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Título: Imunogenicidade e eficácia da vacina LBSap em cães após desafio intradérmico com Leishmania chagasi e extrato de glândula salivar de Lutzomyia longipalpis.
Autor(es): Roatt, Bruno Mendes
Orientador(es): Reis, Alexandre Barbosa
Palavras-chave: Leishmaniose visceral canina
Leishmaniose - vacinas
Lutzomyia - vacinas
Data do documento: 2010
Editora / Evento / Instituição: Programa de Pós-Graduação em Ciências Biológicas. Núcleo de Pesquisas em Ciências Biológicas, Pró-Reitoria de Pesquisa e Pós Graduação, Universidade Federal de Ouro Preto.
Referência: ROATT, B. M. Imunogenicidade e eficácia da vacina LBSap em cães após desafio intradérmico com Leishmania chagasi e extrato de glândula salivar de Lutzomyia longipalpis. 2010. 69 f. Dissertação (Mestrado em Ciências Biológicas) - Universidade Federal de Ouro Preto, Ouro Preto, 2010.
Resumo: Medidas de controle na infecção em cães por L. chagasi/L. infantum são fundamentais para interromper o avanço atual da leishmaniose visceral humana. Recentemente têm sido desenvolvidos inúmeros candidatos a vacinas contra leishmaniose visceral canina (LVC), sendo que, a compreensão dos mecanismos imunes envolvidos na imunogenicidade pós vacinação e pós desafio são cruciais para definir um padrão de resposta associado à proteção contra infecção por Leishmania. Assim, neste trabalho foi investigada a imunogenicidade e o efeito protetor da vacina LBSap em cães após o desafio intradérmico com L. chagasi. Vinte cães sem raça definida foram subdivididos em quatro grupos experimentais: i) controle (n = 5) receberam 1 mL de solução salina estéril 0,9%, ii) Sap (n = 5) receberam 1 mg de saponina em 1 mL de solução salina estéril 0,9%; iii) LB (n = 5) receberam 600 g de proteína de L. braziliensis em 1mL de solução salina estéril 0,9%; iv) LBSap (n = 5) receberam 600 g de proteína de L. braziliensis associado a 1mg de saponina em 1mL de solução salina estéril 0,9%. O protocolo vacinal constou de três imunizações pela via subcutânea em intervalos de 4 semanas. Posteriormente, os cães foram infectados por via intradérmica com 1 × 107 promastigotas de Leishmania (L.) chagasi em fase estacionária de crescimento associado a extrato de glândula salivar de Lutzomyia longipalpis e acompanhados por um período de 435 dias pós desafio (435Dpd). A análise da resposta imune humoral mostrou que antes e durante o acompanhamento longitudinal após o desafio, o grupo LBSap mostrou aumento dos níveis de IgG total, IgG1 e IgG2, sugerindo uma possível resposta imune mista (tipo I e II). A análise inicial da resposta imune celular revelou aumento da freqüência de linfócitos e monócitos no grupo LBSap. A Avaliação do perfil imunofenotípico de células mononucleares do sangue periférico (CMSP) mostrou aumento no número absoluto de linfócitos T CD4+ e linfócitos B CD21+ , bem como contagens elevadas de monócitos CD14+ circulantes no grupo LBSap. Além disso, elevados níveis de linfócitos T CD5+ e LT CD8+ circulantes, foram diretamente correlacionados com a alta expressão de MHC-II em linfócitos no grupo LBSap. Estes resultados mostram que cães imunizados com a vacina LBSap apresentam variações em diversos biomarcadores imunológicos criando um padrão de memória imunológica favorável a uma vacina protetora através de uma maior capacidade na apresentação de antígenos e ativação celular. Além disso, o grupo de cães vacinados com LBSap apresentaram aumento da atividade linfoproliferativa in vitro após estímulo antigênico com VSA (antígeno solúvel vacinal) ou SLcA (antígeno solúvel de L. chagasi), bem como aumento na frequência de linfócitos T CD4+ . O perfil de ativação linfocitária in vitro foi marcado pelo aumento da expressão de linfócitos SLcA-MHC-II específicos ao lado de uma correlação positiva entre as células T CD4+ -SLcA/VSA e a expressão de MHC-II em linfócitos no grupo LBSap. A análise clínica de possíveis alterações sugestivas de LVC revelou que todos os animais permaneceram assintomáticos durante o período de acompanhamento (435Dpd). Finalmente, o estudo da investigação parasitológica realizada através da análise de amostras de medula óssea em cultura (parasitológico em NNN/LIT e análise de esfregaços por microscopia) além de abordagens moleculares (PCR), demonstrou somente PCR+ em um cão do grupo Sap no final do acompanhamento longitudinal (435Dpd). Assim, os resultados obtidos neste estudo indicam que a vacina LBSap induz um perfil de resposta imune compatível com proteção frente ao agente etiológico da LVC. Estes resultados indicam que a via intradérmica de infecção experimental apresenta um curso longo de duração para iniciar as manifestações clínicas e consequentemente a detecção do parasito, necessitando, portanto de um período maior de acompanhamento.
