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Título: Influência da variabilidade genética do Trypanosoma cruzi na reativação da doença de Chagas experimental após imunossupressão com ciclofosfamida.
Autor(es): Santos, Daniela Maria dos
Orientador(es): Bahia, Maria Terezinha
Palavras-chave: Imunossupressão
Trypanosoma cruzi - genética
Doença de Chagas
Biologia molecular
Parasitologia
Data do documento: 2007
Editora / Evento / Instituição: Programa de Pós-Graduação em Ciências Biológicas. Núcleo de Pesquisas em Ciências Biológicas, Pró-Reitoria de Pesquisa e Pós Graduação, Universidade Federal de Ouro Preto.
Referência: SANTOS, D. M. dos. Influência da variabilidade genética do Trypanosoma cruzi na reativação da doença de Chagas experimental após imunossupressão com ciclofosfamida. 2007. 86 f. Dissertação (Mestrado em Ciências Biológicas) - Universidade Federal de Ouro Preto, Ouro Preto, 2007
Resumo: A variabilidade genética do Trypanosoma cruzi parece correlacionar-se a algumas variáveis da doença como tropismo tecidual, infectividade e resistência a drogas. Neste estudo, clones das linhagens do T. cruzi I (Gamba cl1 e SP104 cl1 - genótipo 19) e (Cuica cl1 e P209 cl1 - genótipo 20), e do T. cruzi II (Bug2148 cl1 e MN cl2 - genótipo 39) e (MVB cl8 e IVV cl4 - genótipo 32) foram avaliadas quanto à capacidade de gerar reativação da doença crônica em camundongos imunossuprimidos com ciclofosfamida (Cy) e ainda, se o tratamento prévio com o fármaco benznidazol (Bz) previniria esta recrudescência clone-específica. Entre os clones de ambas as linhagens do T. cruzi não houve alteração no perfil da curva de parasitemia nos animais infectados. Porém, após o protocolo de imunossupressão com Cy, no final da fase aguda e durante a fase crônica, clones da linhagem T. cruzi I induziram índices de reativação da parasitemia de 77,5% e 51,25%, respectivamente, enquanto clones da linhagem T. cruzi II apresentaram reativação de 4,7% apenas no final da fase aguda nos camundongos avaliados. De modo geral, o tratamento com Bz induziu uma redução dos índices de reativação tanto na fase aguda (72,22%) quanto na fase crônica (31,37%) da infecção. No entanto, Bz não foi capaz de prevenir a reativação da parasitemia em animais inoculados com os clones Gamba cl1, Cuica cl1 e P209 cl1 na fase aguda. Outro aspecto associado ao Bz, ainda na fase aguda, foi a queda induzida dos níveis totais de IgG avaliados. Finalmente, a imunossupressão induziu aumento de parasitismo tecidual durante a fase crônica mostrando-se, principalmente, associada aos animais infectados com clones da linhagem T. cruzi I. Nosso estudo demonstrou, pela primeira vez, a correlação entre a divergência filogenética do T. cruzi e a reativação da doença de Chagas em condição de imunossupressão, sendo esta relacionada a parasitos da linhagem genética T. cruzi I. Além disso, foi demonstrado que a eficácia da prevenção secundária na reativação pelo tratamento com Bz, provavelmente também dependente das características genéticas das populações do T. cruzi. Nossos resultados abrem perspectivas para se validar a terapêutica imunossupressora em indivíduos chagásicos submetidos à quimioterapia antineoplásica e/ou corticoidoterapia ou mesmo a proposição de novos fármacos imunossupressores.
Resumo em outra língua: The genetic variability of Trypanosoma cruzi appears to be correlated with some aspects of Chagas disease like tissue parasite tropism, infectivity and drug resistance. In this study, lineages of T. cruzi I (Gamba cl1 and SP104cl1 - genotype 19) and (Cuica cl1 and P209 cl1 - genotype 20) and T. cruzi II (Bug2148 cl1 and MN cl2 - genotype 39) and (MVB cl8 e IVV cl4 - genótipo 32), were evaluated to its capacity to generate reactivation during experimental chronic phase of disease using Cyclophosfamide (Cy) immunosuppressed mice and, whether the previously treatment with Benznidazol (Bz) would foresee this clone-specific recrudescence. There was no difference associated with parasitemia curve observed among clones into each T. cruzi lineage. However, T. cruzi I lineage was able to induce 77,5% and 51.25% of parasitemia reactivatin when Cy was administrated in the end of acute phase and 51,25%, respectively, while this reactivation associated with T. cruzi II was observed only in the end of acute phase (4.7%). In general, treatment with Bz was able to induce low index of reactivation in acute (72.22%) and chronic (31.37%) phase of infection. Nevertheless, Bz was not able to prevent reactivation of parasitemia in acute phase, induced by clones clones Gamba cl1, Cuica cl1 e P209 cl1. Another aspect associated with Bz treatment, in acute phase, was the reduction of IgG1 levels, except to clones that belongs to 32 and 39 genotypes. Finally, immunosuppression induced high levels of tissue parasites during chronic phase and this aspect was associated with animals infected with T. cruzi I clones. In our study, we demonstrated for the first time, the correlation between philogenetic divergence of T. cruzi and reactivation of Chagas disease under immunosuppression condition and a close relation of these events with T. cruzi I genetic lineage. Besides, it was demonstrated a secondary prevention of this reactivation after Bz treatment and, also, this event appears to be dependent of genetic T. cruzi populations. Our data open new perspectives to an immunosuppressed therapeutic validation in chagasic individuals submitted to chemotherapy to neoplasic cells or corticoterapia or, at least, to propose new immunosuppression drugs.
URI: http://www.repositorio.ufop.br/handle/123456789/2551
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