Macroscopic differences observed between the main mass of the Bocaiuva meteorite and fragments cataloged as such, leads to two hypotheses: both belong to the same parent body with different characteristics than those reported in the literature or the small fragment cataloged as Bocaiuva is actually owned by another meteorite. Therefore was done several studies, including the microstructures, mineralogy (mineral opaque and transparent) and the geochemistry of both meteorites. Several techniques of laboratory analysis and Optical and Electron Microscopy, Infrared Absorption Spectrometry, Cathodoluminescense, Ray X Diffraction, Optical Emission Spectroscopy Coupled Plasma (ICP-OES) and Optical Emission Spectroscopy with Laser Induced Plasma (LIBS). According to the results, the meteorite fragments cataloged as Bocaiuva, actually belong to the meteorite João Pinheiro, never cataloged by science. Moreover, in the meteorite Bocaiuva fluid inclusions and melt inclusion were discovered ever observed by other researchers.
URI: http://www.repositorio.ufop.br/handle/123456789/3353
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