Resumo em outra língua: The control of L. chagasi/L. infantum infection in dogs is essential to interrupt the current spread of human visceral leishmaniasis. Most recently, various potentials candidates to vaccines against canine visceral leishmaniasis (CVL) have been developed. To obtain a successful vaccine, the understanding of those immunogenicity mechanisms involved after vaccination and challenge is crucial to define the protective responses associated against Leishmania infection. Thus, in this work it was investigated the immunogenicity and protective effect of LBSap vaccination in dogs after challenge. Twenty mongrel dogs were categorized into four groups: i) control (n = 5) received 1 mL of sterile saline 0.9%; ii) Sap (n = 5) received 1 mg of saponin in 1 mL of sterile saline 0.9%; iii) LB (n = 5) received 600 g of L. braziliensis promastigote protein in 1ml sterile 0.9% saline; iv) LBSap (n = 5) received 600 g of L. braziliensis promastigote protein plus 1mg of saponin in 1ml sterile 0.9% saline. The immunization protocol consisted of three subcutaneous injections at intervals of 4 weeks. Afterwards, the dogs were intradermally infected with 1×107 late-log-phase promastigotes of Leishmania (L.) chagasi in the presence of sand fly saliva of Lutzomyia longipalpis and accompanied by a follow-up of 435 days post challenge (435dpc). Analysis of the humoral immune response showed that before and during the longitudinal follow-up after the challenge, the LBSap group showed increased levels of total IgG, IgG1 and IgG2, suggesting a possible mixed immune response (type I and II) after vaccination. Analysis of the cellular immune response revealed increased frequency of lymphocytes and monocytes in the LBSap group. The investigation based on the immunophenotypic profile of peripheral blood mononuclear cells (PBMC) showed an augment in the absolute number of both CD4+ and CD21+ lymphocytes as well as higher counts of circulating CD14+ monocytes in the LBSap group. Moreover, high counts of circulating CD5+ T and CD8+ T lymphocytes were directly correlated with high expression of MHC-II on lymphocytes in the LBSap group. These findings show that LBSap immunized dogs exhibit changes in several immunological biomarkers that may create a pattern of immunological memory favorable to an effective vaccine through a higher ability in antigen presentation and cell activation. In addition, the LBSap group exhibited increased lymphoproliferative activity upon in vitro antigenic stimuli with VSA (vaccine soluble antigen) or SLcA (soluble L. chagasi antigen) as well as increaded frequency of CD4+ -lymphocytes. The in vitro profile of lymphocytic activation was marked by increased SLcA-specific MHC-II-expression alongside a positive correlation between CD4+ T-SLcA/VSA and MHC-II expression in the LBSap group. The clinical evaluation regarding suggestive signs of CVL showed that all animals remained asymptomatic during the all follow-up. Finally, the protection study performed by analysis of bone marrow samples by parasitological (culture in NNN/LIT medium and microscopical investigation) and molecular approaches (PCR) revealed positivity in PCR+ in only one dog of Sap group at the end of the follow-up (435dpc). Thus, this study indicated that the LBSap vaccine presents a profile consistent with immune protection against the etiological agent of CVL. These results showed that the intradermal route of experimental infection has a long course to start the clinical manifestations and therefore the detection of the parasite, and therefore requiring a longer period of follow-up.
URI: http://www.repositorio.ufop.br/handle/123456789/2601
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