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Título: Disfunção autonômica cardíaca na resposta cronotrópica barorreflexa em ratos submetidos à desnutrição protéica.
Autor(es): Loss, Igor de Oliveira
Orientador(es): Chianca Júnior, Deoclécio Alves
Palavras-chave: Desnutrição
Batimento cardíaco
Disfunção cerebral mínima
Data do documento: 2006
Editora / Evento / Instituição: Programa de Pós-Graduação em Ciências Biológicas. Núcleo de Pesquisas em Ciências Biológicas, Pró-Reitoria de Pesquisa e Pós Graduação, Universidade Federal de Ouro Preto.
Referência: LOSS, I. de O. Disfunção autonômica cardíaca na resposta cronotrópica barorreflexa em ratos submetidos à desnutrição protéica. 2006. 69 f. Dissertação (Mestrado em Ciências Biológicas) - Universidade Federal de Ouro Preto, Ouro Preto, 2006.
Resumo: Publicações prévias do nosso Laboratório demonstraram, em ratos, que a desnutrição protéica promovida após a amamentação causa alterações na sensibilidade do reflexo barorreceptor. O sistema baroreflexo atua sobre a atividade eferente simpática e parassimpática contrapondo as alterações da pressão arterial. Neste trabalho, avaliamos os componentes simpático e parassimpático na resposta neurovegetativa cronotrópica cardíaca decorrente da estimulação barorreflexa em ratos desnutridos. Foram utilizados 52 ratos Fischer machos divididos em 2 grupos: controle (n=26) e desnutrido (n=26). Durante 35 dias o grupo controle recebeu uma dieta com 15% de proteína e o grupo desnutrido 6%. A sensibilidade barorreflexa foi avaliada por injeções de L-fenilefrina (0,25 a 4,0 mg/Kg, i.v.) ou nitroprussiato de sódio (0,7 a 10,0 mg/Kg, i.v.) administradas em bolus antes e após bloqueio autonômico. Ganhos barorreflexos, efeitos vagal e simpático sobre a modulação da frequência cardíaca e a latência barorreflexa foram estudados. O índice bradicárdico mostrou-se aumentado nos animais desnutridos antes dos bloqueios autonômicos (-1,93±0,83 vs -1,64±0,65 bpm/mmHg) e após o bloqueio atropinérgico (-0,44±0,40 vs -0,19±0,29 bpm/mmHg) contudo, apresentou-se diminuído sob bloqueio β1 adrenérgico (-0,99±0,49 vs -1,68±0,74 bpm/mmHg). Já o índice taquicárdico apresentou-se diminuído no grupo desnutrido (-0,90±0,59 vs -1,37±0,60 bpm/mmHg) apenas na situação de bloqueio atropinérgico. A latência do reflexo barorreceptor foi avaliada pelo intervalo de tempo compreendido entre o pico de ação das drogas vasoativas e a máxima resposta cronotrópica barorreflexa. Foram observadas latências aumentadas nas respostas bradicárdicas dos ratos desnutridos nas situações livres de bloqueios (5,70±4,51 vs 1,99±2,3 s) e sob bloqueio vagal (15,13±9,91 vs 5,31±6,44 s), assim como nas respostas taquicárdicas desses animais quando encontravam-se sob bloqueio atropinérgico (8,25±6,81 vs 4,64±2,84 s). O efeito vagal demonstrou-se diminuído nos animais submetidos a restrição protéica (87±42 vs 124±52 bpm), ao passo que o efeito simpático mostrou-se superior neste grupo experimental (111±42 vs 54±30 bpm). Os resultados apresentados indicam que a restrição protéica foi capaz de promover uma disfunção autonômica cardíaca em ratos. Tal disfunção parece envolver aumento da atividade simpática, prejuízo vagal e ainda um retardo na ativação do reflexo barorreceptor.
Resumo em outra língua: Previous publications from our Laboratory showed that rats submitted to protein malnutrition have alterations in the sensitivity of the baroreceptor reflex. The baroreflex modulates sympathetic and parasympathetic activity in order to mantain the blood pressure homeostasis. In this work, we evaluate the sympathetic and parasympathetic components of the neurovegetative chronotropic cardiac response after barorreflex stimulation in malnourished rats. Male Fischer rats were divided in 2 groups: control (n=26) and low protein (n=26). During 35 days the control group received 15% of protein while the experimental group received 6% of protein in diet. The baroreflex sensitivity was evaluated by bolus injections of L-phenylephrine (0,25 to 4,0 mg/Kg, i.v.) or sodium nitroprusside (0,7 to 10,0 mg/Kg, i.v.) before and after the autonomic blockade. The baroreflex gain, vagal and sympathetic effect on the chronotropic response and the baroreflex latency were studied. The bradycardic index was increased in malnourished rats before autonomics blockades (-1,93±0,83 versus -1,64±0,65 bpm/mmHg) and after the atropinergic blockade (-0,44±0,40 versus -0,19±0,29 bpm/mmHg); however, it was diminished under β1-adrenergic blockade (-0,99±0,49 versus -1,68±0,74 bpm/mmHg). The tachycardic index was diminished in the low protein group (-0,90±0,59 bpm/mmHg versus -1,37±0,60 bpm/mmHg) only after atropinergic blockade. The baroreceptor reflex latency was evaluated by the interval of time between the maximum effext of the vasoatives drugs in arterial pressure and the maximum chronotropic baroreflex response. We observed increased latencies of the bradycardiac response of malnourished rats (5,70±4,51 versus 1,99±2,3s) during blockage-free situations and also under vagal blockade (15,13±9,91 versus 5,31±6,44s). The same effect was observed for the tachycardiac response under atropinergic blockade (8,25±6,81 versus 4,64±2,84s ). The vagal effect was diminished (87±42 versus 124±52 bpm) in rats submitted to protein restriction, while the sympathetic effect was increased in this experimental group (111±42 versus 54±30 bpm). The results presented in this study indicate that protein restriction can promote cardiac autonomic disfuntion in rats. Such disfuntion seems to involve an increased sympathetic activity, vagal damage and a delay in the activation of the baroreceptor reflex.
URI: http://www.repositorio.ufop.br/handle/123456789/2615
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