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http://www.repositorio.ufop.br/jspui/handle/123456789/2461
Título: | O corpo em Nietzsche a partir de uma leitura da “genealogia da moral”. |
Autor(es): | Azeredo, Verônica Pacheco de Oliveira |
Orientador(es): | Pimenta Neto, Olímpio José |
Palavras-chave: | Corpo e alma - filosofia Criação Estética Friedrich Wilhelm Nietzsche Filosofia alemã |
Data do documento: | 2008 |
Editora / Evento / Instituição: | Programa de Pós-Graduação em Filosofia. Departamento de Filosofia, Instituto de Filosofia, Artes e Cultura, Universidade Federal de Ouro Preto. |
Referência: | AZEREDO, V. P. de O. O corpo em Nietzsche a partir de uma leitura da “genealogia da moral”. 2008. 143 f. Dissertação (Mestrado em Filosofia) - Universidade Federal de Ouro Preto, Ouro Preto, 2008. |
Resumo: | A presente dissertação tem como objetivo analisar a perspectiva nietzschiana sobre o corpo, para compreender a relação do homem contemporâneo com seu corpo, buscando esclarecer o entendimento estético do corpo hoje. A pesquisa tem como ponto de partida a Genealogia da Moral. Inicialmente, é apresentada a reflexão socrático-platônico, que perpassa o pensamento ocidental e se fundamenta nas concepções dualistas, que privilegiam a alma e desvaloriza o corpo, que é considerado como parte inferior. Em um segundo momento, investiga-se a interpretação de Nietzsche acerca do corpo, que se contrapõe a essa interpretação, afirmando que as análises dualistas possuíam interesses religiosos e morais, além de contribuírem para a negação do corpo. Para o filósofo, o corpo é considerado o fio condutor para a análise de quaisquer questões filosóficas e o erro da filosofia tradicional foi a exclusão do corpo. Portanto, o corpo deve ser afirmado, pois se apresenta como uma vivência. Finalmente, é focalizada a arte em Nietzsche, sua relação com o corpo, a existência e o processo de criação. Nietzsche afirma que o corpo revela os instintos fundamentais da natureza, qualquer pensamento ou doutrina que negue, desqualifique ou desconsidere a relação intrínseca entre os instintos, a natureza, a força, a saúde e a vida, são consideradas antinaturais e decadentes. É, portanto, necessário reconhecer o corpo, pois é nele e com ele que o ser humano se relaciona, interpreta, cria e vive no mundo. Analisou-se o conceito de corpo na contemporaneidade com o intuito de demonstrar que, embora exista um apelo pelo belo, esse corpo é tratado como coisa, como mercadoria. Por trás de um discurso favorável à beleza, à saúde e ao cuidado, permanentemente, estão ocultos interesses, principalmente o econômico. No culto ao corpo, se revelam ideologias políticas, econômicas, éticas e estéticas. Daí, inferimos que o corpo do homem contemporâneo recebe um tratamento ambíguo, pois é valorizado e mostrado, mas termina por ser explorado, violentado e banalizado. Conclui-se, portanto, que a estética e a ética não são desvinculadas da sociedade e, em cada época, a cultura educa os corpos, adaptando-os para empregos distintos, comprovando, pois, o pensamento de Nietzsche. |
URI: | http://www.repositorio.ufop.br/handle/123456789/2461 |
Aparece nas coleções: | PPGFIL - Mestrado (Dissertações) |
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